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"I think Lily's thoughts, I dream her dreams. She was always there"
É enganadora a aparente natureza recente da discussão e exposição do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Transexuais). Na verdade, as primeiras manifestações do mesmo datam de quase 15.000 anos, com pinturas rupestres a exibirem, entre outros elementos, várias peças de temática homoerótica. A conclusão lógica a que chegamos é que não estamos perante os pouco iluminados apelidam de “moda”, mas uma insurgência natural que até aqui apenas tinha sido silenciada.
Uma das pequenas mas resolutas provas desse (ainda curto) desenvolvimento é o incremento de produções cinematográficas LGBT. No caso dos circuitos mainstream, encontra-se ainda numa fase ainda embrionária, privilegiando as histórias de emersão revolucionária – talvez um dia possam (como devem) ser vistas com histórias como quaisquer outras. Lá chegaremos, talvez e esperançosamente, num destes dias. Mas não hoje. Hoje ainda necessitamos que os filmes nos ajudem a quebrar barreiras que não sabemos bem quem ergueu, e são anos como o de 2015 – surpreendentemente farto em produções LGBT – que ajudarão a fazê-lo.
É no sentido desta procissão que marcha THE DANISH GIRL, uma distinta história de amor e coragem entre Einar e Gerda Wegener, que atravessa o moral, emocional e fisicamente desafiante processo pioneiro de mudança de sexo de Einar.
Antes de avançarmos na análise, é imperial anotar que o filme realizado por Tom Hooper (THE KING'S SPEECH, LES MISÉRABLES) bebe inspiração diretamente da fonte do livro homónimo de David Ebershoff lançado no ano 2000. É essencial estabelecê-lo porque é, em primeiro lugar, o livro que não apenas toma diversas liberdades em relação à história verídica de Einar e Gerda, como a ficcionaliza abertamente e em larga medida. É, na realidade, uma abordagem como qualquer outra, e é tão grande a sua legitimidade como a de Hooper e a sua argumentista Lucinda Coxen de a adaptarem.
O problema surge quando THE DANISH GIRL - o filme - é vendido como “a derradeira história da primeira mulher transgénero” – que não somente incorre num erro factual (Lili não foi, efetivamente, a primeira) como corrompe uma outra história, essa sim, verídica, mas tão distante do romance de Ebershoff e do drama de Hooper. O argumento é, desta forma, uma valente pincelada em falso, já que, apesar de captar geralmente a essência do espírito e tom da luta de Lili, perpetua uma disparidade temática e moral algo difícil de deslindar, perdida entre três realidades distintas.
A primeira, um biopic sério com Lili como figura central e trágica, um mártir, diríamos, colocando Gerda num segundo e diminuído plano. A segunda, vista através dos olhos de Gerda, e desenvolvendo a história de “outra Rapariga Dinamarquesa”, resiliente e apaixonada, numa ode ao amor incondicional e à lealdade cega.
A terceira, é, no entanto, a mais problemática, já que grande parte do que ali se conta é, na realidade, mentira. Lili não foi incompreensivelmente egoísta, e Gerda não foi uma vítima ou uma pobre abandonada – era uma mulher bissexual que fez o seu nome de quadros de mulheres que se devoravam mutuamente e que se divertia nas noites longas com Lili, encontrando-se, inclusive, já casada e feliz com um diplomata italiano quando o ex-marido se submeteu às cirurgias.
O maior pecado de THE DANISH GIRL é, portanto, a mentira mascarada, porque segurando a bandeira de uma “história verídica”, não o é, obliterando grande parte dos seus mais fascinantes pormenores. A vida é colorida por imperfeições, erros e pequenos (ou grandes) egoísmos, mas infelizmente os biopics são preenchidos por virtudes formulaicas.
No fundo, tudo isto acontece porque a película se desenha cuidadosa e artisticamente sobre uma tela que tem pavor de borrar. É um portento para os olhos, mas raramente arrebatador, e é tecnicamente prodigioso, mas dramaticamente inerte. A (verdadeira) história de Lili Elbe é fascinante e vibrante, mas, de alguma forma, o filme de Tom Hooper está acorrentado ao conservadorismo de um objeto artístico que simultaneamente deseja ardentemente quebrar barreiras ideológicas e sociais mas que teme tanto chocar o espectador e desenquadrar-se do perfil do “Oscar hopeful” que acaba por se tornar inofensivo, pouco relevante e incapaz de honrar na totalidade a figura que edifica.
Todavia, e confirmando os burburinhos festivaleiros, o elenco guarda melhores notícias. Depois de garantir o Óscar de Melhor Ator pela fenomenal performance em THE THEORY OF EVERYTHING, Eddie Redmayne promete um regresso certo à awards season com uma interpretação pautada de nuances várias e surpreendentes. Ainda que este arco narrativo seja estruturalmente muito semelhante à história de Stephen Hawking– reduzindo assim o fator surpresa e alguma da noção de dinamismo do ator - Redmayne parece ter nascido para viver Lili Elbe, desde o modo delicado que transporta quando se move às maçãs de rosto proeminentes que lhe saltam exuberantemente do rosto. No entanto, a sua potencialidade parece diminuída pela sumptuosa respeitabilidade que o próprio filme teima em assumir e pela fragilidade do desenvolvimento emocional que o argumento permite à personagem – a certa altura, reduzindo-a a pouco mais do que poses e sorrisos e propagando uma noção feminina surpreendentemente retrógrada (quando inicia a transição Lili não só deixa de pintar como se torna obcecada com o peso e com o desejo ardente de se tornar uma dona de casa convencional).
Surpreendentemente, a alma de THE DANISH GIRL pertence a Alicia Vikander que interpreta Gerda com uma vitalidade foliona que só torna a sua transfiguração numa mulher forte porém desesperada ainda mais tortuosa e verdadeira. A subtileza é a sua palavra de ordem, máxima que lhe permite um catalisador singular de complexidade e honestidade. Vikander – uma das atuais it girls de Hollywood (e do mundo) com total merecimento – brilha num misto de inteligência sensual e moral solidificando-se como uma das mais arrebatadoras e entusiasmantes atrizes da sua geração.
Dando alguns passos atrás e assumindo o necessário distanciamento o balanço do mais recente drama de Hooper é, ainda assim, marginalmente positivo e socialmente relevante.
Afinal, não só construiu algo lindíssimo de se ver, mas um produto admitidamente mainstream com um tema cativante e (ainda) divisivo que deverá propiciar muita e bem-vinda discussão de ideias e ideais, demonstrando por Lili um respeito e uma bondade que, muito provavelmente, não chegou a encontrar ao longo da sua complexa jornada.
THE DANISH GIRL está longe de ser uma obra de arte, mas é, inequivocamente, um filme essencial – para a memória de Lili e Gerda, para a comunidade LGBT, para o mundo.
6.5/10
Está comprovado: o Hugh Jackman era mesmo uma daquelas pessoas com quem gostava de tomar um café. Além de ser um sólido ator, o tipo é um enorme performer, uma simpatia e alguém sempre pronto a entrar numa brincadeira... como neste caso.
O The Matt Edmondson Show da BBC Radio 1 convidou o australiano para uma divertida rendição de uma versão de "Who am I?" de Les Misérables, do ponto de vista de Wolverine - a figura mais icónica da sua carreira e que, na verdade, a ajudou a construir até o que é hoje.
Sempre bem disposto, o Hugh lá acedeu, e até a falha naquela última e dificílima nota dá charme a um Artista em estado de graça.
Mergulhei no baú das recordações para relembrar alguns dos jogos baseados em filmes mais… peculiares… da história. Nem sempre necessariamente maus – ainda que às vezes sejam mesmo péssimos – esta é uma compilação de jogos inspirados em filmes insuspeitos que acabaram por marcar a indústria (ou as nossas memórias) indelevelmente.
“Fight Club”, um dos grandes filmes de culto das últimas décadas… não propriamente o material mais óbvio para um jogo, mas ainda assim, passível de ser transformado num veículo engraçado de execução do Project Mayhem, por exemplo.
Mas as fabulosas mentes criadoras por de trás de “Fight Club - Videogame” acharam que sabiam tudo da vida e do enredo a olhar para o nome do filme. Assim, o que acabámos por receber foi uma versão pechibeque de Street Fighter/Mortal Kombat com tipos fininhos ou barrigudos a lutar sem razão aparente em casas de banho e becos manhosos.
E o jogo é de 2005, portanto não venham com tretas – ao menos os gráficos podiam ser qualquer coisa de jeito.
Pontos extra (negativos): Abraham Lincoln é uma das personagens desbloqueáveis, ao lado de… Fred Durst. Esse mesmo, o vocalista dos Limp Bizkit… curiosamente, o exato tipo de “ícone” consumista que o filme critica.
Pontos extra (positivos): A representação dos seios de Bob é bastante precisa.
Não é que seja propriamente mau… mas é só esquisito alguém ter-se lembrado de criar um jogo para “The Breakfast Club”, onde o objetivo é apanhar maços de tabaco para salvar a Claire e fazer com ela... o amor.
Parece um padrão manhoso, alvo de uma qualquer macumba pouco própria, este que permite que os jogos baseados em filmes de Steven Spielberg sejam tão medonhos. Não contente com apenas um jogo passível de arruinar a sua imaculada reputação como o “primeiro blockbuster oficial de Hollywood” e grande filme de terror, “Jaws” tem dois jogos a trabalhar nesse sentido.
O jogo de 1987 lançado para NES coloca-nos a conduzir um barco ao caso, ocasionalmente a chocar com coisas e a nadar de um lado para o outro, evitando sermos comidos por um tubarão que vários jogadores dizem nunca ter visto.
Quase 20 anos depois, os saltos tecnológicos e despedimentos de profissionais que preferiam dormir enquanto criavam jogos faziam adivinhar um futuro menos funesto a “Jaws Unleashed”, lançado em 2006. Aceção novamente errada – além dos controlos horríveis e câmaras que só dava vontade de pontapear, apesar desta vez nos permitir tomar controlo do “vilão”, este desenvolveu algum tipo de consciência que só lhe permite fazer matar pessoas más e trazer a paz ao mundo… mas o tubarão tem sempre muita larica.
Depois a Enorme obra de Victor Hugo fazer sucesso nos palcos e nos Cinemas, já estava mais do que na hora de o fazer no mundo dos jogos – sobretudo tratando-se de um jogo de pancadaria.
O jogo chama-se "Arm Joe", e é japonês – o nome deve-se ao facto de, naquele país, “Os Miseráveis” serem conhecidos como “Aa Mujou”. O jogo foi criado para PC e obviamente não é um produto oficial – parece mesmo caseiro. Aliás, por falar nisso, quando perguntaram ao seu criador porque é que passou cinco anos a desenvolver o jogo, ele respondeu: “porque não tenho amigos”.
Mas quem liga a isso quando pode engajar-se em festivais de pancadaria entre Valjean, Javert, Marius, Eponine e especialmente Cosette?
Pontos extra (negativos): Todos os personagens falam… menos Marius, por alguma razão desconhecida.
Pontos extra (positivos): Os personagens têm poderes e aparentemente o Javert consegue conjurar meteoritos em forma de Kamehameha.
Não é, em rigor, um jogo sobre o clássico de Stanley Kubrick "2001: Odisseia no Espaço", mas é uma complexa e impressionante combinação deste com o popular jogo Tetris. O objetivo é criar um monólito com as peças pretas.
Pontos extra (positivos): Durante o jogo, passam cenas e banda sonora do filme em pano de fundo.
É comummente considerado o pior jogo baseado num filme de sempre, e voltamos a encontrar Steven Spielberg na lista, desta feita com “E.T.”, para a Atari 2600. O pai e a mãe dos flops dos “movie games”. Na verdade, não é um jogo, é um teste de resistência, e é tão pavoroso que chega a ser apontado por muitos como uma das principais razões da enorme recessão que atacou a indústria de jogos entre 1983 e 1985, e que levou, inclusive, à falência da Atari, prevalecendo a lenda urbana de que apenas 1,5 milhões dos 4 milhões produzidos foram vendidos, sendo milhares deles enterrados num aterro no Novo México.
Pontos (positivos): não há; mas se pensarmos que o criador do jogo só teve cinco semanas para o desenvolver (por obrigação de o lançar no Natal de 1982), quase não parece assim tão mau. Mas é.
Partir do conceito de um jogo que é baseado num filme que ainda por cima é mau, que por sua vez, é baseado num jogo com e celebrado, parece uma ideia palerma, destinada a resultados dolorosos e cancerígenos para gamers por esse mundo fora.
Infelizmente, ninguém se pôs à frente do camião da morte, e a ideia diabólica concretizou-se mesmo, em 1995.
Para provar que não só os jogos antigos que são marretas, revisitemos “The Hunger Games Adventures”, que com a potencialidade de aproveitar uma mina de ouro na indústria dos jogos, tem uma criação aborrecido, repetitiva, pouco, ou alias NADA original para iPhone/iPod/iPad/Facebook.
Pontos extra (negativos): é uma versão rasca do farmville.
Mais uma vez, é a lógica tripartida (começa num livro, passa pelo filme e culmina no jogo), mas serve para o propósito.
Em 1990, o clássico de F. Scott Fitzgerald, que até ao momento teve a sua versão cinematográfica mais relevante na versão de 1974 realizada por Jack Clayton, recebeu o tratamento pixelizado por cortesia de Charlie Hoey e Pete Smith, que passaram um ano inteiro a desenvolver o jogo. No enredo, tomamos a parte de Nick Carraway em busca do sonho americano, sempre acompanhado do seu chapéu boomerang mortífero.
Pontos extra (positivos): Os criadores do jogo deixaram-no em open source para que outros programadores o possam alterar ou adaptar se assim desejarem.
Não consigo avaliar se o jogo é bom ou mau (aliás, o modo "dance off" é apenas uma da cinco secções disponíveis)… mas ver o próprio Darth Vader acompanhado de um punhado de Stormtroopers a dançar em “Kinect Star Wars” é uma experiência surreal e reveladora – além de um dos maiores vilões modernos do Cinema, é também, e certamente, o melhor bailarino.
Se há alguma coisa mais horripilante que “Friday the 13th” só mesmo o seu jogo correspondente, e não pelas razões mais felizes. A possibilidade de jogar com Jason é logo posta de parte – só podemos ir saltitando de jovem vítima em jovem vítima, até a anterior ser estraçalhada pelo vilão… à luz do dia… em câmara lenta. Resumindo e concluindo, eis as nossas duas tipologias de ações: correr e morrer.
Pontos exta (negativos): temos a possibilidade de ser realmente fieis aos filmes e fazer o papel de vítimas burras que nem uma porta, que em vez de fugir, procuram os assassinos em série.
Pontos extra (ainda mais negativos): tecnicamente, era possível acabar o jogo em cerca de três minutos.
É sempre ligeiramente injusto fazer pouco de jogos que, claramente, não tinham ainda as grandes potencialidades de hoje ao serviço das suas tecnologias, hoje aparentemente tão pré-históricas que são quase equivalentes a uma pintura rupestre cibernética. De todo o modo, e enquadrando devidamente as disposições da época, continuava a haver bons jogos, maus jogos e péssimas desculpas para gastar eletricidade. “Total Recall” é um infame representante da última categoria.
Passar de um filme de rating R para um jogo acessível a crianças, não é tarefa fácil… mas daí a transformar o enredo do jogo na tentativa de um gorila indistinto (Arnold Schwarzenegger) cujas duas única linhas de ação são saltos e amostras de murros de escapar a ataques de anões de macacões cor-de-rosa vai um grande pedaço.
Há esta coisa no mundo dos jogos cujos enredos vieram transferidos de um sucesso do grande ecrã – espera-se que, de alguma forma, a narrativa apresentava seja mais ou menos fiel à do filme. Se tivermos esta asserção como dogma e se, por hipótese, nunca tivéssemos posto os olhos em “Back to the Future”, ainda hoje acreditaríamos piamente que se tratava da história infortuna de um rapaz que passava a vida a fugir de abelhas assassinas e homens de cor-de-rosa (outra vez!), enquanto aumentava religiosamente a sua coleção de relógios. Às vezes o garoto andava de skate – a parte que, efetivamente, é fiel ao filme.
Pontos extra (positivos): em caso de intoxicação alimentar, os comandos são tão tremeliques que induzem o vómito com bastante eficiência.
No espectro “mais surpreendente” da indústria dos jogos inspirados em filmes, há maus filmes que dão origem a bons jogos e há bons filmes que dão origem a maus jogos. Depois há a categoria do buraco negro – maus filmes que dão origem a jogos ainda piores, e que até fazem parecer o mau filme uma obra de arte. É esse o caso de “Charlie's Angels: Full Throttle”.
Considerado por muitas publicações como “o pior jogo de sempre”, encapsula em si gráficos inacabados, animação pobretanas, gameplay horrífico, paredes invisíveis intransponíveis e um enredo que nem sequer faz lembrar os Anjos, apesar de repetidamente as colocar em lutas acrobáticas capazes fazer Matrix corar em bikinis mínimos.
Das duas uma: ou isto é brilhante para lá da compreensão, ou simplesmente perturbador.
Pontos extra (ambíguos): beba-se um shot de cada vez que se encontra uma personagem semi-nua.
Menções (nem sempre muito) Honrosas
"Catwoman" (PC, GBA, Xbox, PS2, Game Cube)
"Iron Man" (PS2, PS3, PSP, Wii, Nintendo DS, Xbox 360, Mobile, PC)
"Raiders of the Lost Ark" (Atari 2600)
"Enter the Matrix" (PC, Game Cube, PS2, Xbox)
"Cliffhanger" (SNES, NES, Gameboy, Game Gear, Mega Drive, Amiga, Mega CD)
"The Texas Chainsaw Massacre" (Atari 2600)
Porque no próximo Domingo decorre a cerimónia dos Oscars e não queria que nenhuma estrela faltasse porque prefere dar um pulinho à cerimónica cá do burgo, realizou-se esta tarde a 2ª Edição dos Close-Up SOAP Awards.
A Academia Portuguesa de Artes Mais ou Menos Cinematográficas já contou os votos de quase 150 membros votantes e os vencedores foram decididos, mas mesmo quem foi para casa de mãos a abanar teve a noção de que esteve num evento cujo único objectivo era honrar a indústria cinematográfica, que tantas alegrias nos dá todos os anos... e se calhar gozar respeitosamente um bocadinho com ela também.
Mas vamos a resultados, que até há momentos só o senhor que nos faz os envelopes com os vencedores é que sabia - é triste, mas o senhor dos envelopes sou eu, portanto talvez seja melhor ser uma senhora dos envelopes.
Seguindo o legado de "Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2" no ano passado, em 2013 "The Dark Knight Rises" arrecadou os SOAPs mais apetecidos na categoria de Melhor Filme que não foi nomeado para o Oscar de Melhor Filme e Melhor Blockbuster de Verão. Também à semelhança do ano passado, não apareceu ninguém para os agradecimentos além de Bane, cujo discurso longo e diplomático teve de ser interrompido pela orquestra sinfónica da Trafaria.
Uma das grandes surpresas surgiu na categoria da Linha de Diálogo que Anima o Espírito com "Ted" a surgir como vencedor. O triunfo foi celebrado com pompa, circunstância e indecêndia pelo próprio urso que subiu ao palco e aproveitou para fazer o seu signature move com o prémio. Blhac!
Leonardo Dicaprio e o seu Calvin Candie vieram até à terra à beira Tejo plantada para receber dois prémios por "Django Unchained". DiCaprio teve de ser simpaticamente convidado a abandonar a cerimónia quando tentou agredir roubar o Prémio Especial Herbal Essences para o Cabelo do Vilão, entregue a Silva de "Skyfall".
Quvenzhané Wallis (Melhor Performance Infantil) e Russell Crowe (representando "Les Misérables) também estiveram presentes para aceitar os seus galardões de lata amarela.
Infelizmente, e no final da cerimónia, Liam Neeson emocionou-se e entusiasmou-se ao receber o seu Prémio Especial Omnipresença, e infelizmente para as minhas próximas noites de insónia, tivemos de tomar medidas drásticas para evitar que saltasse, em pelota, para cima das senhoras na audiência.