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Mise en Scène - Hail, Caesar!

por Catarina d´Oliveira, em 09.10.15

Há pessoas que sabem oferecer orgasmos a horas impróprias... e os irmãos Coen fazem parte desse grupo restrito.

 

Com rubis absolutos na carreira como Fargo, The Big Lebowski e No Country for Old Men, o seu mais recente projeto  Inside Llewyn Davis explorava o sonho desbotado de um músico nos anos 60, mas depois de mergulhar nos meandros da crueldade e da nostalgia da indústria da 1ª arte, está na hora de regressar ao tom de deboche e observação satírica para atacar a 7ª.

 

caesar.jpg

 

 

Hail Caeser! é ambientado à Hollywood dos anos 50 e às maquinações corrosivas da icónica Era de Ouro e do famoso star system. A abordagem dos Coen é, à semelhança de O Brother, Where Art Thou? e Intolerable Cruelty, propositadamente idiótica - e Hail Caeser! até surgiu, inicialmente, em 2005, como o término de uma espécie de "trilogia idiota", que entretanto com Burn After Reading se tornou uma tetralogia - e promete um ataque feroz mas bem humorado à palermice da indústria que os criou.

 

 

 

 

O resultado parece absolutamente delicioso e deve chegar aos cinemas lá para fevereiro de 2016.

 

In Coen(s) we trust.

 

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Point-of-View Shot - Inside Llewyn Davis (2013)

por Catarina d´Oliveira, em 19.12.13

 

"If I had wings like Noah's dove
I'd fly up the river to the one I love
Fare thee well, oh honey, fare thee well"

 

À boleia dos irmãos Coen passamos uma semana na vida de um jovem cantor no mundo musical de Greenwich Village, em 1961.

 

Levemente baseado na história e memórias de Dave Van Ronk, esta insólita jóia cinematográfica encontra o protagonista, Llewyn Davis, à beira de uma encruzilhada. Quando um Inverno severo atinge Nova Iorque, Davis tenta ganhar a vida como músico e enfrenta obstáculos aparentemente intransponíveis, começando com aqueles que ele mesmo cria.

 

 

A anémica vida de Llewyn consome os seus dias, numa procura que rejeita o passado e a memória (mostrada pelo desinteresse nas suas gravações antigas), mas que também não se interessa particularmente pelo futuro (exibindo-se na relutância que apresenta na colaboração em materiais novos). O músico prossegue assim, perseguindo um sonho já muito desbotado pelo tempo e pelo cansaço.

 

Muito contribui, para este cru e melancólico retrato, a estrutura elíptica do argumento, que acompanha o desmaio de um percurso destinado a perder o último comboio para o estabelecimento do mito para um qualquer outro nome que provavelmente hoje temos dificuldade em dissociar do próprio conceito da arte musical.

 

 

Mesmo para um admirador incondicional do Cinema de Ethan e Joel Coen, é difícil negar a condescendência espertalhona com que tratam algumas as suas criações, o que acaba por tornar muitos dos seus filmes em fabulosos mas herméticos exercícios de ironia.

 

Todavia, em Llewyn Davis os irmãos encontraram umas das mais vívidas e complexas personagens, um homem irascível e negligente cuja única redenção se encontra quando fecha os olhos para acompanhar com a voz e a alma os velhos acordes da intemporal música folk.

 

 

O casting do protagonista, em particular, prometia uma tarefa árdua para os Coen, que procuravam a combinação homogénea de um ator de alma e um músico pleno. Quando Oscar Isaac apareceu, admitiram ambos, a procura terminou.

 

Numa das performances masculinas mais surpreendentes do ano, Isaac parece ter nascido para viver Llewyn, uma dicotomia ambulante, exasperado mas esperançoso, inegavelmente cretino e indiscutivelmente talentoso.

 

 

O restante elenco, bem secundário ao tour-de-force de Isaac, não foi por isso escolhido com menos cuidado, prestando-se o devido reconhecimento ao esforço (acídico) de Carey Mulligan, e às participações de John Goodman, Garrett Hedlund, Justin Timberlake e Adam Driver.

 

No desenrolar da sua atormentada expedição (que encontra paralelos estratégicos e subtis com a Odisseia de Ulisses, que os Coen já haviam esventrado no delicioso “O Brother, Where Art Thou?”, de 2000) e à medida que Llewyn Davis luta para reacender a chama da carreira, juntar dinheiro para viver, acalmar a sua vida pessoal e tratar de um gato que acidentalmente ficou a seu cuidado, percebemos que esta não é apenas um retrato de um momento muito específico da cultura americana ou uma poderosa meditação sobre a arte, a responsabilidade e a aceitação, mas sobretudo uma exploração da perda e da sua consequente mas não imediata aceitação.

 

 

A languidez e melancolia da sucessão episódica da aventura de Llewyn Davis parece encarcerada numa espécie de loop corrosivo para a alma, contudo, e no momento em que começam a rodar os créditos finais e ouvimos uma última rendição da magia folk, o futuro está nas mãos de quem vê, e subitamente, o fim pode apenas ser um novo início.

 

É um triunfo silencioso, aquele dos irmãos Coen, porque “Inside Llewyn Davis” apresenta uma história simples mas de desarmante humanidade que, à imagem de qualquer boa canção folk, nunca foi nova mas também nunca será velha.

 

 

8.5/10

 

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A CBS Films lançou um teaser trailer red-band e poster para Cannes para um dos títulos mais aguardados do ano: "Inside Llewyn Davis", dos irmãos Coen.

 

 

O enredo é baseado na vida do músico nova-iorquino Dave Van Ronk, uma das figuras mais míticas do folk de Greenwich Valley durante a década de 60. O argumento do filme é baseado no livro de memórias "The Mayor of MacDougal Street" de Dave van Ronk e acompanha a sua luta para triunfar como músico de folk, em Nova Iorque.

 

 

"Inside Llewyn Davis" será exibido no festival de Cannes e tem estreia marcada nos Estados Unidos para 6 de dezembro - ainda não há data para a estreia portuguesa no calendário.


*** ***


Quem também ganhou um novo trailer - já há uns dias é verdade, perdoem-me o atraso - foi a aventura de ficção científica "Ender's Game", de Gavin Hood.


Segundo a sinopse oficial, uma raça extraterrestre hostil (Formics) atacou a Terra. Se não fosse pelos lendários atos heróicos do Comandante da Frota Internacional, Mazer Rackham, tudo estaria perdido. Os extraterrestres foram derrotados mas vão voltar, por isso o Coronel Graff e o Exército Internacional decidem começar a preparar os soldados para a próxima batalha, que será mais violenta e difícil que a primeira. Um dos planos do Exército Internacional passa por recrutar e treinar as melhores crianças do mundo, porque acreditam que estes jovens representam a nossa salvação e uma mais valia para as forças armadas. O Coronel Graff também acredita que é entre os mais jovens que poderá emergir um novo líder, que consiga ser tão carismático e astuto como Mazer Rackham. Esse futuro líder é Ender Wiggin, um rapaz tímido mas estrategicamente brilhante, que é retirado da escola para se juntar à elite do exército. Ao chegar à Escola de Batalha, Ender domina rápida e facilmente os jogos de guerras, ganhando assim o respeito dos seus colegas e a admiração dos seus superiores. Ender trona-se assim numa das maiores estrelas em ascensão do exército. O seu estatuto convence o icónico Mazer Rackham, que decide assumir a sua tutela e o seu treino para que Ender se possa sentir preparado para liderar os seus companheiros numa batalha épica que determinará o futuro da Terra.




Protagonizado por Harrison Ford, Abigail Breslin, Asa Butterfield e Hailee Steinfeld, o filme de Hood deverá chegar aos nossos cinemas no final do ano.


*** *** ***


Também nas novidades, temos um primeiro olhar sobre "Captain Phillips" da Columbia Pictures - o thriller de ação realizado por Paul Greengrass e protagonizado por Tom Hanks, Catherine Keener, Max Martini, Yul Vazquez, Michael Chernus, Chris Mulkey, Corey Johnson, David Warshofsky, John Magaro e Angus MacInnes.


O filme conta a história verídica do capitão Richard Phillips e do sequestro do seu navio cargueiro por piratas somalis em 2009. Este foi o primeiro navio de carga norte-americano a ser sequestrado em mais de duzentos anos.


O argumento é baseado no livro "A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALS, and Dangerous Days at Sea", de Richard Phillips e Stephan Tatty, e a adaptação deverá chegar a Portugal em outubro de 2013.

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Quick Shot - True Grit, Winter's Bone e Tron

por Catarina d´Oliveira, em 19.02.11

 

"You must pay for everything in this world, one way and another. There is nothing free except the grace of God."

 

Não sou a maior fã de Westerns que poderão encontrar. De facto, o meu conhecimento sobre o género é bastante pobre, talvez pelo interesse que nunca me despertou. Apesar de não ser um GRANDE filme, True Grit dos irmãos Coen fez-me ter alguma esperança no género, bem como alguma curiosidade de o explorar um pouco mais.

 

Uma das grandes mudanças do original de 1969, é que na adaptação de 2010, a narradora e heroína de Portis, Mattie Ross domina a carruagem, não o xerife com um só olho.


Como sempre, os elementos visuais dos Coen são originais e puros. Os contrastes nos interiores iluminados pelo fogo são lindíssimos, e Roger Deakins mantém a câmara perto, resistindo, em grande parte das situações, às vistas panorâmicas tradicionais.


No seus próprios termos, é um filme bem sucedido – não como um filme dos Irmãos Coen, mas como uma história bem contada.

A melhor forma de abordar o novo filme dos irmãos Coen é baixar as expectativas. O problema não está no filme que é, na verdade, magnífico em muitos pontos -  a fotografia é lindíssima e sem dúvida uma das melhores do ano, a banda sonora é fantástica e confunde-se com a história, e as interpretações são fantásticas (bom, tirando talvez Matt Damon que, a meu ver, não faz nada de extraordinário, todavia é também o personagem mais ingrato) – mas True Grit é provavelmente o filme menos irónico da máquina cinematográfica que são os irmãos Coen, e é talvez o filme “menos Coen” de todos; o que também não quer dizer que estejam ausentes algumas das suas mais finas assinaturas.

 

Nada disto quer dizer que a fita seja menos valida do que qualquer outra, mas estes realizadores já puseram a fasquia tão elevada que este True Grit não consegue evitar deixar um pouco a desejar. Ao último hit dos Coen faltou um je-ne-sais quoi de humor e ressonância para que se tornasse memorável.

8/10

 

 

 

"I'd be lost without the weight of you two on my back. I ain't going anywhere."

 

Winter’s Bone segue talvez o legado de Precious – nunca compreendemos bem onde termina a profundidade e onde começa o desolamento de um enredo tão negro. Apesar de não me ter conquistador totalmente, é um daqueles exemplares raros que prova que os thrillers não têm de ser barulhentos e espalhafatosos para manter a atenção do espectador.

 

Winter’s Bone parece desenrolar-se num mundo completamente à parte, com a sua própria lógica moral e códigos de cunduta. Poderia parecer uma espécie de prisão decrépita senão estivesse a jogar tão obviamente em casa.

 

A heroína Ree Dolly (fantástica Jennifer Lawrence) enfrenta uma crise semelhante àquela apresentada em Frozen River (2008): um homem desaparece deixando dívidas a uma mulher, neste caso, à jovem filha, responsável pelo resto da família.

Este é um drama negro e realista sobre uma comunidade dizimada pela pobreza e por uma esperança desaparecida há muito tempo, mas ligada por laços profundos de sangue, género e classe social. Debra Granik filmou em áreas reais e recrutou vários locais como actores, e tanto os visuais como as adições ao elenco misturam-se discretamente entre os profissionais.

 

Espectacular pela humanidade, beleza austera e urgência, não podemos deixar de achar que este parece não ser um filme para nós, e o que salva Winter’s Bone de ser uma peça elitista é a protagonista, cujo carácter não é revelado por discursos vazios, mas por acções e um foco inabalável. Winter’s Bone é definitivamente tough to love, mas Lawrence faz do investimento emocional um ganho certo.

 

7.5/10

 

 

 

"The Grid. A digital frontier. I tried to picture clusters of information as they moved through the computer. What did they look like? Ships, motorcycles? Were the circuits like freeways? I kept dreaming of a world I thought I'd never see. And then, one day... I got in." 

 

É desanimador ver o quão pouco os responsáveis por Tron: Legacy se preocuparam com as possibilidades dramáticas do enredo, sendo completamente consumidos pelas suas exigências tecnológicas.

 

É um triunfo de direcção artistica, som e uma banda sonora fantástica pelo duo francês Daft Punk que não obteve o reconhecimento que merecia. Ninguém se conteve no eye candy desta agradável, sexy e emocionante aventura virtual, a sequela do original de 1982 Tron. Contudo existe uma grave falta de conectividade entre as personagens digitais no ecrã e o utilizador-espectador.

O elemento mais efectivo e mais apelativo à audiência é o visual: tudo negro excepto os apontamentos luminosos das indumentárias e dos objectos em Primeiro plano; visual este inspirado nos jogos arcade do início dos anos 80.

 

Excede-se em pelo menos meia hora de uma coisa que não é boa nem é má, e nem aquece nem arrefece. No fim, o pensamento que fica é este: tiveram quase 30 anos… e isto foi o melhor que conseguiram?

 

Para a audiência, o melhor a fazer é recostar-se e deixar-se absorver pelo universo néon sem fazer perguntas. Não vale a pena sobre-analisar a história (nem merece a pena); a viagem vale a pena pelos efeitos visuais de ponta e pela presença de Jeff Bridges – o sujeito mais porreiro de qualquer dimensão.

 

7/10 

 

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