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(*) NOTA - Por vezes os jogos surgirão com o seu nome em inglês. Isto dever-se-á ao facto de eu não ter a certeza de existir a versão do jogo em português ou de não saber o seu nome na nossa língua.
Para visitar a primeira parte deste post, cliquem aqui.
Monopólio
Sobre o jogo: O Monopólio é um dos jogos de sociedade mais famosos do mundo. Propriedades como casas, hotéis, bairros e empresas são compradas e vendidas, e jogadores ficam ricos ou vão à falência.
Porquê a adaptação: É um dos jogos de tabuleiro mais conhecidos do mundo… why not?
Sobre a adaptação: Ridley Scott admitiu que os primeiros tempos foram complicados, já que pensou que tinha de mostrar o jogo e pessoas a correr de um lado para o outro num tabuleiro. Mas rapidamente a Hasbro confirmou que queria apenas um filme, e não uma cópia cinematográfica do jogo. O realizador afirmou que o filme terá um tom contemporâneo e que “tem de ser uma espécie de comédia. Se pairarmos sobre o Central Park de noite num helicóptero, a cidade parece um tabuleiro de Monopólio.”. Um executivo da Hasbro veio enfatizar que o Monopólio será uma “história humana e pessoal; uma história ficcionalizada de uma família com muita intriga”.
Quanto ao enredo, Scott admitiu a certa altura focar-se numa personagem com traços de Donald Trump que batalharia com outros titãs da imobiliária pelos melhores negócios. “É sobre ganância. A ganância tornar-se-á, espero eu, muito divertida” acrescentou o realizador.
Última vez que ouvimos falar dele: Março de 2011
Ouija
Sobre o jogo: O Ouija é um jogo de tabuleiro de madeira com letras, números e outros símbolos e palavras utilizado celebremente para (supostamente) comunicar com espíritos. Uma outra variante é conhecida como jogo do copo, onde exactamente um copo indica as respostas às perguntas colocadas.
Porquê a adaptação: Além de ser muito apelativo para os jovens (quantas noitadas não terão sido terminadas com o ouija/jogo do copo?), ainda temos o factor “espíritos”. Espíritos dão sempre bons sustos, ainda que nem sempre bons filmes de sustos.
Sobre a adaptação: Sobre o enredo sabe-se pouco, mas uma fórmula possível seria: grupo de jovens – jogatana – alguém goza com o jogo – pessoal começa a morrer que nem tordos… familiar? Bem mas deixando as suposições de lado, a produtora de Michael Bay é que pegou neste achado baseado no brinquedo da Parker Brothers. E já que o tabuleiro foi usado algumas vezes nas terras do terror (mais notavelmente em The Exorcist) é apenas natural que os produtores quisessem dar um spin diferente à coisa. Todavia não se sabe bem o que é: já foi descrito como um “filme de família de aventura” (ok, estou um pouco confusa, mas quem sabe não será uma versão mais dark de Jumanji?) mas também já o tomaram como um “thriller sobrenatural”. Seja como for, já vem com problemas antes da nascença: o argumento vai ser trabalhado pelos “artistas” que escreveram Tron: Legacy e a realização está ao cargo de McG.
Última vez que ouvimos falar dele: Janeiro/Fevereiro de 2011
Asteroids
Sobre o jogo: Asteroids é um videojogo árcade lançado em 1979 pela Atari Inc. Foi um dos mais populares e influentes jogos da idade dourada dos jogos arcade. O objectivo do jogo era destruir asteróides sem se deixar atingir pelos seus fragmentos.
Porquê a adaptação: Não há relíquia do passado que não possa ser reciclada e adaptada ao grande ecrã, especialmente segundo a moda que parece ter surgido dos jogos que se tornam filmes. E porquê negar o “brilhante” caminho a um dos jogos árcade mais famosos de sempre? Não vamos ser desmancha-prazeres!
Sobre a adaptação: It keeps getting better and better. Vêem o potencial cinematográfico a sair por todos os poros?? Pois, é porque não tem mesmo. A minha questão é a seguinte: quando um jogo tem como único objectivo controlar uma nave que rebenta com pedras, porquê comprar os direitos da propriedade? Não podiam fazer um filme com naves e pedras espaciais… sem ter de comprar os direitos do jogo? O pior de tudo é que, antes da “grande vitória” da Universal, quatro estúdios andaram à batatada por isto. Quanto ao enredo, pouco se sabe, mas o produtor Lorenzo di Bonaventura disse a certa altura que se focaria em dois irmãos que terão de passar por uma experiência juntos para resolver a sua relação tendo como pano de fundo um monte de pedras perdidas no espaço. Uh, excitante!
Última vez que ouvimos falar dele: Meados de 2010.
Candy Land
Sobre o jogo: Não sei se este jogo existe em Portugal, mas na versão original é um jogo simples de “corrida” de tabuleiro direccionado especialmente a crianças, uma vez que não requer leitura ou cálculos.
Porquê a adaptação: Não faço a mais pequena ideia.
Sobre a adaptação: A Universal já garantiu o argumentista Etan Cohen e Kevin Lima para realizar o live action baseado no jogo de tabuleiro. Lima dirigiu alguns sucessos como Enchanted, Tarzan e 102 Dalmatians e Cohen escreveu filmes como Tropic Thunder e Sherlock Holmes. Esta não parece ser uma fonte de inspiração óbvia, mas o estúdio pode sempre apontar para o mercado familiar/infantil… ou pelo menos assim o espero. Não vejo e não quero nem sequer pensar numa adaptação de Candy Land que não tenha um desses propósitos. Meu deus, que medo! Sobre o enredo nada se sabe ainda, mas num jogo onde os jogadores tentam chegar rapidamente ao final para encontrar o Castelo dos Doces e o Rei dos Doces…. Isto precisava mesmo de ser feito? Mesmo?
Última vez que ouvimos falar dele: Meados de 2009.
Risco
Sobre o jogo: Jogo de tabuleiro de estratégia que foi produzido pela Parker Brothers e actualmente pertence à Hasbro. Foi inventado pelo realizador de cinema francês Albert Lamorisse e foi inicialmente lançado em 1957, como La Conquête du Monde ("A Conquista do Mundo"), em França. Uma partida de Risco tem entre 2 ou 6 jogadores, decorrendo num tabuleiro representando um mapa político do mundo, dividido em 42 territórios agrupados em 6 continentes. Os jogadores capturam territórios uns aos aos outros jogando dados e obtendo uma pontuação mais elevada. O jogo termina quando um jogador conquista todos os territórios.
Porquê a adaptação: Ao contrário de todos os outros, este até pode fazer sentido: estratégia e pensamento são palavras de ordem, e um cenário de guerra é sempre passível de ser bem transposto para o grande ecrã. Além disto, o jogo é obviamente um sucesso.
Sobre a adaptação: A Sony terá de olhar para TMNT, Transformers ou Pirates of the Caribbean como boas oportunidades para filmes baseados em brinquedos/jogos/diversões terem sucesso especialmente entre o mercado mais jovem. Por outro lado, temos de pensar que este terá de ser inevitavelmente um épico bélico, e nós não temos disso aos molhos todos os anos? A boa saída seria talvez pegar em países reais e criar alianças que não existem e por-nos todos à batatada. Isso talvez ficasse porreiro (se bem desenvolvido, claro), ainda que seja difícil imaginar algo que não tenhamos já visto. Vamos apenas fazer figas para, a surgir, o filme de Riscos ser mais Pirata do que Transformer.
Última vez que ouvimos falar dele: Novembro de 2009
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E porque isto é uma moda de que a Universal tem QUASE monopólio, deixamos aqui algumas outras sugestões para outros estúdios que queiram retaliar!
Trivial Pursuit – Se o monopólio pode ser sobre economia, porque é que o Trivial Pursuit não pode ser uma comédia romântica sobre um expert em trivia muito competitivo que se apaixona por uma rapariga, mas que se arrisca a perdê-la quando dá mais importância è Ciência e Natureza do que à sua relação?
Operation – Neste tenso drama medico, um estudante de medicina está de férias pela Europa quando é raptado e forçado a operar um líder revolucionário seriamente ferido. Numa corrida contra o tempo e contra os nervos, o jovem terá de retirar balas e estilhaços do corpo sem cometer qualquer erro… ou então morrerá!
Hungry, Hungry Hippos – À procura de um tesouro perdido na África, um grupo de caçadores tem de enfrentar os carnívoros e super-inteligentes hipopótamos que habitam a zona e que têm fome… muita fome!
Quatro em Linha – Não sei porquê, mas imagino este jogo trazido à vida por Christopher Nolan. Podia ser um jogo psicológico onde dois homens guerreiam em busca da “iluminação”. Eu sei, é genérico, mas lembrem-se que de Inception sabíamos apenas que se passava na arquitectura da mente. Depois só precisamos de contar a história de forma não linear, contratar talvez o Christian Bale e Guy Pearce para protagonistas, e introduzir uns twists. Richie afinal é um clone e Bale já jogou ao jogo um dia, mas recalcou e as memórias teimam em não aparecer. Com Nolan nunca se sabe!