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Point-of-View Shot - The Danish Girl (2015)

por Catarina d´Oliveira, em 20.01.16

danish.jpg

 

 

"I think Lily's thoughts, I dream her dreams. She was always there"

 

É enganadora a aparente natureza recente da discussão e exposição do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Transexuais). Na verdade, as primeiras manifestações do mesmo datam de quase 15.000 anos, com pinturas rupestres a exibirem, entre outros elementos, várias peças de temática homoerótica. A conclusão lógica a que chegamos é que não estamos perante os pouco iluminados apelidam de “moda”, mas uma insurgência natural que até aqui apenas tinha sido silenciada. 

 

Uma das pequenas mas resolutas provas desse (ainda curto) desenvolvimento é o incremento de produções cinematográficas LGBT. No caso dos circuitos mainstream, encontra-se ainda numa fase ainda embrionária, privilegiando as histórias de emersão revolucionária – talvez um dia possam (como devem) ser vistas com histórias como quaisquer outras. Lá chegaremos, talvez e esperançosamente, num destes dias. Mas não hoje. Hoje ainda necessitamos que os filmes nos ajudem a quebrar barreiras que não sabemos bem quem ergueu, e são anos como o de 2015 – surpreendentemente farto em produções LGBT – que ajudarão a fazê-lo.

 

eddie-redmayne-the-danish-girl2.jpg

 

É no sentido desta procissão que marcha THE DANISH GIRL, uma distinta história de amor e coragem entre Einar e Gerda Wegener, que atravessa o moral, emocional e fisicamente desafiante processo pioneiro de mudança de sexo de Einar.

 

Antes de avançarmos na análise, é imperial anotar que o filme realizado por Tom Hooper (THE KING'S SPEECH, LES MISÉRABLES) bebe inspiração diretamente da fonte do livro homónimo de David Ebershoff lançado no ano 2000. É essencial estabelecê-lo porque é, em primeiro lugar, o livro que não apenas toma diversas liberdades em relação à história verídica de Einar e Gerda, como a ficcionaliza abertamente e em larga medida. É, na realidade, uma abordagem como qualquer outra, e é tão grande a sua legitimidade como a de Hooper e a sua argumentista Lucinda Coxen de a adaptarem. 

 

O problema surge quando THE DANISH GIRL - o filme - é vendido como “a derradeira história da primeira mulher transgénero” – que não somente incorre num erro factual (Lili não foi, efetivamente, a primeira) como corrompe uma outra história, essa sim, verídica, mas tão distante do romance de Ebershoff e do drama de Hooper. O argumento é, desta forma, uma valente pincelada em falso, já que, apesar de captar geralmente a essência do espírito e tom da luta de Lili, perpetua uma disparidade temática e moral algo difícil de deslindar, perdida entre três realidades distintas.

 

eddie-redmayne-the-danish-girl.jpg

 

A primeira, um biopic sério com Lili como figura central e trágica, um mártir, diríamos, colocando Gerda num segundo e diminuído plano. A segunda, vista através dos olhos de Gerda, e desenvolvendo a história de “outra Rapariga Dinamarquesa”, resiliente e apaixonada, numa ode ao amor incondicional e à lealdade cega. 

 

A terceira, é, no entanto, a mais problemática, já que grande parte do que ali se conta é, na realidade, mentira. Lili não foi incompreensivelmente egoísta, e Gerda não foi uma vítima ou uma pobre abandonada – era uma mulher bissexual que fez o seu nome de quadros de mulheres que se devoravam mutuamente e que se divertia nas noites longas com Lili, encontrando-se, inclusive, já casada e feliz com um diplomata italiano quando o ex-marido se submeteu às cirurgias. 

 

O maior pecado de THE DANISH GIRL é, portanto, a mentira mascarada, porque segurando a bandeira de uma “história verídica”, não o é, obliterando grande parte dos seus mais fascinantes pormenores. A vida é colorida por imperfeições, erros e pequenos (ou grandes) egoísmos, mas infelizmente os biopics são preenchidos por virtudes formulaicas.

 

alicia.vikander.png

 

No fundo, tudo isto acontece porque a película se desenha cuidadosa e artisticamente sobre uma tela que tem pavor de borrar. É um portento para os olhos, mas raramente arrebatador, e é tecnicamente prodigioso, mas dramaticamente inerte. A (verdadeira) história de Lili Elbe é fascinante e vibrante, mas, de alguma forma, o filme de Tom Hooper está acorrentado ao conservadorismo de um objeto artístico que simultaneamente deseja ardentemente quebrar barreiras ideológicas e sociais mas que teme tanto chocar o espectador e desenquadrar-se do perfil do “Oscar hopeful” que acaba por se tornar inofensivo, pouco relevante e incapaz de honrar na totalidade a figura que edifica.

 

Todavia, e confirmando os burburinhos festivaleiros, o elenco guarda melhores notícias. Depois de garantir o Óscar de Melhor Ator pela fenomenal performance em THE THEORY OF EVERYTHING, Eddie Redmayne promete um regresso certo à awards season com uma interpretação pautada de nuances várias e surpreendentes. Ainda que este arco narrativo seja estruturalmente muito semelhante à história de Stephen Hawking– reduzindo assim o fator surpresa e alguma da noção de dinamismo do ator - Redmayne parece ter nascido para viver Lili Elbe, desde o modo delicado que transporta quando se move às maçãs de rosto proeminentes que lhe saltam exuberantemente do rosto. No entanto, a sua potencialidade parece diminuída pela sumptuosa respeitabilidade que o próprio filme teima em assumir e pela fragilidade do desenvolvimento emocional que o argumento permite à personagem – a certa altura, reduzindo-a a pouco mais do que poses e sorrisos e propagando uma noção feminina surpreendentemente retrógrada (quando inicia a transição Lili não só deixa de pintar como se torna obcecada com o peso e com o desejo ardente de se tornar uma dona de casa convencional).

 

Surpreendentemente, a alma de THE DANISH GIRL pertence a Alicia Vikander que interpreta Gerda com uma vitalidade foliona que só torna a sua transfiguração numa mulher forte porém desesperada ainda mais tortuosa e verdadeira. A subtileza é a sua palavra de ordem, máxima que lhe permite um catalisador singular de complexidade e honestidade. Vikander – uma das atuais it girls de Hollywood (e do mundo) com total merecimento – brilha num misto de inteligência sensual e moral solidificando-se como uma das mais arrebatadoras e entusiasmantes atrizes da sua geração.

 

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Dando alguns passos atrás e assumindo o necessário distanciamento o balanço do mais recente drama de Hooper é, ainda assim, marginalmente positivo e socialmente relevante. 

 

Afinal, não só construiu algo lindíssimo de se ver, mas um produto admitidamente mainstream com um tema cativante e (ainda) divisivo que deverá propiciar muita e bem-vinda discussão de ideias e ideais, demonstrando por Lili um respeito e uma bondade que, muito provavelmente, não chegou a encontrar ao longo da sua complexa jornada.

 

THE DANISH GIRL está longe de ser uma obra de arte, mas é, inequivocamente, um filme essencial – para a memória de Lili e Gerda, para a comunidade LGBT, para o mundo.

 

 

6.5/10

 

 

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Oscars 2015 - A galeria definitiva

por Catarina d´Oliveira, em 24.02.15

Este ano tomei uma péssima decisão. Ou melhor, ela impôs-se sobre mim: tive de ver os Oscars de ressaca.

 

O meu sábado foi assassino. Com três ou quatro horas de sono e um fígado estafado por várias horas a vestir uniforme de cruzado a combater uns infelizes shots de whisky no meu organismo, tentei manter-me alerta pela madrugada de domingo adentro, nem sempre com os resultados que esperava das minhas capacidades de resistência à sonolência, outrora tão firmemente edificadas para desespero dos meus pais e da minha irmã que tantas vezes me tentava adormecer.

 

De todo o modo, e com mais ou menos cabeçada para golo e cedência ao universo do Zé Pestana, lá assisti com pouco entusiasmo a uma cerimónia que nada fez para mudar aquele meu feeling de que a noite ia ser "meh".

 

Mas apesar deste abalroamento emocional perante o evento cinematográfico que mais me entusiasma anualmente, sem qualquer vergonha, e porque não precisam mesmo que eu replique a lista de vencedores pela 490572058603983ª vez na internet, resolvi, tal como no ano passado, organizar uma pequena cronologia de alguns dos melhores momentos da noite.

 

*** *** ***

 

Segundo a larga tradição, a noite começa com o desfile de beldades e atrocidades pela passadeira vermelha, e este ano não desiludiu no que respeita a looks surpreendentes, começando pelo modelito multifacetado para tarefas domésticas de Lady Gaga...

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Ou as várias senhoras que se inspiraram em alimentos de várias ordens...

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Contudo, a mais fascinante presença foi a de Chloe Grace Moretz no seu modelito "cama de casal"...

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E que nos deixou na beira da cadeira a imaginar o que teria naqueles enormes bolsos de onde não tirava as mãos nem que lhe apontassem uma arma à nuca. Seria o lanche? Um animal indefeso? Provavelmente, nunca saberemos.

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Mas todos sabemos passadeira vermeira não se faz apenas de maquilhagem e vestidos de gosto duvidoso; é também colorida por um desfile de vergonhas alheias que nos faz retorcer no sofá... como seja a beijoca que John Travolta distribui aleatoriamente

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Ou esta extremamente desconfortável entrevista a Dakota Johnson e Melanie Griffith (a sua mãe) sobre "50 Shades of Grey"

 

 

 

 

 

Depois de 3 horas de conversa de circunstância, estava na hora de sair a correr para a cerimónia, e Oprah foi logo a primeira... (isto para não dizer que fugiu a sete pés de Lady Gaga, mas isso soava pior)

 

 

 

 

A Octavia já estava pronta, a topar tudo.

 

 

 

 

O Neil até arrancou bem...

 

 

 

 

... mas depois de uma abertura com direito a número músical de luxo que prometia muito... acabou a fazer piadas de induzir o vómito do género desta

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Todavia, e mesmo assim, foi uma noite de emoções fortes para Oprah. Ela ficou com o coração a bater depressa... (pudera, com aquele decote asfixiador de seios...)

 

 

 

 

Ela teve um hi5 rejeitado pelo Common...

 

 

 

 

Ela ficou confusa...

 

 

 

 

 

E ela rejubilou.

 

 

 

 

E por falar nisto... lembram-se da performance da música do Lego Movie, "Everything is Awesome"?

 

 

 

 

Até o Batman apareceu... mas a questão que mais importa colocar é...

 

 

 

 

Que tipo de ácidos ou drogas pesadas terão estado envolvidos no planeamento desta apresentação....?

 

 

 

 

Mas vá, agora a sério: a melhor parte foi o fair-play e a simpática distribuição de estatuetas pela audiência...

 

 

 

 

 

O Steve Carell e o Channing Tatum tiveram direito a um...

 

 

 

 

 

E a Emma Stone ficou demasiadamente feliz com o seu

 

 

 

 

Mas sabem que é que não estava lá na única vez que decidiram distribuir prémios pela audiência...?

 

 

 

Exato.

 

 

 

 

 

 Mas o Benedict fez-lhe o luto devido... com bezanas.

 

 

 

 

... que depois acabaram por surtir algum efeito no seu controlo de expressões faciais.

 

 

 

 

 

 Ele não estava embriagado na verdade... mas sabem quem estava mesmo? O Terrence Howard.

 

 

 

 

 

A noite de ontem não foi apenas sobre prémios. Foi sobre atos de bondade... como aquela vez em que Lady Gaga limpou a cara do senhor barbudo ao seu lado...

 

 

 

 

 

E Kerry Washington...

 

 

 

 

 

E Jared Leto... mas ?%$#% esta gente lava-se?

 

 

 

 

E a propósito deste momento... foi bonito ver a consagração de Patricia Arquette ser abençoada pelo filho de Deus

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 E por Deus(a)

 

 

 

 

 

Ainda em matéria de discursos, gostava de recordar aquele que será talvez o mais badalado da noite. Estão recordados?

 

 

 

 

 

Pena que o John Travolta tenha levado isso tão à letra...

travolta.jpg

 

 

 

 

... quase ouvi crianças a cantar "let her go, let her goooo"

 

 

 

 

 Mas vamos fazer justiça ao senhor Brilhantina. Não foi o único protagonista de momentos estranhos nesta noite.

 

 

 

 

Tivemos ainda a disputa fervorosa entre Nicole Kidman e Wes Anderson para decidir quem batia palmas de forma mais esquisita...

 

 

 

 

Podemos decidir um empate técnico?

 

 

 

 

Porreiro!

 

 

 

 

 

Tivemos também a sangrenta batalha de Michael Keaton com a pastilha que mascava furiosamente sempre que havia um Close-Up da sua cara...

 

 

 

 

Ele mostrou-lhe quem mandava.

 

 

 

 

A noite TODA.

 

 

 

 

Podia ter pedido umas dicas ao Ben... que sempre foi mais discreto.

 

 

 

 

 

Vamos dar-lhe o desconto... o tipo estava de discurso na mão quando o Eddie lhe "robou" o Oscar. A sério... foi como se ele estivesse na casa de banho, de calças em baixo, e lhe abrissem a porta para o mundo ver.

 

 

 

 

 

O que importa é o espetáculo, e o Birdman até foi contente para casa.

 

 

 

 

E o Eddie deve ter andado a comer barras de açúcar embebidas em leite condensado e pepitas para estar nesta excitação... mas é enternecedor.

 

 

 

 

 

No final, o NPH perguntou ao David Oyelowo como foi a cerimónia e ele foi honesto...

 

 

 

... mas não tanto como o Robert Duvall.

 

 

 

 

E no fundo é isto... até para o ano!

 

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Point-of-View Shot - The Theory of Everything (2014)

por Catarina d´Oliveira, em 03.02.15

theory.jpg

 

"There should be no boundaries to human endeavor. We are all different. However bad life may seem, there is always something you can do, and succeed at. While there's life, there is hope."

 

Num filme sobre um dos maiores génios do nosso tempo, o coração é, curiosamente, o órgão mais exercitado da anatomia.

 

Apresentamos Stephen Hawking, um jovem mas promissor estudante de Cambridge, despreocupado com os formalismos mas infinitamente curioso nos limites da sua inteligência. Numa festa insuspeita conhece Jane, outra jovem estudante (mas de arte e literatura) que lhe chama a atenção de outro órgão avesso, mas infinitamente menos treinado que o cérebro: o coração. Persistente, não desiste até à conquista… mas o seu Amor recentemente incendiado é posto à prova quando Stephen é diagnosticado com uma doença neurodegenerativa julgada fatal e que oferece ao portador a cruel realidade de uma mente sã aprisionada a um corpo enfermo e, eventualmente, absolutamente incapaz. Segue-se uma batalha feroz, mas que nada tem de inglória. Na vida e na Ciência, Stephen Hawking teve tudo.

 

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A teoria propriamente dita de THE THEORY OF EVEYRHTING é inatamente secundária. A ciência é largamente simplificada, descomplicada ao ponto de deslizar suavemente pela lógica da audiência, mas o filme de James Marsh não tenta ser mais do que é – em primeira instância, uma crónica afetuosa dos 30 anos de casamento entre Stephen e Jane. Não deixa de ser uma abordagem curiosa vinda de um documentarista nato – afinal, Marsh orquestrou, entre outros, os fabulosos MAN ON WIRE (2008) e PROJECT NIM (2011).

 

Baseado nas memórias de Jane Hawking, enche a alma através dos olhos; serpenteamos por festas luminosas e pelo luxuoso interior britânico para estabelecer o ambiente de um olhar realístico à observação continuada e realista das diversas formas do amor: a paixão ardente, o conforto do romance, a fraternidade da ternura e, eventualmente em vários casos, a persistência da promessa. Num drama sólido, que embarca em poucos riscos e é inegavelmente "atraente" para a awards season, a melhor notícia é que a perseverança, a esperança e a ternura genuína vencem continuamente o braço de ferro face ao melodrama exagerado.

 

theory2.jpg

 

A mais pura verdade é que obras desta natureza tendem a alicerçar-se numa performance nuclear, e para bem da honra de Hawking e para a prosperidade do próprio filme, Eddie Redmayne responde ao desafio com a classe de um vencedor. A fundação da sua criação não se apoia numa imitação barata ou num espetáculo espalhafatoso de contorcionismo exibicionista. O que aqui assistimos é a uma caracterização profunda, a uma materialização de meses de preparação que se transformam numa criação de pasmar.

 

A seu lado, e combatendo audazmente a tendência de “ficar na sombra do grande homem”, Felicity Jones convém a Jane uma complexidade e autenticidade que criam empatia com a audiência. Jones e Jane não só estão presentes, como reivindicam a sua parte na história.

 

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É supremamente fácil cair no desejo de diminuir THE THEORY OF EVEYRHTING perante o desejo de uma obra intelectualmente mais estimulante, mantendo o ritmo do endiabrado pensamento do seu enigmático protagonista, ou até mais ousada e fraturante.

 

Mas Marsh edificou uma história de amores, amores de vida, que se mutam com o tempo e a circunstância, que se provam perante as dificuldades. E mesmo não fazendo verdadeiramente jus ao título que ostenta, é uma afetuosa exploração sobre a mais importante de todas as teorias: a do Amor.

 

 

7.0/10

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Awards Season: Vencedores dos Golden Globes 2015

por Catarina d´Oliveira, em 13.01.15

Isto já nem vem com pretensões de notícia, já que a coisa se deu na madrugada de domingo e já vamos na terça-feira, mas mais como uma anotação pessoal e um registo de detalhes importantes para a Awards Season em geral.

 

Como tal, no passado domingo ficaram a ser conhecidos os vencedores dos Golden Globes, versão 2015, respetiva ao Cinema (e televisão) de 2014.

 

la-et-golden-globe-awards-2015-show-moments-hi-053

 

Entre as notas importantes:

- Surpreendentemente sem qualquer nomeação à partida: UNBROKEN de Angelina Jolie e AMERICAN SNIPER de Clint Eastwood;

- INTERSTELLAR só indicado em Melhor Banda Sonora;

- Timothy Spall viu a sua performance como MR. TURNER não reconhecida pela HFPA, bem como Marion Cotillard pela sua interpretação no belga DEUX JOURS, UNE NUIT;

- BOYHOOD cimenta o estatuto de favorito e "inimigo a abater" por todos os outros concorrentes;

- GRAND BUDAPEST HOTEL leva a melhor sobre BIRDMAN na categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical;

- LEVIATHAN (Rússia) bate o favorito  IDA (Polónia) na corrida de Melhor Filme Estrangeiro;

- HOW TO TRAIN YOUR DRAGON 2 é considerado o Melho Filme de Animação, em detrimento de THE LEGO MOVIE.

 

la-et-mn-golden-globes-2015-main-001.jpg

Posto isto, vamos à lista completa de vencedores:

 

MELHOR FILME (DRAMA)
Boyhood

MELHOR REALIZADOR
Richard Linklater – Boyhood

MELHOR ATRIZ (DRAMA)
Julianne Moore – Still Alice

MELHOR ATOR (DRAMA)
Eddie Redmayne – Theory of Everyting

MELHOR FILME (COMÉDIA OU MUSICAL)
The Grand Budapest Hotel

MELHOR ATRIZ (COMÉDIA OU MUSICAL)
Amy Adams – Big Eyes

MELHOR ATOR (COMÉDIA OU MUSICAL)
Michael Keaton – Birdman

MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Patricia Arquette – Boyhood

MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
J.K Simmons – Whiplash

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
How To Train Your Dragon 2

MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
Johann Johannsson – The Theory of Everything

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Glory” (Selma)

MELHOR ARGUMENTO
Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo – Birdman

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Leviathan (Rússia)

 

 

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A lista completa de nomeados originais aos Golden Globes 2015 pode ser consultada por aqui.

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