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Oscars 2015 - A galeria definitiva

por Catarina d´Oliveira, em 24.02.15

Este ano tomei uma péssima decisão. Ou melhor, ela impôs-se sobre mim: tive de ver os Oscars de ressaca.

 

O meu sábado foi assassino. Com três ou quatro horas de sono e um fígado estafado por várias horas a vestir uniforme de cruzado a combater uns infelizes shots de whisky no meu organismo, tentei manter-me alerta pela madrugada de domingo adentro, nem sempre com os resultados que esperava das minhas capacidades de resistência à sonolência, outrora tão firmemente edificadas para desespero dos meus pais e da minha irmã que tantas vezes me tentava adormecer.

 

De todo o modo, e com mais ou menos cabeçada para golo e cedência ao universo do Zé Pestana, lá assisti com pouco entusiasmo a uma cerimónia que nada fez para mudar aquele meu feeling de que a noite ia ser "meh".

 

Mas apesar deste abalroamento emocional perante o evento cinematográfico que mais me entusiasma anualmente, sem qualquer vergonha, e porque não precisam mesmo que eu replique a lista de vencedores pela 490572058603983ª vez na internet, resolvi, tal como no ano passado, organizar uma pequena cronologia de alguns dos melhores momentos da noite.

 

*** *** ***

 

Segundo a larga tradição, a noite começa com o desfile de beldades e atrocidades pela passadeira vermelha, e este ano não desiludiu no que respeita a looks surpreendentes, começando pelo modelito multifacetado para tarefas domésticas de Lady Gaga...

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Ou as várias senhoras que se inspiraram em alimentos de várias ordens...

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Contudo, a mais fascinante presença foi a de Chloe Grace Moretz no seu modelito "cama de casal"...

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E que nos deixou na beira da cadeira a imaginar o que teria naqueles enormes bolsos de onde não tirava as mãos nem que lhe apontassem uma arma à nuca. Seria o lanche? Um animal indefeso? Provavelmente, nunca saberemos.

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Mas todos sabemos passadeira vermeira não se faz apenas de maquilhagem e vestidos de gosto duvidoso; é também colorida por um desfile de vergonhas alheias que nos faz retorcer no sofá... como seja a beijoca que John Travolta distribui aleatoriamente

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Ou esta extremamente desconfortável entrevista a Dakota Johnson e Melanie Griffith (a sua mãe) sobre "50 Shades of Grey"

 

 

 

 

 

Depois de 3 horas de conversa de circunstância, estava na hora de sair a correr para a cerimónia, e Oprah foi logo a primeira... (isto para não dizer que fugiu a sete pés de Lady Gaga, mas isso soava pior)

 

 

 

 

A Octavia já estava pronta, a topar tudo.

 

 

 

 

O Neil até arrancou bem...

 

 

 

 

... mas depois de uma abertura com direito a número músical de luxo que prometia muito... acabou a fazer piadas de induzir o vómito do género desta

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Todavia, e mesmo assim, foi uma noite de emoções fortes para Oprah. Ela ficou com o coração a bater depressa... (pudera, com aquele decote asfixiador de seios...)

 

 

 

 

Ela teve um hi5 rejeitado pelo Common...

 

 

 

 

Ela ficou confusa...

 

 

 

 

 

E ela rejubilou.

 

 

 

 

E por falar nisto... lembram-se da performance da música do Lego Movie, "Everything is Awesome"?

 

 

 

 

Até o Batman apareceu... mas a questão que mais importa colocar é...

 

 

 

 

Que tipo de ácidos ou drogas pesadas terão estado envolvidos no planeamento desta apresentação....?

 

 

 

 

Mas vá, agora a sério: a melhor parte foi o fair-play e a simpática distribuição de estatuetas pela audiência...

 

 

 

 

 

O Steve Carell e o Channing Tatum tiveram direito a um...

 

 

 

 

 

E a Emma Stone ficou demasiadamente feliz com o seu

 

 

 

 

Mas sabem que é que não estava lá na única vez que decidiram distribuir prémios pela audiência...?

 

 

 

Exato.

 

 

 

 

 

 Mas o Benedict fez-lhe o luto devido... com bezanas.

 

 

 

 

... que depois acabaram por surtir algum efeito no seu controlo de expressões faciais.

 

 

 

 

 

 Ele não estava embriagado na verdade... mas sabem quem estava mesmo? O Terrence Howard.

 

 

 

 

 

A noite de ontem não foi apenas sobre prémios. Foi sobre atos de bondade... como aquela vez em que Lady Gaga limpou a cara do senhor barbudo ao seu lado...

 

 

 

 

 

E Kerry Washington...

 

 

 

 

 

E Jared Leto... mas ?%$#% esta gente lava-se?

 

 

 

 

E a propósito deste momento... foi bonito ver a consagração de Patricia Arquette ser abençoada pelo filho de Deus

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 E por Deus(a)

 

 

 

 

 

Ainda em matéria de discursos, gostava de recordar aquele que será talvez o mais badalado da noite. Estão recordados?

 

 

 

 

 

Pena que o John Travolta tenha levado isso tão à letra...

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... quase ouvi crianças a cantar "let her go, let her goooo"

 

 

 

 

 Mas vamos fazer justiça ao senhor Brilhantina. Não foi o único protagonista de momentos estranhos nesta noite.

 

 

 

 

Tivemos ainda a disputa fervorosa entre Nicole Kidman e Wes Anderson para decidir quem batia palmas de forma mais esquisita...

 

 

 

 

Podemos decidir um empate técnico?

 

 

 

 

Porreiro!

 

 

 

 

 

Tivemos também a sangrenta batalha de Michael Keaton com a pastilha que mascava furiosamente sempre que havia um Close-Up da sua cara...

 

 

 

 

Ele mostrou-lhe quem mandava.

 

 

 

 

A noite TODA.

 

 

 

 

Podia ter pedido umas dicas ao Ben... que sempre foi mais discreto.

 

 

 

 

 

Vamos dar-lhe o desconto... o tipo estava de discurso na mão quando o Eddie lhe "robou" o Oscar. A sério... foi como se ele estivesse na casa de banho, de calças em baixo, e lhe abrissem a porta para o mundo ver.

 

 

 

 

 

O que importa é o espetáculo, e o Birdman até foi contente para casa.

 

 

 

 

E o Eddie deve ter andado a comer barras de açúcar embebidas em leite condensado e pepitas para estar nesta excitação... mas é enternecedor.

 

 

 

 

 

No final, o NPH perguntou ao David Oyelowo como foi a cerimónia e ele foi honesto...

 

 

 

... mas não tanto como o Robert Duvall.

 

 

 

 

E no fundo é isto... até para o ano!

 

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Awards Season: Vencedores dos Golden Globes 2015

por Catarina d´Oliveira, em 13.01.15

Isto já nem vem com pretensões de notícia, já que a coisa se deu na madrugada de domingo e já vamos na terça-feira, mas mais como uma anotação pessoal e um registo de detalhes importantes para a Awards Season em geral.

 

Como tal, no passado domingo ficaram a ser conhecidos os vencedores dos Golden Globes, versão 2015, respetiva ao Cinema (e televisão) de 2014.

 

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Entre as notas importantes:

- Surpreendentemente sem qualquer nomeação à partida: UNBROKEN de Angelina Jolie e AMERICAN SNIPER de Clint Eastwood;

- INTERSTELLAR só indicado em Melhor Banda Sonora;

- Timothy Spall viu a sua performance como MR. TURNER não reconhecida pela HFPA, bem como Marion Cotillard pela sua interpretação no belga DEUX JOURS, UNE NUIT;

- BOYHOOD cimenta o estatuto de favorito e "inimigo a abater" por todos os outros concorrentes;

- GRAND BUDAPEST HOTEL leva a melhor sobre BIRDMAN na categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical;

- LEVIATHAN (Rússia) bate o favorito  IDA (Polónia) na corrida de Melhor Filme Estrangeiro;

- HOW TO TRAIN YOUR DRAGON 2 é considerado o Melho Filme de Animação, em detrimento de THE LEGO MOVIE.

 

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Posto isto, vamos à lista completa de vencedores:

 

MELHOR FILME (DRAMA)
Boyhood

MELHOR REALIZADOR
Richard Linklater – Boyhood

MELHOR ATRIZ (DRAMA)
Julianne Moore – Still Alice

MELHOR ATOR (DRAMA)
Eddie Redmayne – Theory of Everyting

MELHOR FILME (COMÉDIA OU MUSICAL)
The Grand Budapest Hotel

MELHOR ATRIZ (COMÉDIA OU MUSICAL)
Amy Adams – Big Eyes

MELHOR ATOR (COMÉDIA OU MUSICAL)
Michael Keaton – Birdman

MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Patricia Arquette – Boyhood

MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
J.K Simmons – Whiplash

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
How To Train Your Dragon 2

MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
Johann Johannsson – The Theory of Everything

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Glory” (Selma)

MELHOR ARGUMENTO
Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo – Birdman

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Leviathan (Rússia)

 

 

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A lista completa de nomeados originais aos Golden Globes 2015 pode ser consultada por aqui.

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Point-of-View Shot - Boyhood (2014)

por Catarina d´Oliveira, em 04.12.14

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"The moment seizes us"

 

Se a vida é uma série de momentos, de recomeços, de escolhas e de compromissos, então BOYHOOD é um magnificente e humilde tributo a tal vida.

Escrito e realizado por Richard Linklater, o ambicioso projeto levou o ávido realizador a filmar uma história ao longo de 12 anos (traduzidos em 45 dias de filmagem), e que nos permitiu assistir ao crescimento figurativo e literal do seu protagonista Ellar Coltrane à frente dos nossos olhos – inspirando-se, quem sabe, no génio de François Truffaut quando decidiu acompanhar a vida de Antoine Doinel ao longo de cinco filmes.

 

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No caso de Linklater, começou a filmar o jovem ator com apenas 6 anos e terminou quando este tinha acabado de completar os 18. Todos os anos, gravava cerca de 15 minutos de filme, montando e compilando pelo caminho. Tudo se junta, numa miscelânea de momentos com alma de álbum fotográfico de uma forma que é difícil de descrever. O efeito é absolutamente esmagador na sua simplicidade.

Entre 2002 e 2014 seguimos a vida do jovem Mason e a sua família, que inclui a impertinente irmã mais velha e o par de pais divorciados, à medida que crescem nos enormes mas (cinematograficamente) tão raros desafios quotidianos e nas diferentes casas que tornam suas, ano após ano.

 

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Com lealdade aos factos, BOYHOOD é um drama ficcionado e narrativo, mas desenrola-se com a verdade pungente de um documentário. Uma obra-de-arte na acumulação de detalhes, e um fascinante exercício no ato de mostrar em vez de contar. O homem que se especializou no formato das “histórias passadas num único dia” alonga os limites do seu engenho para criar algo único e sem precedentes, tanto para a audiência como para si mesmo.

É a soma de uma carreira singular, a culminação de tudo o que tentou alcançar, fundindo a sensibilidade independente e livre que emprestou às suas primordiais odisseias diárias dedicadas ao caos organizado da juventude (SLACKER e DAZED AND CONFUSED) à precisão da reflexão e da exposição verbal tão elegantemente exercitada na trilogia BEFORE SUNRISE/SUNSET/MIDNIGHT, numa poderosa evocação simultânea do que significa pertencer a uma família e crescer, edificando a cada passo uma pequena parte daquilo que virá a ser a nossa identidade. Todavia, não é apenas um estudo sobre a infância e o desenvolvimento humano, mas também dos rigores e vicissitudes da vida adulta.

 

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Mas BOYHOOD não é uma experiência valerosa apenas pela sua natureza estrutural e de produção inovadora – o que aqui temos é também um baú de riqueza cultural inestimável para a geração que cresceu durante o séc. XXI, marcando-se a passagem do tempo com as respetivas deixas temáticas e temporais para nos guiarem subconscientemente: quezílias políticas nas presidências de Bush e Obama, tecnologias primitivas que se transformam em experiências de alta-definição, modas culturais e canções em voga, tudo tão marcado e essencial como o amadurecimento facial e desenvolvimento de cortes de cabelo do elenco. Estas referências não funcionam como um dispositivo de nostalgia barata, mas compõem um ambiente – e não somos nós o produto do nosso ambiente?

 

É dolorosamente fácil descartar BOYHOOD, como um filme simplista, sem um propósito particular ou uma conclusão épica, como que em modo fast-food, pronta a deslindar o nosso lugar no mundo, tanto como seres individuais, como pertencentes a uma realidade social.

 

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Mas a crua verdade é que a vida – a nossa vida - não se resume a epifanias no topo de uma montanha com a banda sonora perfeita, ou a uma frase floreada criada para tatuar no corpo. A vida é uma série de desafios quotidianos, ao longo dos quais crescemos e aprendemos, apenas para descobrir que há por aí muito mais do que poderíamos imaginar. Momentos impactantes ou não, que ora nos confundem, ora nos asseguram que este é o nosso lugar.

 

A vida não é os enredos de Hollywood, ou as letras delirantes de uma banda indie, ou as linhas embriagadas de sonho de um qualquer bestseller. A vida é o primeiro dia de escola. O corte de cabelo que nos envergonha. A discussão matinal com a mãe. As regras chatas do pai. A irritação dos irmãos. As manhas para faltar à escola. A canção do Verão. A festa secreta com os amigos. A cerveja clandestina. As experiências proibidas. As conversas de circunstância. As batatas fritas no bowling. Os concertos com os amigos. As férias com a família. O primeiro amor. A aventura da universidade. O primeiro emprego. O entusiasmo. O aborrecimento. A dúvida. A certeza. A nova dúvida. O começo. O recomeço.

 

E a vida – a nossa vida – está escarrapachada em BOYHOOD.

 

9.5/10

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Snorricam - Boyhood, segundo infográficos

por Catarina d´Oliveira, em 27.11.14

Falarei muito brevemente sobre o que achei do fantástico BOYHOOD, de Richard Linklater... mas até lá, e particularmente para quem já assistiu:

 

boyhood

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