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Sophias 2014 - Os vencedores

por Catarina d´Oliveira, em 09.10.14

Decorreu ontem no CCB a segunda grande Gala dos Prémios Sophia, ou se preferirem, os "Oscars portugueses", que pretendem distinguir anualmente aquilo que de melhor se faz na indústria cinematográfica portuguesa.

 

"Até Amanhã Camaradas" valeu a Joaquim Leitão o prémio de Melhor Realizador, mas foi o documentário de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata - "A Última Vez que Vi Macau" - que arrecadou o muito apetecido Sophia de Melhor Filme.

 

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MELHOR FILME

“A Última Vez que Vi Macau” - BlackMaria

 

MELHOR REALIZADOR

Joaquim Leitão, por “Até Amanhã Camaradas”

 

MELHOR ATOR

Pedro Hestnes, em “Em Segunda Mão”

 

MELHOR ATRIZ

Rita Durão, em “Em Segunda Mão”

 

MELHOR ATOR SECUNDÁRIO

Adriano Luz, em “Até Amanhã Camaradas”

 

MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA

Beatriz Batarda, em Comboio Noturno para Lisboa

 

MELHOR DOCUMENTÁRIO

“A Batalha de Tabatô”, de João Viana

 

MELHOR ARGUMENTO

João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, por “A Última Vez que Vi Macau”

 

MELHOR FOTOGRAFIA

Rui Poças, por “A Última Vez que Vi Macau”

 

MELHOR DIREÇÃO ARTÍSTICA

Augusto Mayer, por “Comboio Noturno para Lisboa”

 

MELHOR SOM

Carlos Alberto Lopes e Branko Neskov, pot “Até Amanhã Camaradas”

 

MELHOR GUARDA-ROUPA

Maria Gonzaga e Maria Amaral, por “Até Amanhã Camaradas”

 

MELHOR CARACTERIZAÇÃO

Sano de Perpessac, por “Comboio Noturno para Lisboa”

 

MELHOR MÚSICA

Rodrigo Leão, por “O Frágil Som do Meu Motor”

 

MELHOR MONTAGEM

João Braz, por “É o Amor”

 

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO

“Luminita”, de André Marques

 

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTAL

“Lápis Azul”, de Rafael Antunes

 

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

“Alda”, de Ana Cardoso e Filipe Fonseca

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Prémios Sophia 2013 - Os vencedores!

por Catarina d´Oliveira, em 07.10.13

Decorreu ontem - entre alguns precalços do costume, mas muita alegria e reconhecimento - a 1ª Edição dos Prémios Sophia, entregues pela Academia Portuguesa de Cinema. Partindo com 15 nomeações, "Florbela" ganhou em seis categorias (incluíndo melhor atriz e realizador), mas foi "Tabu" quem levou para casa o galardão mais apetecido - o de Melhor Filme.

 

 

Abaixo, a lista completa de vencedores da noite de ontem.

 

 

MELHOR FILME
“Tabu”


MELHOR ATOR
Carlos Santos, em “Operação Outono”


MELHOR ATRIZ
Dalila Carmo, em “Florbela”


MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Albano Jerónimo, em “Linhas de Wellington”


MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Anabela Teixeira, em “Florbela”


MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
Carlos Saboga, por “Linhas de Wellington”


MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
Bruno de Almeida, Frederico Delgado Rosa e John Frey, por “Operação Outono”


MELHOR REALIZADOR
Vicente Alves do Ó, por “Florbela”


MELHOR FOTOGRAFIA
Luís Branquinho, por “Florbela”


MELHOR DIREÇÃO ARTÍSTICA
Isabel Branco, por “Linhas de Wellington”


MELHOR SOM
Jaime Barros, Tiago Matos e Elsa Ferreira, por “Florbela”


MELHOR GUARDA-ROUPA
Sílvia Grabowski, por “Florbela”

MELHOR CARACTERIZAÇÃO
Íris Peleira, por “Linhas de Wellington”


MELHOR MONTAGEM
Telmo Churro e Miguel Gomes, por “Tabu”


MELHOR MÚSICA
The Legendary Tigerman e Rita Redshoes, em “A Estrada de Palha”


MELHOR DOCUMENTÁRIO
“É na Terra não é na Lua”, de Gonçalo Tocha


MELHOR CURTA-METRAGEM
“Cerro Negro”, de João Salaviza


MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
“Kali, o Pequeno Vampiro”, de Regina Pessoa


MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTAL
“Raúl Brandão Era Um Grande Escritor”, de João Canijo


PRÉMIOS CARREIRA
Acácio de Almeida, diretor de fotografia,
José Manuel Castello Lopes, distribuidor
Laura Soveral, atriz


PRÉMIO SOPHIA DE MÉRITO E EXCELÊNCIA
Manoel de Oliveira, realizador

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Um desabafo - Sobre a pataquada dos Sophias...

por Catarina d´Oliveira, em 13.09.13

É sempre a mesma história - antes chorava-se porque não havia, agora reclama-se porque há.

 

A constituição da Academia Portuguesa Cinema foi um passo crucial para o Cinema Português. Diz-se aqui Cinema e não Indústria porque referir uma indústria como aquilo que existe no nosso país seria puramente inocente - não há apoio, não há projeção, não há sustentabilidade, não há garantias... é o salve-se quem puder, e infelizmente é assim que vai (sobre)vivendo o nosso Cinema.

 

 

Voltando à Academia, constituiu-se com a missão de aproximar o cinema português dos portugueses e tentar levar mais longe o produto nacional que tantas vezes se encontra tão fechado sobre si mesmo. Precisamos de Academia, precisamos de Casas do Cinema, precisamos de tudo o que conseguirmos agarrar para dar fôlego a uma arte que no nosso país mal tem forças para arranjar sustento.

 

E entretanto, a Academia decidiu criar os Sophias, que tantas vezes são referidos como os "Óscares portugueses", em linha com a tradição norte-americana que seguimos religiosamente todos os anos, ali por fevereiro/março. E com a criação dos Sophias, caiu o Carmo e a Trindade... porque afinal aquilo é só um "bando de elitistas que premeia o que quer", um bocado como acontece no resto das premiações, de resto...

 

Não consigo compreender... Não consigo compreender como se pode estar contra uma Instituição que tanto se propõe a fazer por uma arte que tanto precisa... porque é uma arte, e tendemos a esquecer-nos tão facilmente disso... só porque vai entregar prémios e não conseguimos ser adultos o suficiente para respeitar escolhas diferentes.

 

É claro que a própria definição de "prémio" é polémica, porque haverá sempre vozes a discordar com as decisões do órgão... mas não é saudável que se estimule a troca de ideias? Não é saudável propiciar discussões sobre Cinema? Por as pessoas a falar do "Tabu" e da "Florbela", ou da "Operação Outono" ou da "Estrada de Palha"?

 

E que ofensa faz um prémio, ou dois, ou três à experiência que temos de um filme? O que lhe acrescenta, ou o que lhe retira? Que mal faz dar projeção a produções portuguesas?

 

A Academia não é uma instituição perfeita, e nunca será, como os Sophias também não serão os prémios perfeitos, confluentes com todas as opiniões e críticas. Mas esta Academia e estes Sophias estão dispostos a fazer algo pela nossa "indústria", algo que até hoje não foi feito e que pode, de facto, fazê-la renascer - levar as pessoas ao cinema, levar as pessoas a falar do nosso Cinema, e a reaprender a amá-lo, como um dia amou e entretanto esqueceu.

 

Abraçar a causa da Academia não é fechar os olhos aos problemas do Cinema português - é descruzar os braços e tentar fazer alguma coisa por ele, portanto deixem-se de merdas... Vejam os filmes nomeados/vencedores, discutam-nos com paixão (quer tenham gostado, quer não) e entreguem-lhes - cada um de vós, e mesmo que apenas à distância - o prémio que acham digno de entregar, porque é apenas isso que a Academia e os seus profissionais farão, com profundo respeito e Amor ao nosso Cinema.

 

Afinal não tem de ser sempre a mesma história - antes chorava-se porque não havia, agora celebremos e cantemos porque há.

 

Viva o Cinema Português!

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