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Point-of-View Shot - X-Men: Days of Future Past (2014)

por Catarina d´Oliveira, em 25.05.14

 

"Just because someone stumbles doesn’t mean they lost their way"

 

O sétimo filme da saga de mutantes criada originalmente por Stan Lee e Jack Kirby chega às salas portuguesas com a missão de galvanizar e reorganizar a cronologia de acontecimentos dos títulos precedentes.

 

Dada a soberania atual na bilheteira, é fácil esquecer que o género dos “Super-Heróis” foi um dia uma verdadeira maçã envenenada. Estávamos nas décadas de 80 e 90, e tudo o que pairasse no âmbito do sobre-humano com toques de Deus estava destinado à escória de uma carreira medíocre.

 

 

O jogo mudou, como que espelhando a viragem do milénio, no ano 2000, com o lançamento de “X-Men” de Bryan Singer (e posteriormente de “X2”, em 2003), que não só veio insuflar o peito e desobstruir as artérias da espetacularidade de um género esquecido, como, sobretudo, passou a utilizá-lo para explorar analogamente temas de importância social, cultural e política. A estética e abordagem de Singer pavimentou o caminho que hoje conhecemos habitado por Homens-Aranha, Vingadores e Cavaleiros das Trevas reinventados, sem no entanto se deixar despersonalizar pelo caminho.

 

Como no trilho da banda desenhada, e como na estreia que reinventou o género para o Cinema, X-Men continua em “Days of Future Past” a demonstrar porque é, provavelmente, o mais reconhecível e vultoso grupo de super-heróis alguma vez criado.

 

 

Inspirando-se parcialmente no lendário arco da banda desenhada homónima de 1981, Singer e o argumentista Simon Kinberg reúnem as personagens da trilogia original e as suas versões mais jovens da prequela de 2011 “X-Men: First Class”, levando o icónico Wolverine ao passado para remediar alguns erros que tiveram repercussões nefastas no futuro.

 

Como sempre esteve patente na saga, há um nível de contenção que é especialmente respeitado quando Singer está ao comando, e que edifica a possibilidade de um mero orgasmo de explosões e efeitos visuais se transformar numa história forte e ambiciosa que representa uma entusiasmante parábola sobre o medo, a esperança, o poder destrutivo do vício, a discriminação e o abuso do poder, evocando atrocidades do passado da Humanidade.

 

 

O espírito negro e socialmente consciente de “Days of Future Past” proporciona uma abordagem que traça vincados paralelos com as contendas civis, étnicas e sociais do mundo real, o que torna este um filme de super-heróis atipicamente relevante para a audiência. Ocasionalmente, todavia, sente o peso de conciliar tantas personagens, acontecimentos e linhas do tempo, acrescendo-se ainda a continua dificuldade do universo em criar um antagonista humano (ou mesmo um retrato da raça, em termos gerais) credivelmente complexo.

 

No elenco – que é inequivocamente o maior e melhor alguma vez reunido num blockbuster – James McAvoy é particularmente tocante como o assombrado Charles Xavier. O caminho negro e monstruoso de Magneto é peculiarmente prazeroso de acompanhar, cortesia de Michael Fassbender, enquanto o conflito interior de Jennifer Lawrence e a sua Mystique ditam, literalmente o futuro. Ainda numa nota positiva – uma vez que grande parte do elenco retornado pouco espaço tem para brilhar – vale a pena referir a excecional (ainda que infelizmente curta) participação de Evan Peters como Quicksilver, que protagoniza uma das passagens mais bem conseguidas e divertidas num assalto surpresa ao Pentágono.

 

 

Parte da vida que se sente infundida na saga deve-se, em grande parte, ao compromisso do elenco em tratar o material de forma tão séria e dedicada. São sentimentos como o medo, a dúvida e a dor que guiam as suas motivações, e é isso que torna a dimensão emocional do material tão real e crua.

 

A saga X-Men tem sido qualitativamente inconstante, mas “Days of Future Past” consegue não só limpar muita da desarrumação e sujidade deixada por “X-Men: The Last Stand”, como estabelecer-se como uma das mais entusiasmantes entradas no género dos últimos anos. A estandardização e habituação tem-nos ensinado a esperar bons efeitos especiais, piadas irónicas, protagonistas carismáticos e enredos delgados relativamente resistentes ao escrutínio... contudo, e a cada punhado de anos, surge um filme que nos relembra o quão complexo e recompensador o género pode ser.

 

 

A certa altura dos desenvolvimentos, Xavier suplica ao seu Eu da juventude imatura: “precisamos que tenhas novamente esperança”. Foi isso que “First Class” começou por nos pedir, e é isso que “Days of Future Past” se esforça por nos assegurar.

 

E agora, mirando um novo futuro moldado pela expectativa em tantas novas e excitantes histórias ainda por contar, acreditamos.

 

 

8.5/10

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Freeze Frame Shot - "X-Men: Days of Future Past"

por Catarina d´Oliveira, em 25.10.13

E a diarreia promocional de "X-Men: Days of Future Past" continua, agora com 12 novos stills da sequela de "X-Men: First Class".

 

Com as participações de Hugh Jackman, Ian McKellen, Patrick Stewart, James McAvoy, Jennifer Lawrence, Michael Fassbender, Nicholas Hoult, Anna Paquin, Ellen Page, Shawn Ashmore, Peter Dinklage, Omar Sy, Halle Berry e Daniel Cudmore - até preciso de uns segundos para recompor a respiração - "X-Men: Days of Future Past" chega aos cinemas na primavera de 2014.

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