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Todos já os vimos, espalhados por cima de uma toalha numa feira e todos já os compramos na esperança de um negócio da China (no pun intended), ainda que possamos não estar familiarizados com a sua denominação técnica.
Um bootleg é uma gravação (de áudio, ou, neste caso, vídeo) de uma determinada performance, programa ou filme que é vendida sem o consentimento legal dos artistas em questão. É, portanto, um eufemismo para a pirataria barata - daquela em que o Cassiano Danilo filma o ecrã de um cinema com a câmara de um telemóvel, por exemplo.
A sua forma mais nobre está em rápido desaparecimento, em culpa do advento da internet e da circulação das cópias bastante mais agradáveis de screeners ou mesmo dos próprios DVD's e Blu-Rays. Mas para o bem da história do mundo e nosso regozijo, os bootlegs à antiga - chamemos-lhe assim - ainda não pereceram.
De facto, em muitos cantos do mundo permanecem na sua maior força, e por isso mesmo resolvi criar uma série de dois artigos unicamente dedicados à sua inimitável genialidade - porque criar um bootleg à antiga não termina no ato de criar a cópia do filme em questão. Não. Criar um bootleg implica ainda vesti-lo com a melhor capa, embelezá-lo com a sinopse mais esclarecedora, e adorná-lo com as mais brilhantes críticas.
No artigo de hoje viajaremos pela arte da capa, reservando o dia de amanhã para explorar a complexa ciência das sinopses e das críticas.
Evidentemente, entre muitas outras línguas.
Os Piratas de Hogwarts: A Irmandade do Anel.
O Samuel é capaz de precisar de um exorcismo.
Título original: "Hustle & Flow".