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Colocar a nossa cara na capa de uma revista famosa - quem não tentou já fazê-lo no photoshop ou através de um daqueles sites manhosos que têm as molduras da capa e é só carregar uma fotografia e os títulos?
Quem levou essa gracinha para um outro patamar foi o projeto chamado "Mediavengers". Por trás de si está a ideia de recriar jornais e revistas se neste mundo existissem, de facto, os Vingadores.
Depois de alguns meses que vão de certa forma ser recordados como "meses de ouro da imprensa cinematográfica", onde existiam em banca quatro revistas de Cinema portuguesas (Premiere, Empire, Magazine-HD e TotalFilm), veio o tempo da negritude, da austeriade. A crise da imprensa cinematográfica estendeu-se, pelo menos para já, até ao dia de hoje, onde é tornado oficial o fim da Premiere.
Depois da Magazine-HD no final do Verão e da TotalFilm algumas semanas depois, é a vez de Premiere dizer adeus às bancas. ficando a Empire como revista única de Cinema e em portguês em circulação no nosso país. O número de Dezembro de 2011 foi o seu último.
Em comunicado oficial no facebook da (ex-)revista leu-se:
"O Grupo Multipublicações informa todos os leitores que decidiu fechar a Premiere. Termina assim a primeira revista de cinema publicada em Portugal após 39 edições.
A decisão é justificada pelo decréscimo de vendas em banca e pela diminuição no número de assinantes. A conjuntura actual do país e a falta de apoios por parte do mercado ao cinema também contribuíram para o encerramento da publicação.
A Premiere foi lançada pela primeira vez em Novembro de 1999, com uma tiragem de 17 mil exemplares. Em 2008, o título foi adquirido pelo Grupo Multipublicações e chega agora ao fim com a capa de Dezembro de 2011.
Resta-nos agradecer aos leitores por nos terem honrado com a vossa preferência e companhia ao longo destes anos. A todos, o nosso muito obrigado."
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É um dia triste para a imprensa e para o Cinema. Apesar de fazer parte de uma equipa concorrente (Magazine-HD) é com pena que vejo um grande colega vergar perante os tempos difíceis que nos assolam. Não é tempo para rivalidades ou disputas ridícular, é altura de nos unirmos e esperarmos que tempos melhores surjam e que o futuro nos traga a todos uma possibilidade de regresso.
Até já Premiere.