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Point-of-View Shot - Amour (2012)

por Catarina d´Oliveira, em 30.12.12



"Il n’y a aucune raison de continuer à vivre. Je sais que ça ne peut qu’empirer. Pourquoi nous infliger ça?"

 

 

Ao contrário do que muitos críticos continuamente repetem, sempre achei que a filmografia de Michael Haneke era profundamente humana. É verdade, o realizador austríaco não é particularmente meigo no trato, e é bastante amigo de tocar pontos sensíveis da nossa vulnerável existência. Mas acho que é uma dádiva termos alguém que o faça, e que esteja disposto a explorar os meandros menos nobres da existência humana na sua passagem pela vida.

 

Passaram apenas três anos desde que Michael Haneke ganhou a sua primeira Palma de Ouro, em Cannes, pela reflexão sombria que foi “Das weiße Band”. Em 2012, o realizador austríaco voltou a ser laureado, desta feita por “Amour”, um drama poderoso que demonstra uma vez mais que a predileção por temas incómodos e desassossegados faz parte da sua assinatura.

 

 

Georges e Anne são dois músicos octogenários, cultos e aposentados. A filha, que vive igualmente da música, vive no estrangeiro com a família. Mas num dia funesto, Anne sofre um acidente de consequências terríveis que põe o amor do casal à prova.

 

As melhores críticas a “Amour” não têm sido particularmente agradáveis de ler. As descrições do filme de Haneke vão desde um retrato devastador que não oferece falsas consolações, a um pedaço de vida que é mordaz e humano, mas desconfortável e, sobretudo, implacável. Diz-se que quando foi exibido em Cannes, gelou o festival. E uma vez constatados os factos, é fácil ver porquê.

 

Exigente, deliberado e largamente depressivo e deprimente, “Amour” oferece um olhar a frio sobre o casamento, a doença, o envelhecimento, a morte e o sentimento que lhe dá título. Simultaneamente, é impiedoso e implacável, mas também profundamente compassivo e apaixonado.

 

 

Haneke já admitiu em várias ocasiões que não existe qualquer ironia no título do seu último filme, esclarecimento esse que não era de todo necessário. Apesar de ser admitidamente difícil de ver, é um ensaio sobre a dignidade e nobreza da vida humana que encontra razão de existir no seio do mais belo sentimento humano.

 

Numa era em que o casamento é quase tão célere e passível de desmoronamento como uma alteração de estado no Facebook, é um ato de coragem criar uma história, ou deveremos dizer antes, uma experiência que se revolve à volta de um casal octogenário, parceiros de longa data.

 

A questão da história ser mais uma experiência é, de facto, infinitamente mais fácil de explicar do que apelar a muitos gostos no escuro da sala de Cinema. Na verdade, o final da história é conhecido na primeira sequência, quando vemos o corpo gélido e sem vida de Anne, intocado numa cama há vários dias. Ora o que Haneke faz aqui não é propriamente contar uma história, mas submeter o espectador à mesma experiência que os protagonistas, ou rigorosamente falando, o protagonista passa.

 

 

A crónica exaustiva da deterioração de Anne é um elemento vital da narrativa, não deixando qualquer tipo de interação fora de um exame minucioso. O resultado pretende transportar o espectador para a dor perpétua de Georges, fazendo com que reconheçamos as dificuldades por que tem de passar quando se encontra sozinho, mesmo quando a presença física da mulher diminuída existe.

 

Como é costumeiro na filmografia de Haneke, há pouco que possa ser chamado de “banda sonora”, o que é apenas mais um elemento que força a atenção totalmente imersa no “processo” ou “experiência” que se desenrola diante de nós.

 

A dupla protagonista, composta por Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant, oferecem performances tão pungentes e comoventes que apenas por si valeriam as duas horas decadentes que passamos com este casal, enclausurados com eles no seu espaçoso, mas continuamente claustrofóbico apartamento.

 

 

Amour” não é, nem nunca poderia ser, um filme de fácil digestão. Os temas sombrios e a abordagem de minúcia clínica também não o tornam numa experiência propriamente ‘vivaça’.

 

Mas a introspeção que induz, e as ambições terrenas que carrega tornam-no uma paragem obrigatória para os cinéfilos e apreciadores da sétima arte que mantenham acesa a curiosidade pelo espírito, psique e emoção humana.

 

 

O que acontece com os filmes que reconhecemos, na nossa subjetividade de opinião, como bons, é que lhes concedemos visionamentos repetidos. Clássicos como “Casablanca” ou “Citizen Kane” são exemplos recorrentes dessa categoria.

 

Depois existem os filmes que reconhecemos igualmente como bons, ou até mesmo excecionais, mas que oferecem experiências tão brutais e violentas que temos dificuldade em suportar além do primeiro visionamento. “Amor” é um desses filmes – sinto-me satisfeita por o ter finalmente visto e por ter experienciado tudo o que me proporcionou, mas pelo menos por agora, espero nunca mais voltar a vê-lo.

 

 

8.0/10

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Sabem quando duas pessoas são tão parecidas que só podem ser irmãs/filhas/pais... e depois não são?

 

Pois, é isso mesmo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Mise en Scène - Primeiro trailer de "Dead Man Down"

por Catarina d´Oliveira, em 29.12.12

Depois do fenómeno cinematográfico da saga “Millenium”, o aclamado realizador dinamarquês Niels Arden Oplev e Noomi Rapace reúnem-se para outra história de vingança. Colin Farrell junta-se à equipa como Victor, o braço direito de um gangster que domina o mundo do crime de Nova Iorque. Victor procura vingar a morte da mulher e da filha, assassinadas pelo chefe. Quando este é perseguido por um assassino, Victor tem de assumir as funções de detetive enquanto é seduzido e chantageado por Beatrice, uma vitima que se tornou vingadora.  


"Dead Man Down" tem argumento de J.H. Wyman ("Fringe") e conta no elenco com Dominic Cooper, Terrence Howard, Isabelle Huppert, Luis Da Silva Jr., entre outros, além de Colin Farrell e Noomi Rapace.

 

 

O primeiro trailer do novo filme de Niels Arden Oplev já pode ser visto abaixo.


 

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Snorricam - Blockbusters de 2012 em Gifs Animados

por Catarina d´Oliveira, em 28.12.12

 

O "Magic Mike" no rebolation.

 

 

 

Anne Hathaway faz o mundo chorar, em "Les Misérables"

 

 

 

A lheca ótica, em "Prometheus"

 

 

 

"John Carter" pode ter sido um flop, mas aviou bem os Marcianos.

 

 

 

"Killing Them Softly" não é, nem de perto nem de longe, um blockbuster, mas esta passagem era incontornável...

 

 

 

O parte-espinhas de Bane, em "The Dark Knight Rises"

 

 

 

A delicadeza do Arnie em "The Expendables 2"

 

 

 

O Point-of-View Shot do Spidey, em "The Amazing Spider-Man"

 

 

 

O regresso à Terra Média, em "The Hobbit: An Unexpected Journey"

 

 

 

Os 'moves' do "Ted"...

 

 

Também não é blockbuster, mas não passava sem o swing de Sam e Suzy, em "Moonrise Kingdom"

 

A união dos distritos, em "The Hunger Games"

 

 

 

Os mostrengos de "The Cabin in the Woods"

 

 

 

Os gémeos marotos de "Brave"

 

 

 

James Bond rebenta comboios em "Skyfall", mas não perde o cenário. Nunca.

 

 

 

Hulk esmigalha mauzões em "Avengers"..

 

 

 

...e nas horas vagas esmurra o colega Thor.

 

 

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Snorricam - O Hobbit (1985)... em russo!

por Catarina d´Oliveira, em 28.12.12

Antes de Peter Jackson já Vladimir Latyshev tinha realizado a sua própria versão de "O Hobbit", de J.R.R. Tolkien (realizado para televisão). O resultado não terá sido visto por muitos... mas esse estado de coisas pode ser mudado. Hoje, agora.

 

 

 

 

 

Cenários pintados, Gandalf com purpurinas e Gollum verde. Que maravilha da arte sétima! A não perder!

 












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Snorricam - A versatilidade de Eddie Murphy em posters

por Catarina d´Oliveira, em 26.12.12

A sobrancelha rebelde... 

 

 

 

(os posters originais - clicar para aumentar)

   
   

 

 

... e o sorriso parvo.

 


(os posters originais - clicar para aumentar)
    
    

 

Que alcance "extrórdinário"!

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New Shots - 24 a 30 de Dezembro de 2012

por Catarina d´Oliveira, em 26.12.12
Esta semana nos cinemas:

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Feliz Natal

por Catarina d´Oliveira, em 23.12.12

Como podem ver pela ausência de posts, já estou a entrar em pleno no espírito natalício, que se quer de união e bem familiar.

 

Nos entretantos, é também uma boa altura para colmatar falhas cinematográficas e apreciar boas (e más) obras de arte! 

 

 

O Natal sempre me pareceu também uma altura de reflexão sobre o ano que ficou para trás (afinal não temos thanksgiving por cá...), e por isso quero agradecer a todos de vocês que continuam a seguir o blog e a respetiva página de facebook, que tem os seus devaneios extra. Dão cada vez mais sentido a esta aventura. O meu mais sincero OBRIGADA, e o desejo de que, para o ano, estejam ainda cá todos (e mais alguns :D).

 

Do Close-Up fica o desejo mais sincero de um feliz natal, sempre polvilhado de bastante amor e felicidade e, claro, como não podia deixar de ser, com muitos e bons filmes. Sempre.

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Mise en Scène - The Place Beyond the Pines

por Catarina d´Oliveira, em 21.12.12

Foi finalmente lançado o primeiro trailer para "The Place Beyond the Pines", aquele filme protagonizado por Ryan Gosling com uma história parecida a "Drive". Mas com motas. 

 

 

O enredo diz-nos que Luke é um motociclista profissional que se vira para a indústria dos roubos para apoiar o filho recém-nascido. Mas um confronto violento vem ao de cima quando Luke entra em rota de colisão com um polícia novato.

 

Protagonizado por Ryan Gosling, Bradley Cooper, Eva Mendes, Ben Mendelsohn, Rose Byrne e Ray Liotta, e realizado por Derek Cianfrance ("Blue Valentine", 2010), "The Place Beyond the Pines" estreia a 29 de março de 2013 nos Estados Unidos. Por cá há-de, eventualmente, chegar aos cinemas; mas ainda não sabemos quando. 

 

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Foram hoje revelados pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas os nove filmes que continuam na luta para um lugar entre os cinco nomeados para Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Com muita pena de todos, "Sangue do Meu Sangue" ficou pelo caminho... Entre os escolhidos encontram-se sete filmes europeus e nenhum asiático - normalmente com concorrentes fortíssimos nesta categoria.

 

 

  • Áustria, “Amour”, de Michael Haneke
  • Canadá, “War Witch”, de Kim Nguyen
  • Chile, “No”, de Pablo Larraín
  • Dinamarca, “A Royal Affair”, de Nikolaj Arcel
  • França, “The Intouchables”, de Olivier Nakache and Eric Toledano
  • Islândia, “The Deep”, de Baltasar Kormákur
  • Noruega, “Kon-Tiki”, de Joachim Rønning e Espen Sandberg
  • Roménia, “Beyond the Hills”, de Cristian Mungiu
  • Suiça, “Sister”, de Ursula Meier

 

A lista completa de nomeados aos Oscars da Academia ficarão a ser conhecidos já no dia 10 de Janeiro de 2013.

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