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Point-of-View Shot - Spotlight (2015)

por Catarina d´Oliveira, em 10.02.16

 

spotlight.jpg

 

"I'm not crazy, they control everything"

 

Há vários tipos de filmes no mundo, mas apenas alguns deles têm o potencial de nos inspirar (nem que momentaneamente) a mudar de carreira.

 

Rocky fez-nos querer acordar cedo, tomar suplementação e treinar incansavelmente. Braveheart fez-nos querer pintar a cara e lutar pela liberdade com um kilt. Gandhi fez-nos querer ser melhores humanos. Que diabo, Forrest Gump fez-nos querer correr como se não houvesse amanhã!

 

Depois há Spotlight... o filme que nos impele a procurar temas fraturantes e esmiuçá-los até não sobrar nada mais que osso e uma revelação essencial.

 

Spotlight-462365831-large.jpg

 

E se nos permitem o auxílio de uma útil analogia, o filme de Tom McCarthy é como uma boa banda de cera: uma vez colocada, já não há volta a dar, só resta arrancar. Ambientado ao estado de coisas em 2001, a película baseia-se em factos verídicos e segue a tenaz equipa de repórteres de investigação do Boston Globe. Liderada pelo respeitado mas rebelde Robby, a equipa conhecida por Spotlight trabalha afincadamente para investigar alegações de abuso no seio da Igreja Católica, mas nada os podia preparar para o alcance catastrófico do escândalo ou o quão longe vai a praga de fraude e apatia.

 

Cinematograficamente falando, o conceito de recontar a história de Spotlight tinha tudo para correr horrivelmente mal, mas sob a alçada da mestria de McCarthy, tudo se conjuga com a mais refinada precisão. Honestamente falando, Spotlight é um dos melhores dramas sobre jornalismo de investigação da história do Cinema, equilibrando-se nas alturas com as icónicas presenças de gigantes como All the President's Men ou The Insider.

 

oscars-best-picture-spotlight-stills.jpg

 

Equilibrado e astucioso, Spotlight é especialmente exímio na exploração da “área-cinzenta”. Se por um lado os vilões não podem exatamente ser considerados exclusivamente vis, também os heróis não são retratados como tal, estando inclusivamente abertos a um retrato que não persiste sem uma parte de mácula. “Se é preciso uma vila para criar uma criança, é preciso uma vila para abusar de uma”, diz, a certa altura, um dos personagens. E no filme de Tom McCathy ninguém sai incólume.

 

O elenco é formidável, de uma ponta à outra, e grande parte da razão para o sucesso da película. É que este trata-se de um puro exercício de “esforço de equipa”, onde cada ator trabalha com a inteligência da subtileza para não roubar qualquer foco ou importância ao poder do material-base, e no entanto, toda e qualquer performance é crucial para o sucesso do conjunto.

 

O sentido de gestão e contenção é transportado para o fantástico argumento, um musculado exercício em economia – cada palavra importa e cada cena existe com um propósito: o de levar a investigação mais longe. Adicionalmente, não há atalhos desnecessários para a vida pessoal de qualquer um dos jornalistas, o que nos obrigaria ou a requerer um ponto-de-vista único e profundo ou a solicitar a amalgama dos pontos-de-vista de todo o elenco. Ambas revelar-se-iam tarefas incompletas ou virtualmente impossíveis. E McCharthy e Josh Singer escolheram a premissa do distanciamento, dando-nos a conhecer apenas o estritamente necessário sobre cada um dos jornalistas e deixando que o seu trabalho defina o resto da sua figura cinematográfica.

 

spotlight02.jpg

 

Por outro lado, os sobreviventes não são vítimas – uma diferença crucial estabelecida pelo filme – e o argumento dá um honroso espaço às suas desoladoras histórias e experiências que, emergindo de uma catarata de vergonha, medo e lágrimas, nunca são reduzidas a meros adereços para chegar a um determinado fim.

 

McCarthy orquestra a investigação procedural com precisão cirúrgica, aplicando uma noção de ritmo inacreditável para um filme que contem cenas que se estendem por minutos e que versam sobre esse “lírico” tema que é o obstáculo da burocracia para aceder documentos selados pela justiça mas abertos para consulta pública. E, como que por magia, essas são genuinamente entusiasmantes.

 

Mas o sabor que fica na boca depois de um autêntico showcase de exímia subtileza e contenção estilística não deixa de ser angustiante, como se cinzas se desfizessem na boca. Porque é impossível afirmar com franqueza de um espírito puro que se gostou do filme de McCarthy.

 

vd-spotlight.jpg

 

O derradeiro e mais violento soco no estômago chega no final. Spotlight não é um filme para se gostar. É um filme para enraivecer, para gritar. Para acordar e magoar. E como a respetiva reportagem que o inspirou e que não podemos esquecer, é um filme para nos mudar.

 

Tenso, meticuloso e pernicioso, Spotlight é a narração essencial de um escândalo contemporâneo.

 

 

8.5/10

 

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Oscars 2015 - A galeria definitiva

por Catarina d´Oliveira, em 24.02.15

Este ano tomei uma péssima decisão. Ou melhor, ela impôs-se sobre mim: tive de ver os Oscars de ressaca.

 

O meu sábado foi assassino. Com três ou quatro horas de sono e um fígado estafado por várias horas a vestir uniforme de cruzado a combater uns infelizes shots de whisky no meu organismo, tentei manter-me alerta pela madrugada de domingo adentro, nem sempre com os resultados que esperava das minhas capacidades de resistência à sonolência, outrora tão firmemente edificadas para desespero dos meus pais e da minha irmã que tantas vezes me tentava adormecer.

 

De todo o modo, e com mais ou menos cabeçada para golo e cedência ao universo do Zé Pestana, lá assisti com pouco entusiasmo a uma cerimónia que nada fez para mudar aquele meu feeling de que a noite ia ser "meh".

 

Mas apesar deste abalroamento emocional perante o evento cinematográfico que mais me entusiasma anualmente, sem qualquer vergonha, e porque não precisam mesmo que eu replique a lista de vencedores pela 490572058603983ª vez na internet, resolvi, tal como no ano passado, organizar uma pequena cronologia de alguns dos melhores momentos da noite.

 

*** *** ***

 

Segundo a larga tradição, a noite começa com o desfile de beldades e atrocidades pela passadeira vermelha, e este ano não desiludiu no que respeita a looks surpreendentes, começando pelo modelito multifacetado para tarefas domésticas de Lady Gaga...

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Ou as várias senhoras que se inspiraram em alimentos de várias ordens...

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Contudo, a mais fascinante presença foi a de Chloe Grace Moretz no seu modelito "cama de casal"...

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E que nos deixou na beira da cadeira a imaginar o que teria naqueles enormes bolsos de onde não tirava as mãos nem que lhe apontassem uma arma à nuca. Seria o lanche? Um animal indefeso? Provavelmente, nunca saberemos.

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Mas todos sabemos passadeira vermeira não se faz apenas de maquilhagem e vestidos de gosto duvidoso; é também colorida por um desfile de vergonhas alheias que nos faz retorcer no sofá... como seja a beijoca que John Travolta distribui aleatoriamente

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Ou esta extremamente desconfortável entrevista a Dakota Johnson e Melanie Griffith (a sua mãe) sobre "50 Shades of Grey"

 

 

 

 

 

Depois de 3 horas de conversa de circunstância, estava na hora de sair a correr para a cerimónia, e Oprah foi logo a primeira... (isto para não dizer que fugiu a sete pés de Lady Gaga, mas isso soava pior)

 

 

 

 

A Octavia já estava pronta, a topar tudo.

 

 

 

 

O Neil até arrancou bem...

 

 

 

 

... mas depois de uma abertura com direito a número músical de luxo que prometia muito... acabou a fazer piadas de induzir o vómito do género desta

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Todavia, e mesmo assim, foi uma noite de emoções fortes para Oprah. Ela ficou com o coração a bater depressa... (pudera, com aquele decote asfixiador de seios...)

 

 

 

 

Ela teve um hi5 rejeitado pelo Common...

 

 

 

 

Ela ficou confusa...

 

 

 

 

 

E ela rejubilou.

 

 

 

 

E por falar nisto... lembram-se da performance da música do Lego Movie, "Everything is Awesome"?

 

 

 

 

Até o Batman apareceu... mas a questão que mais importa colocar é...

 

 

 

 

Que tipo de ácidos ou drogas pesadas terão estado envolvidos no planeamento desta apresentação....?

 

 

 

 

Mas vá, agora a sério: a melhor parte foi o fair-play e a simpática distribuição de estatuetas pela audiência...

 

 

 

 

 

O Steve Carell e o Channing Tatum tiveram direito a um...

 

 

 

 

 

E a Emma Stone ficou demasiadamente feliz com o seu

 

 

 

 

Mas sabem que é que não estava lá na única vez que decidiram distribuir prémios pela audiência...?

 

 

 

Exato.

 

 

 

 

 

 Mas o Benedict fez-lhe o luto devido... com bezanas.

 

 

 

 

... que depois acabaram por surtir algum efeito no seu controlo de expressões faciais.

 

 

 

 

 

 Ele não estava embriagado na verdade... mas sabem quem estava mesmo? O Terrence Howard.

 

 

 

 

 

A noite de ontem não foi apenas sobre prémios. Foi sobre atos de bondade... como aquela vez em que Lady Gaga limpou a cara do senhor barbudo ao seu lado...

 

 

 

 

 

E Kerry Washington...

 

 

 

 

 

E Jared Leto... mas ?%$#% esta gente lava-se?

 

 

 

 

E a propósito deste momento... foi bonito ver a consagração de Patricia Arquette ser abençoada pelo filho de Deus

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 E por Deus(a)

 

 

 

 

 

Ainda em matéria de discursos, gostava de recordar aquele que será talvez o mais badalado da noite. Estão recordados?

 

 

 

 

 

Pena que o John Travolta tenha levado isso tão à letra...

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... quase ouvi crianças a cantar "let her go, let her goooo"

 

 

 

 

 Mas vamos fazer justiça ao senhor Brilhantina. Não foi o único protagonista de momentos estranhos nesta noite.

 

 

 

 

Tivemos ainda a disputa fervorosa entre Nicole Kidman e Wes Anderson para decidir quem batia palmas de forma mais esquisita...

 

 

 

 

Podemos decidir um empate técnico?

 

 

 

 

Porreiro!

 

 

 

 

 

Tivemos também a sangrenta batalha de Michael Keaton com a pastilha que mascava furiosamente sempre que havia um Close-Up da sua cara...

 

 

 

 

Ele mostrou-lhe quem mandava.

 

 

 

 

A noite TODA.

 

 

 

 

Podia ter pedido umas dicas ao Ben... que sempre foi mais discreto.

 

 

 

 

 

Vamos dar-lhe o desconto... o tipo estava de discurso na mão quando o Eddie lhe "robou" o Oscar. A sério... foi como se ele estivesse na casa de banho, de calças em baixo, e lhe abrissem a porta para o mundo ver.

 

 

 

 

 

O que importa é o espetáculo, e o Birdman até foi contente para casa.

 

 

 

 

E o Eddie deve ter andado a comer barras de açúcar embebidas em leite condensado e pepitas para estar nesta excitação... mas é enternecedor.

 

 

 

 

 

No final, o NPH perguntou ao David Oyelowo como foi a cerimónia e ele foi honesto...

 

 

 

... mas não tanto como o Robert Duvall.

 

 

 

 

E no fundo é isto... até para o ano!

 

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Point-of-View Shot - Birdman (2014)

por Catarina d´Oliveira, em 20.01.15

birdman.jpg

 

"Popularity is the slutty cousin of prestige"

 

Mergulhar de cabeça em BIRDMAN é muito semelhante a desdobrar um infindável origami, que continua a abrir-se, sem fim à vista, em direções e combinações absolutamente inesperadas.

A história é enganadoramente simples: Riggan Thomson, uma antiga estrela de ação celebrizada por interpretar um super-herói há 20 anos, tenta reanimar a sua carreira ao encenar e protagonizar uma peça na Broadway. Contudo, todos e quaisquer obstáculos parecem jogar-se no caminho da noite de estreia.

Os corredores labirínticos do St. James Theater apertam-se cada vez mais em redor de Riggan, que se sente crescentemente assombrado pela voz do seu alter-ego, Birdman. A vida e a arte baralham-se, a câmara perpetua o movimento neurótico, enquanto a banda sonora latejante é pontuada por frenéticos batuques, o tempo destrói-se e o espaço aperta numa dança esquizofrénica que parece espelhar o estado mental do protagonista.

 

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Todos os astros parecem alinhados para uma sarcástica comédia de backstage mas BIRDMAN é muito mais: é um estudo de personagem, um (meta) comentário à arte e entretenimento modernos, um ensaio sobre o ego da celebridade e os seguidores acéfalos, uma sessão de psicanálise, uma autópsia ao poder e ao prestígio, uma exploração sobre a profunda necessidade de criação artística, uma maravilha técnica que será examinada e esmiuçada durante anos, um espetáculo singular montado sob as bases de um dos melhores elencos do ano, e um conto surreal sobre um homem que procura desesperadamente a sua alma.

É imensamente divertido de um modo negro e mordaz, mas tal como os fumos e luzes do palco assombram toda a parada de Alejandro González Iñárritu, há aqui algo palpável, reconhecível mas quase inexplicável, maior do que a vida. Filmado como se de um impressionante, longo e corajoso plano-sequência se tratasse, BIRDMAN é uma autêntica explosão de ideias e visões que abraça a linguagem dos sonhos para expandir o conceito de storytelling.

 

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Numa era onde um noticiário televisivo tem tanto artifício como os efeitos visuais de ponta de filmes de ficção científica dos anos 70, hoje, é nas instâncias onde a construção se torna invisível que nos perguntamos "que diabo… como fizeram aquilo??". Depois de o ter conquistado na agonizante sequência inicial de 12 minutos de GRAVITY, o diretor de fotografia Emmanuel Lubezki volta a fazê-lo, agora por toda a duração de BIRDMAN, arrastando o nosso olhar para onde quer que o foquemos, como um talentoso mágico faz com os seus truques de cartas. Contudo, esta artimanha não existe apenas para pasmar – as próprias quezílias do enredo debatem-se sobre estes temas: o artifício, aquilo que julgamos ver e aquilo que vemos na verdade, o público e o privado, o zeitgeist do entretenimento que não distingue o fim de ficção e o início da vida real.

As personagens que encontramos no caminho, desde o melhor amigo/produtor/advogado ao egocêntrico coprotagonista, são dispositivos que se organizam em pontiagudas observações satíricas – as caracterizações são exageradas para criar símbolos, e não pessoas passíveis de encontrarmos na rua.

 

birdman4.jpg


Além de versar sobre um renascimento, BIRDMAN também proporciona um ao seu protagonista. Naquele que será o seu melhor desempenho na última década, Michael Keaton humaniza o desejo mordaz pela importância de Riggan, alternando entre o estado cómico e profundamente dramático ao longo de vários momentos na fita.

Também em destaque num veículo que pareceu feito para oferecer aos seus passageiros uma oportunidade de refrescar a carreira, Edward Norton e Emma Stone oferecem uma honestidade crua aos seus retratos de um ator egocêntrico com compromisso com a autenticidade máxima e de uma filha distante e perturbada, respetivamente.

Há uma loucura irresistível associada ao filme de Iñárritu, uma obra virtuosa, uma maravilha moderna que contradiz a aparente tendência moderna de colocar filmes em caixas de comédias, tragédias ou fantasias, que nos arrasta, atrelados a uma arte destemida que irradia uma emoção, energia, elegância e ego que são intoxicantes.

 

birdman5.jpg

 
É como se o protagonista de INSIDE LLEWYN DAVIS tivesse sido transportado para o séc. XXI, onde o Twitter e o Facebook ditam as manchetes do dia, e tivesse escolhido a carreira de ator, logo depois de se embriagar num cocktail fatal de BLACK SWAN e SUNSET BOULEVARD.

Os fóruns de discussão, as mesas de café e os sofás de amigos de longa data serão alimentados sobre o deslindar cego dos significados de BIRDMAN, alguns absolutamente indecifráveis, como a dinâmica dos poderes telecinéticos de Riggan ou o misterioso final.

Mas não é parte do objetivo, esta natureza resvaladiça do artifício? É como tentar à força fazer um raio-X à mala de PULP FICTION (1994), ou traduzir o sussurro de Bill Murray a Scarlett Johansson em LOST IN TRANSLATION, ou despir de enigmas toda a odisseia no espaço de Stanley Kubrick.

Afinal, não é por acaso que BIRDMAN carrega um pequeno subtítulo: a inesperada virtude da ignorância.

 

8.5/10

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Awards Season: Vencedores dos Golden Globes 2015

por Catarina d´Oliveira, em 13.01.15

Isto já nem vem com pretensões de notícia, já que a coisa se deu na madrugada de domingo e já vamos na terça-feira, mas mais como uma anotação pessoal e um registo de detalhes importantes para a Awards Season em geral.

 

Como tal, no passado domingo ficaram a ser conhecidos os vencedores dos Golden Globes, versão 2015, respetiva ao Cinema (e televisão) de 2014.

 

la-et-golden-globe-awards-2015-show-moments-hi-053

 

Entre as notas importantes:

- Surpreendentemente sem qualquer nomeação à partida: UNBROKEN de Angelina Jolie e AMERICAN SNIPER de Clint Eastwood;

- INTERSTELLAR só indicado em Melhor Banda Sonora;

- Timothy Spall viu a sua performance como MR. TURNER não reconhecida pela HFPA, bem como Marion Cotillard pela sua interpretação no belga DEUX JOURS, UNE NUIT;

- BOYHOOD cimenta o estatuto de favorito e "inimigo a abater" por todos os outros concorrentes;

- GRAND BUDAPEST HOTEL leva a melhor sobre BIRDMAN na categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical;

- LEVIATHAN (Rússia) bate o favorito  IDA (Polónia) na corrida de Melhor Filme Estrangeiro;

- HOW TO TRAIN YOUR DRAGON 2 é considerado o Melho Filme de Animação, em detrimento de THE LEGO MOVIE.

 

la-et-mn-golden-globes-2015-main-001.jpg

Posto isto, vamos à lista completa de vencedores:

 

MELHOR FILME (DRAMA)
Boyhood

MELHOR REALIZADOR
Richard Linklater – Boyhood

MELHOR ATRIZ (DRAMA)
Julianne Moore – Still Alice

MELHOR ATOR (DRAMA)
Eddie Redmayne – Theory of Everyting

MELHOR FILME (COMÉDIA OU MUSICAL)
The Grand Budapest Hotel

MELHOR ATRIZ (COMÉDIA OU MUSICAL)
Amy Adams – Big Eyes

MELHOR ATOR (COMÉDIA OU MUSICAL)
Michael Keaton – Birdman

MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Patricia Arquette – Boyhood

MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
J.K Simmons – Whiplash

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
How To Train Your Dragon 2

MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
Johann Johannsson – The Theory of Everything

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Glory” (Selma)

MELHOR ARGUMENTO
Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo – Birdman

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Leviathan (Rússia)

 

 

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A lista completa de nomeados originais aos Golden Globes 2015 pode ser consultada por aqui.

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