Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Lionsgate acabou de disponibilizar o primeiro trailer oficial do penúltimo capítulo da saga Hunger Games (“Mockingjay – Parte 1″), a chegar aos cinemas ainda este ano (27 de novembro, em Portugal).
"Remember who the real enemy is"
Uma sequela pode provar-se terreno movediço e mortífero para um aspirante a saga de sucesso. Normalmente seguindo um título de sucesso, a sequela tem de lidar com expectativas elevadas e a possibilidade de explorar um universo que, no primeiro filme, beneficiou do fator novidade e estabeleceu firmemente a sua relação com a audiência.
Por cada “The Godfather2”, “The Dark Knight” ou “The Empire Strikes Back” existe um sem-número de segundos episódios que essencialmente se revestem de uma produção claramente mais dispendiosa e se focam em repetir aquilo que apaixonou as audiências no primeiro filme, colocando de parte a possibilidade de expansão e aumento de profundidade do universo do seu predecessor.
“The Hunger Games: Catching Fire” enfrenta todos estes (e outros) obstáculos com sucesso.
Katniss e Peeta regressam a casa em segurança após terem vencido a 74ª Edição dos Jogos da Fome. Mas em Panem, ganhar também significa perder, e os dois guerreiros terão que dar meia volta e deixar as suas famílias e amigos para embarcar no Tour da Vitória através dos 12 distritos. À medida que atravessam o território, Katniss apercebe-se que uma onda de rebelião está a nascer e a crescer, mas o Presidente Snow ainda mantém um controlo total e absoluto sob o Capitólio, enquanto organiza uma nova e especial edição Jogos da Fome onde, quais Olimpíadas, apenas os melhores entre os melhores se defrontam. Esta competição irá mudar Panem para sempre.
Se o primeiro filme (e a saga literária) sofreu com os comentários que o arrumaram na prateleira da miscelânea do “Battle Royale + Twilight + Big Brother”, a sequela consegue crescer e emergir, mostrando porque é que “The Hunger Games” é, possivelmente, a saga blockbuster mais entusiasmante que se desenrola atualmente no circuito mainstream.
De um modo geral, aqui tudo é maior e melhor. Enquanto Gary Ross fez um bom trabalho (ainda que irregular) a edificar a base do mundo cinematográfico baseado na literatura de Suzanne Collins, a sequela beneficia enormemente de um orçamento praticamente duplicado (de 78 para 130 milhões de dólares) mas especialmente da experiência de Francis Lawrence em filmes de ação e da sua sensibilidade dramática que eleva, inclusive, o conteúdo literário - que, em virtude de ser dirigido a um público juvenil, acaba por ser mais ligeiro.
A narrativa de “Catching Fire” é adaptada por Simon Beaufoy (“Slumdog Millionaire” e “127 Hours”) e Michael deBruyn (“Toy Story 3” e “Little Miss Sunshine”), removendo os fillers desnecessários e demonstrando uma capacidade excecional fazer a justaposição entre a decadência e a brutalidade, com a continuação da exploração do culto da celebridade e da lógica Big Brother, a decrepitude da (a)moralidade, a desigualdade de classes, a propaganda e políticas ditatoriais e a (ainda) pequena mas inextinguível chama da revolução.
A partir do motto “Lembra-te quem é o verdadeiro inimigo”, que não é nada ficcional se olharmos apenas para uma edição do telejornal diário, o foco na subversão e na maquinação da rebelião é especialmente patente na primeira metade do filme, onde os personagens usam vários mecanismos para desorganizar e anarquizar o sistema, como sejam a criação de Cinna ou os protestos de Peeta e Katniss nas provas de aptidões pré-Jogos. A exploração do ménage amoroso continua a ser, na verdade, a faceta mais fraca da série – especialmente pela falta de caracterização e possibilidade de investimento em Gale, e pela natureza submissa e nem sempre atrativa de Peeta, quando contrastados com a bola de fogo que é Katniss.
“Catching Fire” é, portanto e surpreendentemente, um épico íntimo onde os maiores conflitos são desenrolados em grandes planos expressivos ou sugestões brutais, ao invés de chacinas violentas. É intimidante combater primatas violentos, enfrentar nevoeiros venenosos e batalhar assassinos experientes, mas nada disto se compara ao terror puro de um espancamento em via pública ou o poder sedutor de uma ameaça talhada em meias palavras. No mínimo, é o que se pode considerar como uma forma bem arriscada e corajosa de filmar entretenimento blockbuster.
Tecnicamente, a sequela é um triunfo. Os efeitos visuais não guardam sequer comparação com os do original, enquanto os sets de Philip Messina estão em sincronia perfeita com a realidade distópica da história. O Capitólio parece menos um clone barato de uma cidade espacial para adquirir o ar requintado de uma espécie de versão futurística de “Paris meets Nova Iorque meets Oz”, decadente e industrializado. No guarda-roupa, a adição de Trish Summerville – que recentemente colaborou também em “The Girl with the Dragon Tattoo” – eleva a outro nível de invenção a realidade extravagante deste mundo alternativo.
Entre as queixas menores, além da pouca frescura estrutural (obviamente inescapável tendo em conta a base literária), mesmo com 146 minutos, existem algumas ideias e temas que acabam por ser pouco desenvolvidos, como o stress pós-traumático de Katniss ou o plano de Snow e Heavensbee de tornar a vida pública de Katniss e Peeta num perpétuo episódio das Kardashians.
No que respeita ao elenco, um dos grandes problemas de Twilight começou a aflorar quando os seus protagonistas se desinteressaram nos personagens que representavam, tendo, possivelmente, crescido além do seu alcance e demonstrando uma enorme dificuldade de identificação com eles. Esse era um medo que secretamente amedrontava muitos de nós no que concerne Jennifer Lawrence.
Num curto espaço de tempo, e entre os dois filmes, Lawrence tornou-se uma autêntica rock-star com um Óscar na algibeira. Mas ao contrário dos colegas de um franchise vizinho, Lawrence mostra-se mais dedicada que nunca, usando toda a experiência adquirida para mergulhar mais fundo na psique de Katniss. Ela incendeia o ecrã. A complexidade que passa pelos seus olhos é impressionante, para uma jovem mulher que, em vez de se preocupar com potenciais parceiros amorosos, tem todos os dias de lutar para sobreviver enquanto lenta e relutantemente se torna um símbolo revolucionário.
Josh Hutcherson, com mais carne onde afincar o dente, tem mais margem de manobra para Peeta do que no primeiro filme, acrescentando-lhe facetas que funcionam para aprofundar um pouco mais o personagem e estabelecer uma boa base para os desafiantes filmes que se seguem, no que a Peeta diz respeito – quem leu o livro saberá do que falamos, mas não nos compete estragar surpresas.
O elenco repetente tem muito mais para explorar desta feita: Donald Sutherland desenvolve ainda mais a frieza dos implacáveis olhos do Presidente Snow, Elizabeth Banks pode pela primeira vez expor um lado mais sensível de Effie e Stanley Tucci e Woody Harrelson continuam a retirar um gozo enorme das caricatas personas que têm a seu cargo.
Entre os novos elementos, reservamo-nos a destacar Sam Claflin que cozinha o seu Finnick Odair à medida com as doses certas de confiança, narcisismo e ambiguidade, a excentricidade terna de Amanda Plummer e Jeffrey Wright, a inteligência elétrica e a ferocidade de Jena Malone (que se arrisca a ter construído uma das personagens mais badass e adoradas da série) e por fim o incomparável Philip Seymour Hoffman, que em apenas meia dúzia de cenas como o novo Mestre dos Jogos traz uma calma magnética e esquiva ao papel, elevando inequivocamente o material ao nível seguinte.
O que torna “The Hunger Games” num fenómeno particularmente especial é que pode ser o que o espectador quiser – um épico de ação, um romance trágico, um thriller político ou uma reflexão social metafórica. Somos convidados a mergulhar num mar de metáforas se assim o desejarmos, ou apenas apreciar uma sólida peça de ação e entretenimento básicos.
Inesperadamente, e independentemente do complexo enredo opressivo e revolucionário, parece mesmo que o futuro se apresenta risonho para “The Hunger Games”. E quanto ao último episódio, que surgirá bipartido entre 2014 e 2015, parece que a sorte está mesmo destinada a estar do seu lado.
8.5/10
A Lionsgate lançou oficialmente o último trailer da corrida promocional de "The Hunger Games: Catching Fire", realizado por Francis Lawrence.
Mantendo a inteligente tradição de ocultar os acontecimentos da segunda parte do filme (os Jogos), tal como aconteceu no material promocional primeiro episódio da saga, "Catching Fire" resolve, no entanto e no seu último trailer, dar um pequeno presente aos fãs e oferecer um olhar breve sobre o campo de batalha do segundo filme, que proporcionará uma luta pela sobrevivência ainda mais brutal do que a do primeiro filme.
Mergulhei no baú das recordações para relembrar alguns dos jogos baseados em filmes mais… peculiares… da história. Nem sempre necessariamente maus – ainda que às vezes sejam mesmo péssimos – esta é uma compilação de jogos inspirados em filmes insuspeitos que acabaram por marcar a indústria (ou as nossas memórias) indelevelmente.
“Fight Club”, um dos grandes filmes de culto das últimas décadas… não propriamente o material mais óbvio para um jogo, mas ainda assim, passível de ser transformado num veículo engraçado de execução do Project Mayhem, por exemplo.
Mas as fabulosas mentes criadoras por de trás de “Fight Club - Videogame” acharam que sabiam tudo da vida e do enredo a olhar para o nome do filme. Assim, o que acabámos por receber foi uma versão pechibeque de Street Fighter/Mortal Kombat com tipos fininhos ou barrigudos a lutar sem razão aparente em casas de banho e becos manhosos.
E o jogo é de 2005, portanto não venham com tretas – ao menos os gráficos podiam ser qualquer coisa de jeito.
Pontos extra (negativos): Abraham Lincoln é uma das personagens desbloqueáveis, ao lado de… Fred Durst. Esse mesmo, o vocalista dos Limp Bizkit… curiosamente, o exato tipo de “ícone” consumista que o filme critica.
Pontos extra (positivos): A representação dos seios de Bob é bastante precisa.
Não é que seja propriamente mau… mas é só esquisito alguém ter-se lembrado de criar um jogo para “The Breakfast Club”, onde o objetivo é apanhar maços de tabaco para salvar a Claire e fazer com ela... o amor.
Parece um padrão manhoso, alvo de uma qualquer macumba pouco própria, este que permite que os jogos baseados em filmes de Steven Spielberg sejam tão medonhos. Não contente com apenas um jogo passível de arruinar a sua imaculada reputação como o “primeiro blockbuster oficial de Hollywood” e grande filme de terror, “Jaws” tem dois jogos a trabalhar nesse sentido.
O jogo de 1987 lançado para NES coloca-nos a conduzir um barco ao caso, ocasionalmente a chocar com coisas e a nadar de um lado para o outro, evitando sermos comidos por um tubarão que vários jogadores dizem nunca ter visto.
Quase 20 anos depois, os saltos tecnológicos e despedimentos de profissionais que preferiam dormir enquanto criavam jogos faziam adivinhar um futuro menos funesto a “Jaws Unleashed”, lançado em 2006. Aceção novamente errada – além dos controlos horríveis e câmaras que só dava vontade de pontapear, apesar desta vez nos permitir tomar controlo do “vilão”, este desenvolveu algum tipo de consciência que só lhe permite fazer matar pessoas más e trazer a paz ao mundo… mas o tubarão tem sempre muita larica.
Depois a Enorme obra de Victor Hugo fazer sucesso nos palcos e nos Cinemas, já estava mais do que na hora de o fazer no mundo dos jogos – sobretudo tratando-se de um jogo de pancadaria.
O jogo chama-se "Arm Joe", e é japonês – o nome deve-se ao facto de, naquele país, “Os Miseráveis” serem conhecidos como “Aa Mujou”. O jogo foi criado para PC e obviamente não é um produto oficial – parece mesmo caseiro. Aliás, por falar nisso, quando perguntaram ao seu criador porque é que passou cinco anos a desenvolver o jogo, ele respondeu: “porque não tenho amigos”.
Mas quem liga a isso quando pode engajar-se em festivais de pancadaria entre Valjean, Javert, Marius, Eponine e especialmente Cosette?
Pontos extra (negativos): Todos os personagens falam… menos Marius, por alguma razão desconhecida.
Pontos extra (positivos): Os personagens têm poderes e aparentemente o Javert consegue conjurar meteoritos em forma de Kamehameha.
Não é, em rigor, um jogo sobre o clássico de Stanley Kubrick "2001: Odisseia no Espaço", mas é uma complexa e impressionante combinação deste com o popular jogo Tetris. O objetivo é criar um monólito com as peças pretas.
Pontos extra (positivos): Durante o jogo, passam cenas e banda sonora do filme em pano de fundo.
É comummente considerado o pior jogo baseado num filme de sempre, e voltamos a encontrar Steven Spielberg na lista, desta feita com “E.T.”, para a Atari 2600. O pai e a mãe dos flops dos “movie games”. Na verdade, não é um jogo, é um teste de resistência, e é tão pavoroso que chega a ser apontado por muitos como uma das principais razões da enorme recessão que atacou a indústria de jogos entre 1983 e 1985, e que levou, inclusive, à falência da Atari, prevalecendo a lenda urbana de que apenas 1,5 milhões dos 4 milhões produzidos foram vendidos, sendo milhares deles enterrados num aterro no Novo México.
Pontos (positivos): não há; mas se pensarmos que o criador do jogo só teve cinco semanas para o desenvolver (por obrigação de o lançar no Natal de 1982), quase não parece assim tão mau. Mas é.
Partir do conceito de um jogo que é baseado num filme que ainda por cima é mau, que por sua vez, é baseado num jogo com e celebrado, parece uma ideia palerma, destinada a resultados dolorosos e cancerígenos para gamers por esse mundo fora.
Infelizmente, ninguém se pôs à frente do camião da morte, e a ideia diabólica concretizou-se mesmo, em 1995.
Para provar que não só os jogos antigos que são marretas, revisitemos “The Hunger Games Adventures”, que com a potencialidade de aproveitar uma mina de ouro na indústria dos jogos, tem uma criação aborrecido, repetitiva, pouco, ou alias NADA original para iPhone/iPod/iPad/Facebook.
Pontos extra (negativos): é uma versão rasca do farmville.
Mais uma vez, é a lógica tripartida (começa num livro, passa pelo filme e culmina no jogo), mas serve para o propósito.
Em 1990, o clássico de F. Scott Fitzgerald, que até ao momento teve a sua versão cinematográfica mais relevante na versão de 1974 realizada por Jack Clayton, recebeu o tratamento pixelizado por cortesia de Charlie Hoey e Pete Smith, que passaram um ano inteiro a desenvolver o jogo. No enredo, tomamos a parte de Nick Carraway em busca do sonho americano, sempre acompanhado do seu chapéu boomerang mortífero.
Pontos extra (positivos): Os criadores do jogo deixaram-no em open source para que outros programadores o possam alterar ou adaptar se assim desejarem.
Não consigo avaliar se o jogo é bom ou mau (aliás, o modo "dance off" é apenas uma da cinco secções disponíveis)… mas ver o próprio Darth Vader acompanhado de um punhado de Stormtroopers a dançar em “Kinect Star Wars” é uma experiência surreal e reveladora – além de um dos maiores vilões modernos do Cinema, é também, e certamente, o melhor bailarino.
Se há alguma coisa mais horripilante que “Friday the 13th” só mesmo o seu jogo correspondente, e não pelas razões mais felizes. A possibilidade de jogar com Jason é logo posta de parte – só podemos ir saltitando de jovem vítima em jovem vítima, até a anterior ser estraçalhada pelo vilão… à luz do dia… em câmara lenta. Resumindo e concluindo, eis as nossas duas tipologias de ações: correr e morrer.
Pontos exta (negativos): temos a possibilidade de ser realmente fieis aos filmes e fazer o papel de vítimas burras que nem uma porta, que em vez de fugir, procuram os assassinos em série.
Pontos extra (ainda mais negativos): tecnicamente, era possível acabar o jogo em cerca de três minutos.
É sempre ligeiramente injusto fazer pouco de jogos que, claramente, não tinham ainda as grandes potencialidades de hoje ao serviço das suas tecnologias, hoje aparentemente tão pré-históricas que são quase equivalentes a uma pintura rupestre cibernética. De todo o modo, e enquadrando devidamente as disposições da época, continuava a haver bons jogos, maus jogos e péssimas desculpas para gastar eletricidade. “Total Recall” é um infame representante da última categoria.
Passar de um filme de rating R para um jogo acessível a crianças, não é tarefa fácil… mas daí a transformar o enredo do jogo na tentativa de um gorila indistinto (Arnold Schwarzenegger) cujas duas única linhas de ação são saltos e amostras de murros de escapar a ataques de anões de macacões cor-de-rosa vai um grande pedaço.
Há esta coisa no mundo dos jogos cujos enredos vieram transferidos de um sucesso do grande ecrã – espera-se que, de alguma forma, a narrativa apresentava seja mais ou menos fiel à do filme. Se tivermos esta asserção como dogma e se, por hipótese, nunca tivéssemos posto os olhos em “Back to the Future”, ainda hoje acreditaríamos piamente que se tratava da história infortuna de um rapaz que passava a vida a fugir de abelhas assassinas e homens de cor-de-rosa (outra vez!), enquanto aumentava religiosamente a sua coleção de relógios. Às vezes o garoto andava de skate – a parte que, efetivamente, é fiel ao filme.
Pontos extra (positivos): em caso de intoxicação alimentar, os comandos são tão tremeliques que induzem o vómito com bastante eficiência.
No espectro “mais surpreendente” da indústria dos jogos inspirados em filmes, há maus filmes que dão origem a bons jogos e há bons filmes que dão origem a maus jogos. Depois há a categoria do buraco negro – maus filmes que dão origem a jogos ainda piores, e que até fazem parecer o mau filme uma obra de arte. É esse o caso de “Charlie's Angels: Full Throttle”.
Considerado por muitas publicações como “o pior jogo de sempre”, encapsula em si gráficos inacabados, animação pobretanas, gameplay horrífico, paredes invisíveis intransponíveis e um enredo que nem sequer faz lembrar os Anjos, apesar de repetidamente as colocar em lutas acrobáticas capazes fazer Matrix corar em bikinis mínimos.
Das duas uma: ou isto é brilhante para lá da compreensão, ou simplesmente perturbador.
Pontos extra (ambíguos): beba-se um shot de cada vez que se encontra uma personagem semi-nua.
Menções (nem sempre muito) Honrosas
"Catwoman" (PC, GBA, Xbox, PS2, Game Cube)
"Iron Man" (PS2, PS3, PSP, Wii, Nintendo DS, Xbox 360, Mobile, PC)
"Raiders of the Lost Ark" (Atari 2600)
"Enter the Matrix" (PC, Game Cube, PS2, Xbox)
"Cliffhanger" (SNES, NES, Gameboy, Game Gear, Mega Drive, Amiga, Mega CD)
"The Texas Chainsaw Massacre" (Atari 2600)