Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Sony Pictures Classics fez um duplo anúncio relativo a "Foxcatcher", de Bennett Miller: primeiro foi lançado o trailer oficial, depois foi revelado que seria adiado para 2014, para "permitir à produção acabar o filme da forma desejada". O filme é protagonizado por Steve Carell, Channing Tatum, Mark Ruffalo e Sienna Miller.
Em "Foxcatcher" seguimos a história verídica e arrepiante do homicídio de um atleta olímpico de luta greco-romana pelo doentio John du Pont, o herdeiro de uma fortuna considerável que decide abrir um ginásio destinado aos praticantes de luta greco-romana chamado Team Foxcatcher. No caso real, em 1996, du Point matou a tiro o atleta olímpico e medalha de ouro, David Schultz. A polícia nunca conseguiu estabelecer uma causa específica para crime.
Atualmente em filmagens na inglaterra, "Into the Woods" da Disney acabou de nos garantir as primeiras espreitadelas a alguns dos seus principais personagens, incluíndo a protagonista e brux(íssim)a, Meryl Streep.
Baseado no musical da Broadway com o mesmo nome, "Into the Woods" é uma versão moderna dos contos dos Irmãos Grimm, que entrelaça os enredos de várias histórias, explorando as consequências das escolhas e aventuras das suas personagens. O musical segue as histórias de Cinderella e o seu Príncipe, Capuchinho Vermelho, Rapunzel e de Jack e o Pé de Feijão - todas ligadas a uma narrativa que envolve um padeiro e a sua mulher, que desejam começar uma família, e a sua relação com uma bruxa que lhes lança um feitiço.
Num ano que não foi especialmente brilhante para o Cinema de Animação mais mainstream, a Disney parece ser quem tem a última palavra a dizer... e pode ser uma palavra bem valiosa. "Frozen", a sua aposta do ano que é baseada no conto "A Rainha das Neves" de Hans Christian Andersen, acabou de ganhar um novo trailer oficial.
Porque Hollywood pode ser um lugar nepotista e algo incestuoso, o Next Movie resolveu organizar uma árvore genealógica que investiga algumas das maiores famílias da indústria.
(clicar na imagem para aumentar)
Já dizia o ditado "se és licenciado... começas por um anúncio marado". Bom, não é um ditado a sério, mas podia ser... mais um caso que o prova? Elizabeth Banks, a atriz norte-americana que depois de breves passagens pela televisão se começou por celebrizar em filmes como "Wet Hot American Summer" e "Spiderman".
Banks, que estudou comunicação e artes performativas na universidade, começou porém, como muitos outros, com uma breve carreira na publicidade que deu luz a um daqueles tesouros que hoje, mais de 13 anos passados, gostamos tanto de ver.
O produto é o teste de gravidez Fact Plus que assegura a uma jovem Banks desconfiada e confusa que, se lhe urinar para cima, lhe fornecerá os resultados mais fidedignos do mercado.
"I want to be everything to you. I want to be father, brother, lover, best friend."
Atreva-se a ser deslumbrado, porque ninguém diria que Gordon Gecko e Jason Bourne formariam um casal tão credível e fascinante.
Como antes do fogo ardente veio a faísca, antes de Elvis, Elton John, Michael Jackson e Lady Gag veio Liberace, o extravagante e virtuoso pianista que foi a estrela mais brilhante – literalmente e não só – na vida das donas de casa norte-americanas ao longo de uma carreira de mais de 40 anos. Liberace era um entertainer de “E” maiúsculo, e não se cansava de explicitar a quem o quisesse ouvir: “Eu não dou concertos. Eu dou espetáculo!”.
Liberace viveu uma vida de excessos, dentro e fora do palco, e sem vergonha disso mesmo. No verão de 1977 conhece o jovem e belo Scott Thorson, um aprendiz de veterinário por quem nutre um carinho imediato. Apesar da diferença de idades e de pertencerem a mundos opostos, os dois envolvem-se numa secreta relação amorosa durante cinco anos. Eventualmente, o exuberante castelo de cartas que foi constantemente exposto a pressão e a uma existência excessiva, colapsa. Terá sido o mau comportamento de Scott a afastar Liberace ou será que este foi empurrado para maus caminhos pela crescente indiferença de uma confusa figura parental e amante?
As respostas não são simples, como seria de esperar de uma relação tão complexa. “Behind the Candelabra” é a encenação desse affair e um olhar sobre o mundo escondido do “Senhor Espetáculo”, inspirando-se diretamente na memória homónima publicada por Thorson em 1988, um ano depois da morte do entertainer.
Inicialmente concebido para Cinema, o filme de Steven Soderbergh viu-se com uma receção apreensiva e fria em Hollywood quando o realizador levou o projeto aos estúdios: “Disseram que era demasiado gay. Todos eles. Fiquei chocado. Não fazia qualquer sentido”.
Felizmente, e como tem sido o caso noutras situações, a HBO apareceu para salvar o dia, e o filme chegou a maio deste ano ao festival de Cannes, estreando no canal de cabo dias depois.
Num retrato cru e realista, estamos em permanente contacto com Scott e Liberace, na sua forma mais fabulosa e disforme, sem qualquer obstáculo a esbarrar o desenvolvimento de uma relação povoada por contradições, motivações conflituosas e ainda assim, muito amor. Este é o reflexo fiel de dois outsiders que se encontraram. Logicamente falando, não durou… mas como o final deixa no ar, talvez para ambos, de alguma forma, tenha sido para sempre.
Divertido mas profundamente trágico - muito como a inesquecível personalidade no centro - o tom do título é supremamente equilibrado, e no desenrolar das duas horas de acontecimentos, nunca sentimos que o argumento de Richard LaGravenese ou o ponto de vista de Soderbergh não tratem este projeto com respeito e a mais pura sinceridade.
Apesar da superfície florida, o arco narrativo mantém-se na terra, deixando-nos encontrar a comédia por nós mesmos, e interlaçando-a na perfeição com os momentos dramáticos mais intensos, que se sentem perfeitamente orgânicos, muito por culpa do argumento superior de LaGravenese.
Se algum problema pode ser identificado é que se sente ligeiramente longo, arrastando-se no segundo ato, antes do poderoso facelift final, o pathos que interrompe uma festa descontrolada com a pureza inescapável da luz do nascer do dia.
Em todos os departamentos, desde o guarda-roupa, à maquilhagem, passando pela direção artística, o Óscar pode estar fora do horizonte – por questões óbvias de conflito de meios – mas os Emmys dificilmente escaparão ao seu charme.
Nas interpretações, Michael Douglas é deslumbrante naquela que será, sem grandes dificuldades, uma das performances mais dinâmicas do ano. O seu Liberace é a encarnação da contradição, complexo mas infantilmente simples, desejando o amor e ao mesmo tempo a selvajaria sexual de um novo parceiro a cada noite e profundamente dividido pelo desejo de partilhar a cama com Scott e de adotá-lo como filho. Pegar num cartoon de capachinho com uma voz de ET afetado e transformá-lo numa pessoa real – umas vezes gentil, outras cruel – não é tarefa fácil, mas Douglas foi absolutamente destemido e em si Liberace encontra a ressurreição.
Quem não fica atrás é Matt Damon, o verdadeiro protagonista – afinal, “Behind the Candelabra” é contado a partir dos seus olhos. A sua performance de um jovem inocente cuja vida leva uma reviravolta dramática é corajosa, delicada, mais sóbria mas igualmente poderosa e impossível de ignorar, tanto como a de Douglas.
O elenco secundário é também da mais alta qualidade, com performances curtas mas incisivas de Debbie Reynolds, Scott Bakula, Dan Aykroyd e o fabuloso Rob Lowe como o sórdido cirurgião plástico Jack Startz, cuja obsessão pelo ofício e as suas maravilhas lhe conferiram um ar permanentemente drogado numa paródia perfeita aos anos 70 de Hollywood.
Na generalidade da carreira de Soderbergh, a atenção é especialmente dada à sua mestria técnica e a facilidade com que circula entre géneros. Todavia este é um dos seus projetos mais íntimos, humanos e com alma, demonstrando que é, na verdade, um dos realizadores mais completos da sua geração, e uma perda insubstituível - se a sua partida do universo cinematográfico definitiva, como tem assegurado em diversas ocasiões.
Liberace sempre gostou de terminar os seus espetáculos com uma performance arrasante, digna de aplausos intermináveis, algo que o seu público nunca esquecesse. E se, por hipótese, este for o último filme de Soderbergh, temos também a certeza resoluta de que “Behind the Candelabra” foi, de facto, inesquecível.
8.5/10
"I had such a great time working on that movie... I remember what we were doing. I thought: 'This could be fun to see'. And when I saw it... I was a little underwhelmed. For my mind, the studio made some choices that I wouldn't have made. It's kind of fun when the movie's coming out. It's like having a horse in the race. And they're lining up, and they're off! And you're rooting for your horse. And in this case, the jockey fell off the horse and you came in last."
Jeff Bridges, ator (sobre o último filme que protagonizou, "R.I.P.D.")
Honestidade refrescante do nosso "Dude", que vai contra a cassete do costume... a Universal é que é capaz de não ter achado muita graça.
Muitos de nós foram introduzidos a Anne Hathaway naquele que foi, na verdade, o seu primeiro trabalho em cinema - em 2001, com apenas 19 anos, encarnou a jovem Mia Thermopolis em "The Princess Diaries", uma jovem tímida e recatada que um dia se vê a braços com uma herança inesperada de um trono num país distante.
Todavia, foi com 14 anos que se estreou em absoluto em frente a uma câmara, mas desta feita num anúncio televisivo à imobiliária "Better Homes and Gardens".
No anúncio, Hathaway apresenta-se desgostosa e chorosa porque o seu namorado e a família se vão mudar. Tentanto consolá-la o rapaz diz-lhe que ainda têm de vender a casa, o que ainda irá demorar... Hathaway anima-se num sorriso durante exatamente dois segundos, até um cartaz da "Better Homes and Gardens" ser posto no quintal do namorado... parece que aquela gente vende casas que nem pãezinhos quentes.
E que bela indicação trágica para o papel que 15 anos mais tarde lhe valeria um Oscar da Academia...
Está oficialmente fechada lista de submissões de concorrentes a um lugar entre os nomeados para a categoria de "Melhor Filme Estrangeiro" nos Oscars da Academia de 2014. Este ano veio bater mais um recorde com 76 países a enviarem os seus filmes, onde se incluem a Arábia Saudita, Moldávia e Montenegro, que pela primeira vez nas suas histórias enviam um filme.
Afeganistão: "Wajma", de Barmak Akram
África do Sul: "Four Corners", de Ian Gabriel
Albânia: "Agon", de Robert Budina
Alemanha: “Two Lives”, de Georg Maas e Judith Kaufmann
Arábia Saudita: “Wadjda”, de Haifaa Al-Mansour
Argentina: "Wakolda", de Lucía Puenzo
Austrália: “The Rocket”, de Kim Mordaunt
Áustria: “Die Wand”, de Julian Pösler
Azerbaijão: "Steppe Man", de Shamil Aliyev
Bangladesh: "Television", de Mostofa Sarwar Farooki
Bélgica: "Broken Circle Breakdown", de Felix van Groeningen
Bósnia e Herzegovina: "An Episode in the Life of an Iron Picker", de Danis Tanović
Brasil: "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho
Bulgária: “The Color of the Chameleon”, de Emil Hristow
Canadá: "Gabrielle", de Louise Archambault
Camboja: "The Missing Picture", de Rithy Panh
Cazaquistão: "The Old Man", de Ermek Tursonov
Chade: "GriGris", de Mahamat-Saleh Haroun
Chile: “Gloria”, de Sebastián Lelio
China: "Back to 1942", Feng Xiaogang
Colômbia: "La Playa DC", de Juan Andrés Arango
Coreia do Sul: “Juvenile Offender”, de Yi-kwan Kang
Croácia: “Halima's Path”, de Arsen A. Ostojic
Dinamarca: "Jagten" de Thomas Vinterberg
Egipto: "Winter of Discontent", de Ibrahim El-Batout
Equador: "Mejor No Hablar (de Ciertas Cosas)", de Javier Andrade
Eslováquia: "My Dog Killer", de Mira Fornay
Eslovénia: "Class Enemy", de Rok Biček
Estónia: "Free Range", de Veiko Õunpuu
Espanha: "15 Anos y un día", de Gracia Querejeta
Filipinas: "Transit", de Hannah Espia
Finlândia: “Lärjungen”, de Ulrika Bengts
França: “Renoir”, de Gilles Bourdos
Geórgia: “In Bloom”, de Nana Ekvtimishvili e Simon Groß
Grécia: “Boy Eating the Bird's Food”, de Ektoras Lygizos
Holanda: “Borgman”, de Alex van Warmerdan
Hong Kong: "The Grandmaster", de Wong Kar-Wai
Hungria: “Le Grand Cahier”, de János Szász
Índia: "The Good Road", de Gyan Correa
Indonésia: "Sang Kiai", de Rako Prijanto
Irão: "Le passé", de Asghar Farhadi
Islândia: "Of Horses and Men", de Benedikt Erlingsson
Israel: "Bethlehem", de Yuval Adler
Itália: "The Great Beauty", de Paolo Sorrentino
Japão: “The Great Passage”, de Yûya Ishii
Letónia: “Mammu, es Tevi Milu”, de Janis Nords
Líbano: "Ghadi", de Amin Dora
Lituânia: "Conversations on Serious Topics", de Giedrė Beinoriūtė
Luxemburgo: “Doudege wénkel”, de Christophe Wagner
Marrocos: “Les chevaux de Dieu”, de Nabil Ayouch
México: "Heli", de Amat Escalante
Moldávia: "All God's Children", de Adrian Popovici
Montenegro: “Bad Destiny”, de Drasko Djurovic
Nepal: “Soongava: Dance of the Orchids”, de Subarna Thapa
Noruega: "I Am Yours", de Iram Haq
Nova Zelândia: “White Lies”, de Dana Rotberg
Palestina: "Omar", de Hany Abu-Assad
Paquistão: “Zinda Bhaag”, de Meenu Gaur e Farjad Nabi
Peru: "El limpiador", de Adrián Saba
Polónia: "Walesa: Man of Hope", de Andrzej Wajda
Portugal: “Linhas de Wellington”, de Valeria Sarmiento
Reino Unido: "Metro Manila", de Sean Ellis
República Checa: "Burning Bush", de Agnieszka Holland
República Dominicana: “¿Quién Manda?”, de Ronni Castillo
Roménia: “Child's Pose”, de Calin Peter Netzer
Rússia: "Stalingrad", de Fedor Bondarchuk
Sérvia: “Circles”, de Srdan Golubovic
Singapura: “Illo Illo”, de Anthony Chen
Suécia: “Eat Sleep Die”, de Gabriela Pichler
Suíça: "More Than Honey", de Markus Imhoof
Tailândia: "Countdown", de Nattawut Poonpiriya
Taiwan: “Soul”, de Mong-Hong Chung
Turquia: “The Dream of a Butterfly”, de Yilmaz Erdogan
Ucrânia: “Paradjanov”, de Serge Avedikian e Olena Fetisova
Uruguai: "Anina", de Alfred Soderguit
Venezuela: “Brecha en el Silencio”, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez
A Academia dará a conhecer a lista final de submissões elegíveis em meados de Outubro de 2013, sendo que em Janeiro lançará a short-list de nove candidatos que continuarão a competir por um lugar entre os cinco nomeados, que se conhecerão a 16 de Janeiro de 2014.
Foi finalmente revelado o primeiro teaser trailer de "Grace of Monaco", de Olivier Dahan.
Baseado numa ideia de Arash Amel, o filme seguirá de perto o período de seis meses em 1962, quando a França – cansada do principado do Mónaco ser um verdadeiro paraíso fiscal - decidiu agir. Ainda verde em matérias de «reino», coube a Grace Kelly um papel determinante no evitar que existisse no Mónaco um golpe de estado.