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1. As protagonistas apaixonam-se continuamente pelos seus amigos homossexuais, demonstrando a ironia trágica do amor.
2. OK, numa comédia romântica as mulheres DEVEM usar maquilhagem completa em cada uma das seguintes situações: dormir, tomar banho, perseguições implacáveis e intermináveis, pré-história...
3. Não importa como o homem é; a mulher será exactamente o oposto. Quanto mais ridiculo o contraste melhor: rapaz riquíssimo/rapariga muito pobre; rapaz vive no séc. XVII/rapariga vive no séc XXI, rapaz morto/rapariga viva... Quanto mais duvidarmos que é possível acabarem juntos, melhor é a forma de começar uma comédia romântica.
4. Outro ponto essencial são os amigos esquisitos; eles proporcionam momentos de comic relief, dão conselhos sábios (ou não) ou confundem ainda mais o já baralhado protagonista. Alguns estereótipos comuns são:
a) Mulher: o amigo homossexual e duas raparigas (uma afro-americana e outra feia e/ou gorda)
b) Homem: ou tem um melhor amigo ou um grupo de amigos que, realmente, nunca o compreendem.
5. Se o herói do filme é um homem gordo ou extremamente feio, as leis ditam que uma mulher atraente se apaixone por ele mesmo no final do filme; tudo pelo charme e sentido de humor claro!
6. Há sempre um grande evento social com música, comida e dança (ex: casamentos, cocktails, inaugurações).
7. As melhores comédias românticas iniciam-se com a dupla protagonista em que um não quer ter absolutamente nada a ver com o outro. (Normalmente a fase do “ódio mútuo” é muito mais engraçada do que a da atracção)
8. Não importa se o espaço é infinitamente grande ou microscopicamente pequeno; os nossos protagonistas vão-se cruzar “acidentalmente” três ou quatro vezes seguidas em lugares estranhos.
9. Se o filme é orientado para um público adolescente, é muitíssimo provável que haja doses industriais de sogros; especialmente, o pai da rapariga.
10. Uma banda sonora nostalgica e (por vezes) pirosa é um elemento obrigatório
11. Já que é raríssimo haver protagonistas feias, as que começarem dessa forma só o fazem para, ao longo do filme serem alvos de uma radical transformação.
12. Milhares de filmes devem conter uma parte em que a mulher ainda está na fase de odiar aquele “parvo nojento” e que lhe deseja que morra longe ou algo de género. Nessa altura, o homem beija-a à força e, apesar de se debater inicialmente, é inevitável que segundos depois já esteja a agarrar-se a ele (o que na realidade acontece mooooontes de vezes...)
13. O casal TEM imperialmente de acabar o namoro a certa altura. Caso contrário, como é que faziam as pazes?
14. Um mal-entendido estúpido acontece lá pelos ¾ do filme e causa uma violenta discussão que, normalmente, termina com o rompimento. Normalmente acontece com os homens que são apanhados em situações comprometedoras (a ajudar uma outra mulher talvez) e aos quais não é dada qualquer oportunidade de explicar o que aconteceu.
15. Depois do mal-entendido finalmente ser compreendido pela parte acusadora, é praticamente impossível os protagonistas encontrarem-se no mesmo espaço, já que inexplicáveis fenómenos temporais os fazem desencontrar-se por questões de centésimos de segundo.
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