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Mise en Scène - The Big Short

por Catarina d´Oliveira, em 22.09.15

Há um candidato surpresa à awards season ao virar da esquina. Perdido algures entre o esquecimento e a crença de que a coisa ainda ia demorar a sair do forno, THE BIG SHORT emerge agora como um dos grandes filmes a serem lançados até ao final do ano.

 

A Paramount colocou a estreia a bater no apetecido período de meados de dezembro, e com um elenco carregado de estrelas - Christian Bale, Brad Pitt, Melissa Leo, Marisa Tomei, Steve Carell e Ryan Gosling - o filme de Adam McKay - que até aqui surgia, sobretudo com créditos de realização em comédias ligeiramente duvidosas - promete fazer estragos.

 

brad-pitt-christian-bale-and-ryan-gosling-the-big-

 

No entanto, não é só o calibre de Oscar e as caras conhecidas que tornam THE BIG SHORT uma aposta (aparentemente) ganha. De facto, o enredo não podia ser mais atual e relevante para a realidade económica dos Estados Unidos em particular e do mundo em geral. Baseado no livro homónimo (que foi escrito pelo mesmo autor do fantástico MONEYBALL), partimos na exploração de como alguns homens conseguiram enriquecer à custa da crise global económica.

 

 

 

 

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Point-of-View Shot - Fury (2014)

por Catarina d´Oliveira, em 28.10.14

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"It will end, soon. But before it does, a lot more people have to die"

 

A história volta a ser violenta no regresso de Brad Pitt ao terreno lamacento e mortífero da Segunda Guerra Mundial.

 

O filme realizado David Ayer é uma janela aberta para uma das mais interessantes partes do inolvidável conflito: o seu final. Os Nazis sabem-no perto, os Aliados sentem-no, mas Hitler ainda não o admitiu e de alguma forma os peões continuam a mover-se num terreno alemão profundamente devastado por mais de cinco anos de luta. A carnificina e o caos que por aqui passaram são inimagináveis, mas cruamente reais, como descobre da forma mais difícil o soldado novato Norman Ellison que é destacado para um dos poucos tanques norte-americanos que restam em combate.

 

No momento em que o Sargento Don “Wardaddy” Coliider lhe põe os olhos em cima, sabe que este será mais uma morte certa para as forças americanas sem a devida instrução. Mas tal como prometeu ao resto da sua equipa – o cru mecânico Grady “Coon-Ass” Travis, o espirituoso condutor Trini “Gordo” Garcia e o artilheiro Boyd “Bible” Swan – fará tudo para os levar até ao fim do conflito vivos. Todavia, e à medida que se entranham mais e mais no arrasado território inimigo povoado por alemães cada vez mais desesperados e dispostos a tudo, Wardaddy terá a sua tarefa muito dificultada.

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Profundamente ambicioso, “Fury” é um exercício fascinante e provocador, ainda que defeituoso em importantes frentes. Penoso, brutal e entusiasmante, é a maior aproximação que encontrará à experiência de passar uns “aprazíveis” dias num claustrofóbico e mal equipado tanque americano no final Guerra – só resta agradecer aos céus que ainda seja impossível uma experiência cinematográfica com cheiro… mas conseguimos imaginar!

 

Além de recordar a fraternidade entre os irmãos de armas à semelhança das películas de guerra dos anos 60 e 70 (como “The Dirty Dozen”), o filme de Ayer também reflete a sombra negra mais reconhecível nos clássicos do pós-Vietname como “Platoon” e “Full Metal Jacket” – mais concretamente, os efeitos inapagáveis da guerra na psique e alma humana.

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Mas o que distancia “Fury” dos demais familiares cinematográficos do género é a sua entrega honesta à fealdade de uma guerra feia. Ayer mergulha – e por extensão, mergulha-nos – na imundice de poças de sangue, nos corpos apodrecidos empurrados pelas escavadoras, nos cadáveres dissolvidos na lama. A beleza surge em pormenores fugidios, como um cavalo branco simbólico ou uma garota loira de olhos tristes, mas a qualquer minuto, Ayer prepara-se para nos castigar por baixarmos a guarda.

 

As batalhas são algo como nunca vimos antes, tática e logisticamente brilhantes, com a devastação bem patente à custa de explosões de cabeças e membros decepados. Apesar de ter sido orquestrada de forma entusiasmante, a conclusão é uma desilusão do ponto de vista dramático – um final “à Hollywood”, que não condiz propriamente bem com a precisão elétrica e moral ambígua da história até então.

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Brad Pitt, Shia LaBeouf e Logan Lerman ficarão certamente na memória pelas carismáticas e afetantes interpretações, mas infelizmente virtualmente todos os personagens são estereótipos: o chefe duro mas de bom coração, o latino desenvolto, o bad boy abrutalhado, o miúdo. A superficialidade da sua abordagem nunca é ultrapassada, com a exceção do jovem Norman, cujos olhos são a nossa porta de entrada para o Inferno instalado. Nestes homens não vemos ou ouvimos a referência à saudade de uma vida passada, apenas o hoje e o som metálico do interior sufocante de uma máquina de guerra que aprenderam a chamar de casa.

 

Com cirúrgica atenção ao detalhe e autenticidade aplicadas às sequências de batalha ao estilo old-school, oferece uma brutalidade e crueza refrescantes, sem cair no habitual jingoísmo do género, e alicerçando-se em verdades absolutas e sentimentos diretos e simples. É verdade que não existe uma história verídica à qual equiparar e ficcionalização de Ayer, mas esta parece leal, honesta, franca.

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É disso que trata “Fury”. Não versa sobre uma geração orgulhosa dos seus feitos, mas da pura definição de pesadelo que representa. E da lama, da sujidade, do sangue, da escuridão. Do som das canções germânicas e dos impropérios americanos. Do barulho dos tanques, das granadas e das metralhadoras. E da névoa da guerra: a neblina das bombas de fumo, mas sobretudo o indistinto nevoeiro entre o poder e a vulnerabilidade, a humanidade e a tirania, a necessidade e a crueldade, e entre o homem e o animal.

 

 

7.5/10

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Snorricam - 40 castings antes do estrelato

por Catarina d´Oliveira, em 11.08.14

 

Ah, como é bom que existam indivíduos com tempo nas mãos, para compilar cerca de 40 castings de atores (antes de serem) famosos.

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Mise en Scène - "Fury"

por Catarina d´Oliveira, em 25.06.14

Foi lançado online o primeiro (e excelente!) trailer de "Fury", o novo drama de guerra de David Ayer, protagonizado por Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Michael Pena, Jon Bernthal e Jason Isaacs.

 

 

No enrendo, estamos situados no final da II Guerra Mundial, em 1945, durante o colapso do regime nazi. A história que acompanhamos é a de cinco homens da tripulação de um tanque norte-americano chamado Fúria que enfrentam uma unidade desesperada do exército alemão.

 

"Fury" tem estreia prevista nos EUA para 14 de novembro.

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Point-of-View Shot - 12 Years a Slave (2013)

por Catarina d´Oliveira, em 08.01.14

 

"I will not fall into despair till freedom is opportune!"

A crueldade e o desespero eram os motores de um sistema regido pelo lucro, e nada havia a fazer para lhe escapar. É este o universo de “12 Years a Slave”, e é esta a constatação que enfurece, deixando-nos capazes de gritar até enrouquecer.
 
Na materialização visual das memórias de Solomon Northup, este era um homem negro e livre que em 1841 foi raptado e vendido como escravo. Numa questão de horas, Northup passou de um respeitável membro da sociedade – com mulher, dois filhos e uma carreira promissora – a um animal de trabalho.
 
À sua espera está um desfile de espancamentos, linchamentos, violações e brutalidades inexplicáveis, num buraco negro, algures em Nova Orleães, onde a humanidade há muito deixou de lutar para respirar.

 


O realizador, Steve McQueen, abandona o estilo mais austero e distanciado de “Hunger” e “Shame”, em detrimento de uma abordagem mais convencional, destinada a apelar a audiências mais alargadas e a ajudar a consolidá-lo como um dos definitivos filmes do ano – quiçá, da década.
 
Mas este trilho que desagua no tratamento mais tradicional de um material originalmente forte não lhe retira, por isso, a força ou significância. Pode dizer-se até que se recusa veementemente a negar-se ao encobrimento dos atos mais vis, ou ao acrescentamento supérfluo de um gesto de bondade e esperança onde só existe desespero e anseio pelo fim.
 
Apesar de um trabalho de montagem nem sempre fluído e algumas opções estruturais e artísticas discutíveis, McQueen nunca se engaja no show-off vazio ou cai na tentação de exagerar a sua técnica. Tudo o que nos é apresentado aterra com o impacto de um cataclismo natural, e a fúria silenciosa que se instala é esmagadora.

 


O centro das operações é alimentado pela performance notável de Chiwetel Ejiofor, que surge aqui no seu papel mais essencial até ao momento. Com dor e desespero em cada olhar, Ejiofor consegue construiu uma personagem complexa cujas lutas complexas nos assaltam. É uma abordagem digna e subtil mas cheia de nuances.
 
Na sua terceira colaboração consecutiva com McQueen, Michael Fassbender abdica do assento de protagonista, mas não é por isso que oferece um retrato menos marcante. O desvario com que encarna a crença da superioridade caucasiana só é superada pelos seus inesperados acessos de raiva. Epps é um monstro, e uma criação baseada na crueldade, mas é a partir do momento em que decidimos analisá-lo como uma personagem não tão linear assim que o trabalho de Fassbender se torna ainda mais fascinante.

 


Todavia, talvez a mais impressionante performance seja mesmo a de Lupita Nyong'o, uma estreante que nunca adivinharíamos como tal, mas cuja entrega total é o testamento de um talento inegável que não podemos (nem queremos!) perder de vista. A sua jornada é trágica, revoltante e absolutamente esmagadora ao ponto de nos quebrar, de joelhos, no chão ensanguentado.
 
O restante elenco é bastante sólido, com contribuições vitais de Benedict Cumberbatch, Sarah Paulson, Alfre Woodard, Paul Dano e Paul Giamatti. O único apontamento negativo reserva-se para Brad Pitt, que além de ser instrumental na produção do filme, ainda tomou um pequeno (mas crucial) papel de um tolerante trabalhador Canadiano. Além de um sotaque algo distrativo (que assentava bem em “Inglourious Basterds”), Brad acaba por sofrer por ser… Brad, parecendo inclusive um personagem de passagem, quem sabe, oriundo de um filme menor e incrivelmente mais convencional.

 


Apesar do final “feliz” – afinal, Northup viveu para contar a sua história – o filme de McQueen não é um crowd-pleaser ou um veículo hipócrita para levantar o ânimo. Nenhuma conclusão seria capaz de apagar o horror que a precedeu, num universo onde cada sentimento e cada transação foi retorcida pelo contacto tóxico com a escravidão.
 
No ano passado, a abordagem formal e política de Spielberg (“Lincoln”) distanciou os ecos de desespero de um povo injuriado além do que as palavras têm a cortesia de descrever, enquanto o “Django Libertado” por Quentin Tarantino foi o fio condutor de uma vendetta prometida que nunca chegou a principiar.

 


Restou, assim, a “12 Years a Slave” bater o punho na mesa.
 
É fácil desviar o olhar e esquecer, por obra da conveniência. O difícil é encarar de frente, sentir o odor fétido da putrefação da civilização e reconhecê-lo como parte de nós.
 
Sentados ali, na sala escura, somos invadidos pelos flashes da lembrança dolorosa da Alemanha Nazi, do genocídio do Ruanda, do conflito de Darfur, das carnificinas e dos massacres onde a humanidade se soterrou na loucura, mas sobretudo dos indivíduos – aqueles que pereceram numa “luta” desigual, desenfreada e injusta e aqueles que, movidos por uma crueldade que se julga razão, subverteram o sistema para uma manifestação perversa da brutalidade de que somos capazes.

 


No final, e ao longo dos dias, o silêncio macera-nos a alma. O que “12 Years a Slave” torna impiedosamente claro é que poderíamos ter sido ou continuaremos secretamente a ser qualquer uma dessas pessoas: as vítimas sacrificadas ou os seus desumanos ofensores.
 
E é não só mas sobretudo por colocar tão inquietante questão na mesa que McQueen cirou uma obra para a posteridade.

 

 

8.5/10


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Point-of-View Shot - The Counselor (2013)

por Catarina d´Oliveira, em 21.11.13

 

"The truth has no temperature"

 

De vez em quando aparece um filme que queremos tanto gostar que a perspetiva da desilusão perante oportunidades perdidas pode assemelhar-se a uma valente cacetada nos rins. E parecendo que não, aquilo ainda aleija.

 

Dizer que a expectativa era alta para "The Counselor" é um eufemismo mirrado. Com Ridley Scott a realizar uma história escrita especificamente para o grande ecrã por Cormac McCarthy (autor de “No Country for Old Men” e “The Road”) e interpretada por Michael Fassbender, Javier Bardem, Brad Pitt, Penélope Cruz, Cameron Diaz e um par de chitas, o que havia para correr mal?

 

Aparentemente, muitas coisas.

 

 

O intenso thriller revolve sobre um advogado criminalista que, ao ser atraído para o emocionante e perigoso mundo do tráfico de droga, percebe que a sua decisão momentânea o conduz a uma espiral descendente de acontecimentos imparáveis e de consequências fatais.

 

Há coisas boas em "The Counselor", mas "The Counselor" não é um filme brilhante. É antes uma “besta” estranha, uma mistura artística de considerações filosóficas e a brutalidade da violência. E não obstante o facto de ficar longe, como um todo, da soma de algumas partes incríveis, ainda se constitui como um visionamento estimulante, quase místico.

 

"The Counselor" surge vestido e revestido para matar. A fotografia e acompanhante direção artística queimadas pelo sol e sexualidade pungentes elevam-se com uma elegância cool que transpõe o título de Ridley Scott para um dos filmes com melhor aspeto do ano. A sensação que fica é que a temperatura sobe tanto que seríamos capazes de moldar ferro com ele.

 

 

O argumento confronta a audiência com retratos por vezes explícitos e sempre desconfortáveis da mais profunda escuridão da natureza humana. Entre o remoinho fatídico dos acontecimentos, parece procurar-se um quê de tragédia Shakespeariana, mas Ridley Scott parece demasiado enamorado com o seu argumentista e o elenco para entender como tudo se deveria juntar em harmonia. É difícil gerar interesse genuíno nas personagens – é claro que muitas delas são enigmáticas, mas quase todas falham em estabelecer algum tipo de relação com o espectador.

 

Assim, os acontecimentos flutuam alucinatoriamente entre uma profundidade poderosa e humor negro com ritmo, para ocasionalmente decair em trejeitos desajeitados. Depois há ainda a colisão da tentativa por parte dos atores de uma interpretação natural e um diálogo profundamente estilizado.

 

 

O niilismo, a ganância, o embate do bem e do mal e do caçador e da presa, a morte, as consequências das escolhas humanas tornam a abrangência temática de "The Counselor" tão gulosa como as questões filosóficas e morais que tenta levantar, recuperando mesmo muitas das questões exploradas em “No Country for Old Men”. Um dos seus problemas é que tenta ser mais ressonante do que consegue ser, perdido numa qualquer enfatuação que nutre por si mesmo - mas essa nem sequer é a mais grave das suas moléstias.

 

O verdadeiro infortúnio surge, curiosamente, no enredo, ou antes nos tecidos conectivos que (não) o unem. Na verdade, o que parece é que este se desenrola à boleia de uma série de conversas fascinantes e enigmáticas, mas que não têm uma história coerente que as suporte, tornando "The Counselor" um exercício cativante no papel (já agora, podem ler o argumento completo aqui – é preciso registo no fórum) mas perdido e infelizmente diluído no meio cinematográfico.

 

 

Os “porquês” e os “comos” – por exemplo, da escolha do Conselheiro em embarcar na fatídica negociata; afinal ele tem tudo o que um homem pode desejar - são totalmente excluídos de uma equação vaga adornada de linguagem pretensiosa. É desapontante que tamanho pedigree acabe obstinadamente fixado em tornar cada vez mais enigmática uma história povoada com personagens com cabelos excêntricos que quase não existe, enquanto encontra formas criativas para decepar cabeças humanas.

 

Se estivéssemos removidos do background da história, seríamos tentados a dizer que o livro era certamente melhor que o filme – mas neste caso, não existe livro.

 

 

No quadro geral observamos pinceladas vívidas e intrigantes do que “poderia ter sido” e que nos colocam em suspense, salivando pelo que virá a seguir.

 

É pena que, tirando-se a prova dos nove, o resultado esteja longe de dar certo.

 

 

6.0/10

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Master Shot - O admirável mundo das pesquisas Google

por Catarina d´Oliveira, em 05.11.13

Ah, o Google.

 

É a grande autoestrada da informação onde descobrimos os mistérios do universo, mas também o segredo da receita da maionese perfeita, ou as especificações de cada fase da mitose, ou ainda informações sobre os filmes e cineastas dos quais gostamos.

 

Com exceção às pobres almas que usam outro motor de busca – não os castiguem senhores, porque eles não sabem nada – é o nosso melhor amigo de todas as horas. É o ombro no qual choramos nas horas de solidão, o companheiro enciclopédico que nos responde a todas as dúvidas, e o justo parceiro que nunca nos julga.

 

 

Ora em 2010 o nosso melhor amigo passou a compreender-nos ainda melhor, introduzindo a função do “autofill” ou “autocomplete”, que basicamente nos poupa de escrever questões embaraçosas, para sugerir algumas pesquisas baseadas no que outras pessoas, algures nesses recantos encantados do planeta Terra, também pesquisaram.

 

Os resultados da famosa inclusão no motor de busca são usualmente inspiradores, mas pontualmente palermas. Mas de um modo geral, inspiradores, só.

 

Com isto em mente, resolvi partir numa jornada recompensadora de pesquisas sugeridas pelo Google relacionadas com cinema e posso garantir-vos que ressurgi como uma pessoa nova.

   

 

Sim, de olhos fechados. E já agora também consegue falar braille, mas isso era demasiado óbvio.

 

 

 

O homem tem um metabolismo elevado, deixem-no da mão.

 

     

É sim senhora. E ligeiramente maníaco também.

   

 

Porque ele é a origem e a razão do universo, e nos liga e rodeia a todos (e é mesmo verdade como podem constatar).

   

 

Depende do cachorrinho.

   

 

Provavelmente não melhorava muito, mas aposto que o Pauleta fazia uma participação especial com uma bola de queijo.

   

 

Também.

   

 

Eu também! E o tipo desperdiça imenso...

   

 

Porque ele se alimenta da estranheza para viver.

   

 

Pergunto-me todos os dias.

   

 

Tendo em conta que casou com a enteada de 19 anos... Yup. Genial, sim, mas pervertido.

   

 

Porque são bichas do demónio, toda a gente sabe.

 

   

Creio que são cinco, na verdade.

 

   

Provavelmente porque está. Quase sempre.

 

   

"A wizard is never late, Frodo Baggins. Nor is he early. He arrives precisely when he means to."

 

   

Ela já nasceu assim.

 

   

Que pergunta é esta? Claro.

   

 

Conflitos de agenda.

 

   

Como um leitor bem me corrigiu por mensagem ao blog, o Mel Gibson é, de facto australiano, (por alguma razão estava convicta que o senhor era americano, my bad), mas continuo a achar que é o resultado de pesquisa mais estranho de todos os quatro.

 

   

Evidentemente.

 

   

Nova forma de contacto: pesquisas google. O primeiro resultado a esta pesquisa foi "oh yes, pumpkin <3 thank you".

 

   

Resposta: É!

 

   

Pela sanidade do mundo, espero sinceramente que não.

   

 

Quem pensou, sequer, em perguntar isto precisa de um exorcismo.

 

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Snorricam - Os tipos do pão

por Catarina d´Oliveira, em 07.05.13

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Pull Back Shot - As deliciosas Pringles de Brad Pitt

por Catarina d´Oliveira, em 30.01.13

Há 30 anos o mundo era um lugar distinto, ainda indiferente a uma série de descobertas que viriam a mudar o curso de todas as coisas.

 

Por essa altura, e apesar de alguns destes mecanismos já estarem em fase de desenvolvimento, o olho público ainda não tinha sido posto em cima de computadores pessoais, telemóveis, gps, fibras óticas, wikipedia, a clonagem ainda não tinha dado vida à Dolly, no sistema solar ainda se contavam nove planetas e Brad Pitt ainda não estava incluso no dicionário ao lado da definição de "super estrela de Cinema" ou sequer presente nas fantasias impróprias de milhões e milhões de pessoas por esse mundo fora.

 

 

Um dia, Brad Pitt foi um jovem como qualquer outro. Saído de um ensino secundário pejado de atividades extra-curriculares desportivas e não só, Pitt entrou na Universidade de Missouri em 1982 para estudar Jornalismo (com especialidade em Publicidade) e participou em vários espetáculos organizados pela sua fraternidade. Apenas a duas semanas de se licenciar, Pitt teve uma epifania de vida, deixou a Universidade e mudou-se para Los Angeles, onde finalmente teve formação na área da representação - formação essa que pagou com trabalho árduo, suportando o calor californiano vestido de galinha gigante para publicitar El Pollo Loco nas ruas.

 

Eventualmente, alguém reparou que o tipo valia a pena, e começaram a pô-lo à frente das câmaras, o que nos leva ao assunto do post de hoje: o Brad Pringles Pitt.

 

No final dos anos 80, a figura perfeita de Brad deixou de passar indiferente aos públicos do mundo, quando se pôs como surfista ao serviço do senhor de bigodes das batatas fritas. Foi a Era em que as Pringles eram a solução para todos os nossos problemas. Bons velhos tempos.

 

 

 

Definitivamente - para mais tarde recordar.

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