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Há coisa de um ano, falei-vos aqui do caso peculiar dos posters de cinema polacos que muita fama adquiriram pela web ao longo dos anos pela sua representação curiosa (e muitas vezes confusa) de títulos tão nossos conhecidos.
Depois de me cruzar com um considerável número de pérolas "lost in translation" e fruto de trabalho de artistas que muitas vezes não chegavam a ver os filmes em questão (true story), resolvi ressuscitar essa saga de artigos com mais dois posts, mesclando desta vez uma terceira edição com - quem mais? - alguns outros exemplos da genialidade polaca e num segundo post, alguns exemplos de posters bizarros dos vários cantos do mundo.
Atentem então e sejam maravilhados...
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“Menos é mais” dizemos tantas vezes… mas, às vezes, “menos é… mais valia estar quieto”. A menos que a minha memória me esteja a atraiçoar, e na verdade "The Godfather" seja a história dramática da paixão proibida entre um polegar gigante e um pequeno homem de patilhas proeminentes.
Para a Polónia, a melhor forma de representar a comédia de Mel Brooks é com uma figura encapuçada que arrancou a pele de metade da cara e, com uma mão mecânica, força um sorriso na metade que restou.
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Todos temos andado errados, porque não existe símbolo mais romântico para a história de amor ambientada a era da Guerra Civil do que uma ventoinha com lâminas em forma de coração.
Não é bem clara a natureza “osmótica” entre o demónio e a cavidade craniana da outra criatura – de todo o modo, envolve alguma transmissão perturbadora de fezes ou necessidades fisiológicas que prefiro não explorar com detalhe.
As analogias - apesar de pouco subtis - da arma e do sol significando a morte são pormenores interessantes... mas não consigo prestar atenção a mais nada que não ao requinte do design de um poster que, certamente, foi cronometrado para não demorar mais do que três minutos a fazer.
É possível que seja eu e a minha memória incapaz que já não estejamos aí para as curvas, mas não me recordo de o filme de Spielberg ser protagonizado pelo primo drogado do E.T. em poses de Pedro Abrunhosa.
Alguém tem alguma coisa muito grave contra a saga do Planeta dos Macacos, e nunca chegou a resolver o problema. Isto é obra do demo. Isto é a face de todos os nossos pesadelos.
Antes de mais, penso que é importante assinalar que o título polaco de “Aliens” não é “Orgy”, mas “Obcy” – lamento. Depois… a quantidade de droga que foi necessário ingerir para chegar a este resultado final deve ter sido cavalar dando origem a uma conversa que se terá processado mais ou menos da seguinte forma, entre os artistas responsáveis pelo poster da direita: “ouve lá mano, quantos olhos tem um alien?”, ao que um colega responde “epá todos mano, todos”.