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A Paramount Pictures lançou hoje, como previsto, o primeiro trailer de "Labor Day", de Jason Reitman (o tipo que realizou "Juno" e "Up in the Air").
Protagonizado por Kate Winslet, Josh Brolin, Gattlin Griffith e Tobey Maguire, o filme centra-se na história de um rapaz de 13 anos e a sua mãe, que encontram um condenado em fuga no fim-de-semana do Labor Day.
Todrick Hall, ex-finalista de “American Idol” que recentemente se tornou uma sensação do Youtube, reuniu um elenco de luxo para recriar a famosa cena do “Cell Block Tango” do favorito da Broadway - “Chicago” - para alguns dos mais icónicos vilões Disney.
Hall reimagina a história das criminosas que tentavam explicar porque é que elas eram as verdadeiras vítimas, através dos contributos de Cruella De Vil, a rainha de Branca de Neve, Scar, Ursula & companhia.
Para os mais esquecidos, aqui está a versão criada para o filme de Rob Marhsall, "Chicago", com Catherine Zeta-Jones e Renée Zellweger.
Ainda passei por um estado profundo de ansiedade, quando se andou por aí a falar levianamente que "The Wolf of Wall Street" poderia ser adiado para o ano que vem. Mas porquê encafuar um filme que cheira a todas as coisas mais gulosas do mundo - e ainda por cima não engorda - a menos que estivesse severamente inacabado?
Epá pois não sei.
As boas notícias é que, afinal, vamos ver o Leonardo DiCaprio a ser roubado de mais uma nomeação a Oscar este ano - aqui estou só a fazer futurologia, atenção - o que é sempre uma perspetiva animadora. Ainda mais animador é saber que 2013 também tem o selo "Martin Scorsese". E isso até já me vai ajudar a dormir melhor logo à noite.
Depois de muita espera e muita divulgação promocional - desculpem os termos - "às mijinhas", a 20th Century Fox lançou finalmente o primeiro trailer composto de "X-Men:Days of Future Past", de Bryan Singer.
A passagem de 2012 para 2013 passou-se em polvorosa para os lados do universo Star Wars - depois da polémica compra da Lucas Films pela Disney e do anúncio de uma nova trilogia, veio a confirmação de que J.J. Abrams seria o comandante das operações de realização e uma data provisória de lançamento que apontava para algures em 2015.
Entretanto, a data torna-se cada vez mais indistinta (e pouco credível), o título oficial teima em não aparecer, e a estrutura da produção sofreu um recente abalo com troca de argumentistas. Maus augúrios? Não sei... mas lá que não cheira particularmente bem, temos de admitir.
Mas para afogar as mágoas de todos os fãs da saga, hoje trago-vos um vídeo muito especial compilado por um fã no Youtube e que sabe sempre bem ver em momentos de descrença: uma montagem hilariante de bloopers de "Star Wars Episode IV: A New Hope".
A Lionsgate lançou oficialmente o último trailer da corrida promocional de "The Hunger Games: Catching Fire", realizado por Francis Lawrence.
Mantendo a inteligente tradição de ocultar os acontecimentos da segunda parte do filme (os Jogos), tal como aconteceu no material promocional primeiro episódio da saga, "Catching Fire" resolve, no entanto e no seu último trailer, dar um pequeno presente aos fãs e oferecer um olhar breve sobre o campo de batalha do segundo filme, que proporcionará uma luta pela sobrevivência ainda mais brutal do que a do primeiro filme.
Parece coisa de filme: a chuva cessou, o ceú abriu, o sol apareceu, e desceram à Terra os TCN BLOG AWARDS do Cinema Notebook, que estão aí numa novíssima edição para celebrar o que de melhor se faz (ou escreve) por esses blogues de cinema e televisão fora. Ou então fui só eu que não apanhei as previsões meteorológicas na tv ontem. Pode ter sido isso também.
Mas voltando aos TCN, e antes de qualquer apontamento, há que louvar o Miguel Reis por levar adiante este bonito gesto anual onde o que mais importa é a divulgação de comunidade blogger, desde os novatos aos suspeitos do costume e ainda aos da velha guarda.
Este ano temos então as seguintes 14 categorias a concurso:
- Entrevista
- Site/Portal
- Crítica TV
- Iniciativa
- Artigo Cinema
- Novo Blogue
- Reportagem
- Blogue TV
- Crítica Cinema
- Blogue Coletivo
- Artigo TV
- Rubrica
- Blogue Individual
- Blogger do Ano
Entretanto, e apesar de ter sido um ano difícil – na medida em que pude reservar muito menos tempo do que desejava aqui ao meu cubículo – o Close-Up surgiu representado em três categorias, ao lado de colegas de qualidade tal que até me deixam constrangida de lá estar. Mas olha… estou.
(clicar nas imagens para irem, que nem uma seta, aos artigos nomeados - espetáculo de tecnologia)
Além deste espaço, ainda tive o prazer de ver a "minha" Magazine-HD (onde colaboro e coordeno) nomeada como Melhor Site/Portal. Tanto eu como a minha equipa ficámos infindavelmente deliciados com a escolha da Academia e esperamos poder contar com o apoio de todos os que nos seguem.
Para terminar, que isto já vai longo e tenho o almoço ao lume, deixo-vos o convite de darem um pulinho no Cinema Notebook do Miguel e votarem nos vossos favoritos (não necessariamente em mim, se encontrarem concorrentes mais capazes, o que é bem provável) na barra à direita. Ah e tal que aquele vídeo viral do Russel Brand a descascar no sistema político e do voto é muito porreiro e inspirador, mas aqui podem votar que não faz problema e não há resultados viciados.
O maior sucesso para esta edição e que os TCN BLOG AWARDS se repitam por muitos, muitos anos.
E a diarreia promocional de "X-Men: Days of Future Past" continua, agora com 12 novos stills da sequela de "X-Men: First Class".
"There are things you can't get away with in this world, and there are things you can"
Tudo começa com um barco numa árvore – envelhecido, mas intacto, colocado ali por alguma força inexplicável e inexorável. Este fenómeno fantástico surpreende Ellis e Neckbone, dois amigos que se aventuram diariamente (e clandestinamente) num barco à procura de uma aventura real. Todavia, e sendo fieis à cultura cinematográfica de Jeff Nichols, os rapazes não questionam, propriamente, só anseiam.
Não são os únicos, contudo, como vêm mais tarde a descobrir. Mud é o fugitivo que habita o barco abandonado e que com eles estabelece uma troca honesta. E como a literatura clássica nos ensinou, este estranho e a sua história mudará a vida dos dois rapazes para sempre.
Em 2007, Jeff Nichols estreou-se com “Shotgun Stories”, a história de um feudo cego pela raiva, seguindo-se quatro anos depois com a fabulosa exploração de um apocalipse vindouro em “Take Shelter”. Mantendo-se fiel ao cheiro e existência do território sulista americano, “Mud” partilha muitos dos temas abordados das obras precedentes, surgindo como um drama de suspense discreto e meditativo sobre o amor e a perda, o certo e o errado, a honra e a deceção, e que se desenvolve sobre o desejo de descobrir aquilo que as pessoas são por debaixo daquilo que dizem.
É, provavelmente, mais longo e ruminativo do que necessitava ser, terminando num clímax que, não o sendo exatamente, acaba por atipicamente cair mais nas convenções do thriller de Hollywood do que poderíamos esperar, mesmo que apenas por cinco minutos. Mas, em “Mud”, um fenómeno pouco frequente tem lugar mesmo à frente dos nossos olhos – é um filme de imagens memoráveis, povoadas por pessoas que, em vez de serem impostas, parecem pertencer naturalmente ao seu ambiente.
Em diversas dimensões – incluindo a componente fantasiosa da abordagem – esta maravilhosa fábula gótica sulista guarda semelhanças com “Beasts of the Southern Wild”, o indie que no ano passado levou Hushpuppy da Banheira à volta do mundo. Ambos funcionam como uma elegia e um canto amargurado sobre um modo de vida em vias de extinção, vista aos olhos da inocência da infância.
Pela primeira vez na filmografia de Jeff Nichols, Michael Shannon abdica do papel de protagonista (apesar de contribuir com uma agradável participação secundária) para abrir caminho a Matthew McConaughey, que continua o seu improvável mas não menos fascinante arco de carreira. De uma estrela faz-se, aos poucos, um grande ator, e Mud nasce da combinação dura de uma natureza de bandido e de um sábio tolo, erguendo-se na forma de uma figura heroica pela qual acabamos por torcer, apesar da revelação dos seus defeitos.
Todavia, e apesar da reinvenção inspiradora de McConaughey e do enganador título americano, o filme pertence totalmente a Tye Sheridan (Ellis). Aqui, representa um espírito inocente e confuso sobre o significado do Amor, à medida que o casamento dos pais se destrói e o romanticismo de Mud o consome, tudo enquanto se convulsa para experienciar a paixão na primeira pessoa, com uma colega de escola. É uma performance formidável que não parece sequer uma performance.
Com uma inspiração palpável na obra de Mark Twain – particularmente, “The Adventures of Huckleberry Finn” – “Mud” oferece-nos uma história doce que mostra apontamentos de absoluta fé na humanidade, sem ser meloso ou piegas. É a voz original de Nichols que torna a sua indagação franca dos temas, folclores e paradigmas da cultura americana tão envolvente, e nunca excessiva. Na verdade, parte de “Mud” versa sobre a exata perda desses pedaços de identidade social através da homogeneização de culturas locais e da exterminação do sonho de possibilidades maiores.
O simbolismo do plano final, onde o barco cavalga pelo rio rumo ao horizonte, é imenso: porque nem a liberdade nem a esperança deixarão que esses fragmentos de nós se despedacem com o tempo.
De alguma forma, e apesar do tríptico notável que construiu, Nichols ainda não adquiriu o estatuto ou reconhecimento que merece, como um dos realizadores americanos mais excitantes da nova geração. Na verdade, nem sequer o procura.
Na América ainda guiada pela promessa do sonho americano, Jeff Nichols representa uma raça rara de cineastas, que prefere enterrar as mãos na terra húmida do solo rural, do que deixar uma marca no cimento do passeio de Hollywood.
E talvez seja mesmo pelo melhor.
8.5/10