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Decorreu ontem no CCB a segunda grande Gala dos Prémios Sophia, ou se preferirem, os "Oscars portugueses", que pretendem distinguir anualmente aquilo que de melhor se faz na indústria cinematográfica portuguesa.
"Até Amanhã Camaradas" valeu a Joaquim Leitão o prémio de Melhor Realizador, mas foi o documentário de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata - "A Última Vez que Vi Macau" - que arrecadou o muito apetecido Sophia de Melhor Filme.
MELHOR FILME
“A Última Vez que Vi Macau” - BlackMaria
MELHOR REALIZADOR
Joaquim Leitão, por “Até Amanhã Camaradas”
MELHOR ATOR
Pedro Hestnes, em “Em Segunda Mão”
MELHOR ATRIZ
Rita Durão, em “Em Segunda Mão”
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Adriano Luz, em “Até Amanhã Camaradas”
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Beatriz Batarda, em Comboio Noturno para Lisboa
MELHOR DOCUMENTÁRIO
“A Batalha de Tabatô”, de João Viana
MELHOR ARGUMENTO
João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, por “A Última Vez que Vi Macau”
MELHOR FOTOGRAFIA
Rui Poças, por “A Última Vez que Vi Macau”
MELHOR DIREÇÃO ARTÍSTICA
Augusto Mayer, por “Comboio Noturno para Lisboa”
MELHOR SOM
Carlos Alberto Lopes e Branko Neskov, pot “Até Amanhã Camaradas”
MELHOR GUARDA-ROUPA
Maria Gonzaga e Maria Amaral, por “Até Amanhã Camaradas”
MELHOR CARACTERIZAÇÃO
Sano de Perpessac, por “Comboio Noturno para Lisboa”
MELHOR MÚSICA
Rodrigo Leão, por “O Frágil Som do Meu Motor”
MELHOR MONTAGEM
João Braz, por “É o Amor”
MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
“Luminita”, de André Marques
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTAL
“Lápis Azul”, de Rafael Antunes
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
“Alda”, de Ana Cardoso e Filipe Fonseca
Decorreu ontem - entre alguns precalços do costume, mas muita alegria e reconhecimento - a 1ª Edição dos Prémios Sophia, entregues pela Academia Portuguesa de Cinema. Partindo com 15 nomeações, "Florbela" ganhou em seis categorias (incluíndo melhor atriz e realizador), mas foi "Tabu" quem levou para casa o galardão mais apetecido - o de Melhor Filme.
Abaixo, a lista completa de vencedores da noite de ontem.
MELHOR FILME
“Tabu”
MELHOR ATOR
Carlos Santos, em “Operação Outono”
MELHOR ATRIZ
Dalila Carmo, em “Florbela”
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Albano Jerónimo, em “Linhas de Wellington”
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Anabela Teixeira, em “Florbela”
MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
Carlos Saboga, por “Linhas de Wellington”
MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
Bruno de Almeida, Frederico Delgado Rosa e John Frey, por “Operação Outono”
MELHOR REALIZADOR
Vicente Alves do Ó, por “Florbela”
MELHOR FOTOGRAFIA
Luís Branquinho, por “Florbela”
MELHOR DIREÇÃO ARTÍSTICA
Isabel Branco, por “Linhas de Wellington”
MELHOR SOM
Jaime Barros, Tiago Matos e Elsa Ferreira, por “Florbela”
MELHOR GUARDA-ROUPA
Sílvia Grabowski, por “Florbela”
MELHOR CARACTERIZAÇÃO
Íris Peleira, por “Linhas de Wellington”
MELHOR MONTAGEM
Telmo Churro e Miguel Gomes, por “Tabu”
MELHOR MÚSICA
The Legendary Tigerman e Rita Redshoes, em “A Estrada de Palha”
MELHOR DOCUMENTÁRIO
“É na Terra não é na Lua”, de Gonçalo Tocha
MELHOR CURTA-METRAGEM
“Cerro Negro”, de João Salaviza
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
“Kali, o Pequeno Vampiro”, de Regina Pessoa
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTAL
“Raúl Brandão Era Um Grande Escritor”, de João Canijo
PRÉMIOS CARREIRA
Acácio de Almeida, diretor de fotografia,
José Manuel Castello Lopes, distribuidor
Laura Soveral, atriz
PRÉMIO SOPHIA DE MÉRITO E EXCELÊNCIA
Manoel de Oliveira, realizador
É sempre a mesma história - antes chorava-se porque não havia, agora reclama-se porque há.
A constituição da Academia Portuguesa Cinema foi um passo crucial para o Cinema Português. Diz-se aqui Cinema e não Indústria porque referir uma indústria como aquilo que existe no nosso país seria puramente inocente - não há apoio, não há projeção, não há sustentabilidade, não há garantias... é o salve-se quem puder, e infelizmente é assim que vai (sobre)vivendo o nosso Cinema.
Voltando à Academia, constituiu-se com a missão de aproximar o cinema português dos portugueses e tentar levar mais longe o produto nacional que tantas vezes se encontra tão fechado sobre si mesmo. Precisamos de Academia, precisamos de Casas do Cinema, precisamos de tudo o que conseguirmos agarrar para dar fôlego a uma arte que no nosso país mal tem forças para arranjar sustento.