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A fava tinha de sair a alguém, e mais vale surgir de cabeça levantada e peito aberto, do que cabisbaixo e enfraquecido. Alguém tinha de seguir The Avengers, e no universo Marvel de Hoje, não há quem o possa fazer em melhores condições que Tony Stark.
Com novas armaduras, novos vilões e um novo Stark - que ainda duela com os sentimentos decorrentes dos acontecimentos em Avengers -, Iron Man 3 apresenta, no geral, um semblante mais negro que os episódios anteriores.
Segundo uma sinopse ainda algo vaga, a nova aventura de Tony Stark traz-nos o brilhante industrialista contra um inimigo que não conhece limites. Quando vê a sua vida pessoal destruída, embarca numa angustiante busca para encontrar os responsáveis. Nessa jornada, a cada nova etapa, testará todas as suas energias. Sem saída, Stark terá de sobreviver por conta própria, confiando nos seus instintos para proteger aqueles que ama. Pelo caminho, descobre a resposta para a pergunta que secretamente o atormentava: o homem faz a armadura ou a armadura faz o homem?
Realizado por Shane Black e protagonizado por Robert Downey Jr, Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Guy Pearce, Rebecca Hall, Stephanie Szostak, James Badge Dale e Jon Favreau, Iron Man 3 tem estreia marcada para Maio de 2013.
Esta semana nos cinemas:
"Your dog is aliiive!!!"
Em 1984, um jovem realizador da Walt Disney fez uma curta-metragem live-action que contava a história de um rapazinho recriando a história de Frankenstein ao ressuscitar o seu adorado cão. Dizer que a Disney ficou horrorizada com o produto final é pouco, e o estúdio despediu o cineasta argumentando que gastava demasiado dinheiro a produzir filmes que eram claramente inadequados para crianças.
O filme em questão era Frankenweenie, e o jovem realizador de 26 anos chamava-se Tim Burton.
Quase trinta anos depois, pazes feitas e as partes voltam a reunir-se para recontar a história dos inseparáveis Victor e Sparky, desta vez no formato de longa-metragem.
Eles confortam-se, divertem-se, completam-se. Juntos são a epítome do que a amizade deve ser. No entanto, um dia, Sparky sofre um acidente fatal. Victor fica temporariamente desamparado, mas a perseverança e crença de que fará tudo pelo amigo são mais fortes, e o rapaz recorre aos maiores poderes da ciência para trazer Sparky de volta em toda a sua natureza amorosa, mesmo estando tecnicamente morto… e com partes do corpo que se descosem sistematicamente... um híbrido amigo do ambiente a funcionar à base de energias renováveis, digamos assim. Mas quando Sparky volta a sair à rua, a cidade entra em polvorosa, com várias crianças a tentarem desenterrar também os seus animais de estimação (pelos motivos mais escabrosos), o que poderá trazer consequências monstruosas para todos.
Como os objetos de propriedades magnéticas são atraídos pelo íman, Tim Burton é-o pela eterna história do indivíduo desajustado que lida com um mundo que não o compreende.
Frankenweenie, uma declarada homenagem aos filmes de terror e ficção científica dos anos 30 aos 50, reuniu toda a atenção (e paixão) do realizador depois de uma procissão de remakes impessoais e pouco inspirados – Planet of the Apes (2001), Charlie and the Chocolate Factory (2005), Alice in Wonderland (2010) e Dark Shadows (2012). É verdade que, em rigor, também é um remake, mas é um projeto com o coração no sítio certo, o que, note-se, faz uma diferença abismal.
Burton disse em inúmeras ocasiões que Frankenweenie era um dos seus filmes mais pessoais – Sparky foi inspirado num cão que teve na infância, e não é difícil imaginr o realizador nos recantos deslocados da estranheza de Victor Frankenstein –, e este traz inocência e mocidade a um tema geralmente associado a comportamentos dementes e maníacos, fazendo-se sentir ao mesmo tempo fresco e familiar. ‘Frankenweenie’ está vivo, e da melhor forma possível, sendo que, de alguma forma, podemos dizer que é para Tim Burton o que Hugo (2011) foi para Scorsese.
Num outro plano, tinha passado bem sem a referência algo pejorativa do personagem de origem asiática, e seria ainda mais afetante se lhe aprouvesse dizer algo mais sobre a perda e como lidar com ela. O facto de nunca se aventurar no comentário social parece também uma oportunidade perdida, uma vez que já o vimos acontecer em películas anteriores do realizador. Um discurso algo desconexo por parte de um professor sobre os “velhos do Restelo” que se mantém ignorantes e amedrontados relativamente à ciência e tecnologia e o seu papel nos moldes do futuro é insuficiente e pouco sólido. Mas é quase inútil ser picuinhas e apontar-lhe o dedo quando, na verdade, as crianças nem vão reparar e os adultos não vão querer saber.
Filmado num riquíssimo preto-e-branco (que até faz o 3-D parecer menos irritante e intrusivo), ostenta um design de produção meticuloso e admirável. O detalhe delicado de cada personagem é avassalador. As crianças, que reúnem uma maravilhosa mistura de desajustados, são reinvenções em ponto pequeno das personagens do terror clássico, com detalhes acrescentados que servem o amor do realizador pelo género que o viu crescer. Em teoria, o próprio processo de animação por stop-motion parece perfeito para o enredo em questão uma vez que, simplisticamente, consiste em fotografar bonecos frame-a-frame para criar a ilusão de movimento, “trazendo-os à vida”.
A banda-sonora vivaça de Danny Elfman convém na perfeição a relação entre Victor e Sparky, sendo polvilhada de apontamentos dramáticos deliciosos e ajudando a manter o ritmo acelerado. O elenco de vozes é sublime, com especial nota para as participações dos pequenos Charlie Tahan e Atticus Shaffer, e dos graúdos Winona Ryder, Martin Landau, Catherine O’Hara e Martin Short.
Uma palavra dirigida aos pais é incontornável: apesar de se envergar um rating para “maiores de seis anos”, talvez fosse mais indicado um “maiores de oito anos”, pela componente temática em si e pela presença de personagens com apetência de povoar alguns infundados mas inteiramente compreensíveis pesadelos dos petizes.
Frankenweenie exibe em todo o esplendor aquela que será, por ventura, a maior habilidade de Burton enquanto contador de histórias: a capacidade de misturar a estranheza do macabro com o aconchego dos sentimentos sinceros naquela que é, nuclearmente, uma bonita história de amizade. A nível pessoal, fez-me recordar porque é que admiro tanto o realizador, e a Burton possibilitou a redescoberta da peculiar voz (que andava meio perdida) e que o tornou um ícone dos nossos tempos.
8.0/10
“I’m just saying that I think it’s bullshit. I think it’s total, utter bullshit, and I don’t want to be a part of it. I don’t believe in it. It’s a carrot, but it’s the worst-tasting carrot I’ve ever tasted in my whole life. I don’t want this carrot. It’s totally subjective. Pitting people against each other…It’s the stupidest thing in the whole world. It was one of the most uncomfortable periods of my life when Walk the Line was going through all the awards stuff and all that. I never want to have that experience again. I don’t know how to explain it—and it’s not like I’m in this place where I think I’m just above it—but I just don’t ever want to get comfortable with that part of things.”
Joaquin Phoenix, ator (sobre os Oscars)
Enquanto se vai escapando por entre as gotas da chuva a qualquer evento de promoção de The Master... Parece que alguém não vai andar pelo Dolby Theatre em Fevereiro próximo...
"O Doclisboa propõe repensar o Documentário nas suas implicações e potencialidades: o cinema apresenta-se aqui como uma prática que permite encontrar novos modos de pensar e agir no mundo, assumindo desta forma uma liberdade que supõe uma íntima implicação entre o artístico e o político. O que procuramos é dar a ver filmes que eventualmente nos ajudarão a compreender o mundo em que vivemos e a encontrar nele possíveis forças de mudança. Com cerca de 150 filmes e um programa preparado com rigor e dedicação, a 10ª edição do Doclisboa oferece ao público um lugar de encontro, de reflexão e de debate." (in doclisboa.org)
Para mais informações sobre a programação, júri, bilhetes e mais, consulte o site oficial do festival.
"I thought The Avengers was an appalling film. They’d shoot from some odd angle and I’d think, why is the camera there? Oh, I see, because they spent half a million on the set and they have to show it off. It took me completely out of the movie. I was driven bonkers by that illogical form of storytelling."
Wally Pfister, diretor de fotografia da trilogia Batman (sobre The Avengers)
Oh diabo...
É a questão que nos coloca o novo e incrivelmente misterioso site viral de Skyfall, localizado num IP aparentemente aleatório (e, a princípio, algo assustador).
À primeira vista, nada mais há que não o símbolo do Royal Secret Intelligence Service, que tem uma ligação com o MI6. A partir daqui temos a agradecer a um fã que desvendou o mistério da porta de entrada. Para aceder ao site – que inclui um exame para um “British Intelligence Officer”, missões virtuais e outros conteúdos - basta dizer a palavra-passe ao microfone (“God save the queen”), para que a identificação oral seja efetuada.
Depois do acesso à segunda parte do site, serão colocadas questões para o referido exame que estão divididas em cinco secções.
Vários fãs já se encontram na missão de descodificar totalmente o site, e pode estar na altura de se juntar a eles (o Reddit.com pode ser um bom começo para comparar respostas).
Realizado por Sam Mendes e protagonizado por Daniel Craig, Skyfall chega aos cinemas portugueses a 26 de Outubro de 2012.
Teve lugar pelas 11:00 de hoje a conferência de imprensa de apresentação do Lisbon & Estoril Film Festival no Centro Cultural de Belém, onde foram apresentadas as linhas gerais do festival pelo diretor Paulo Branco.
As novidades são muitas, por isso não tardemos a revelá-las.
FORA DE COMPETIÇÃO
O Mestre, de Paul Thomas Anderson (2012)
Beasts of the Southern Wild, de Benh Zeitlin (2012)
Amor, de Michael Haneke (2012)
Antiviral, de Brandon Cronenberg (2012)
Bella Addormentata, de Marco Bellocchio (2012)
Dans la maison, de François Ozon (2012)
Da-reun na-ra-e-suh, de Hong Sang-Soo (2012)
Holy Motors, de Leos Carax (2012)
Ingrid Caven, musique et voix, de Bertrand Bonello (2012)
Io e te, de Bernardo Bertolucci (2012)
La noche de enfrente, de Raul Ruiz (2012)
Operação Outono, de Bruno de Almeida (2012)
Padroni di Casa, de Edoardo Gabbriellini (2012)
Passion, de Brian de Palma (2012)
Spring Breakers, de Harmony Korine (2012)
Vous n’avez encore rien vu, de Alain Resnais (2012)
The We and the I, de Michel Gondry (2012)
Cloud Atlas, de Tom Tykwer, Andy Wachowski, Lana Wachowski (2012)
As Voltas da Vida, de Robert Lorenz (2012)
EM COMPETIÇÃO
After Lucia, de Michel Franco (2012)
Avalon, de Axel Petersén (2011)
Children of Sarajevo, de Aida Bejic (2012)
L'intervallo, de Leonardo di Constanzo (2012)
Laurence Always, de Xavier Dolan (2012)
Low Tide, de Roberto Minervini (2012)
Rengaine, de Rachid Djaïdani (2012)
The Shine of Day, de Tizza Covi, Rainer Frimmel (2012)
Student, de Darezhan Omirbayev (2012)
Sueño y silencio, de Jaime Rosales (2012)
Winter, Go Away!, de Elena Khoreva, Denis Klebleev, Askold Kurov, Dmitry Kusabov, Nadezhda Leonteva, Anna Moiseenko, Madina Mustafina, Sofia Rodkevich, Anton Seregin, Alexey Zhiriakov (2012)
No que respeita a outras secções teremos ainda:
HOMENAGENS
João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
Monte Hellman
Lucrecia Martel
Serge Daney
RETROSPETIVAS
Brian De Palma
Hou Hsiao-Hsien
CINEASTAS RAROS
Artavazd Peleshyan
Adolpho Arrietta
CINEMART
Enrique Vila-Matas
Alfred Brendel
David Hockney
Hanif Kureishi
Noronha da Costa
SESSÕES ESPECIAIS
Preservar a Memória do Cinema – Filmoteca Espanhola
Preservar a Memória do Cinema – Heaven’s Guide
Cinema e História
Percursos de Miguel Alexandre
A seleção oficial do Júri é composta por António Damásio, Hanna Damásio, Alfred Brendel, Fanny Ardant, Willem Dafoe e Sonia Wieder-Atherton.
Mais informações sobre a programação, filmes e outros do festival em leffest.com
Carrie é uma rapariga tímida, maltratada pelos colegas da escola e vítima do fanatismo religioso da mãe. Um dia, quando as brincadeiras dos outros jovens vão longe demais, ela perde o controlo e manifesta o seu verdadeiro poder devastador.
Em 1976 veio a adaptação de Brian De Palma do romance icónico de Stephen King publicado apenas dois anos antes, e Sissy Spacek no papel da titular e problemática jovem. Fazia-se culto histórico.
2013 marcará o regresso da lenda.
Desta feita com Kimberley Peirce (Boys Don't Cry, 1999) no leme e interpretações de Chloe Grace Moretz (Let Me In, 2010) e Julianne Moore (Far From Heaven, 2002), Carrie promete não ser um remake, mas uma reinterpretação do clássico de Stephen King.
Entretanto, chegou-nos o primeiro teaser trailer, que pouco mais mostra que uma cidade em chamas e uma imagem paradigmática da personagem. Carrie está ensanguentada, e é ensanguentada que ansiamos por vê-la.
Vale a pena deixar ainda uma nota de apreço à positiva campanha de marketing do filme, que seguindo a pista de outros no passado recente, se baseia em deixar pequenas pistas aos espectadores através de vários meios.
O mais notável, ainda que só infelizmente acessível nos EUA (a menos que estejam dispostos a gastar uns trocos) é o movimento "Call Carrie" (parte da campanha #WhatHappenedtoCarrie), onde o espectador é convidado a ligar para o número 207-404-2604, podendo ver a sua chamada atendida por Carrie (Moretz) ou a mãe (Moore), de acordo com a hora a que se liga.
Carrie tem estreia marcada para a Primavera de 2013.
O The Hollywood Reporter avançou com o exclusivo e entretanto a NBC já confirmou.
Tina Fey (30 Rock) e Amy Poehler (Parks and Recreation) serão as anfitriãs da 70ª Gala dos Globos de Ouro, organizada pela Hollywood Foreign Press Association.
Tomando um caminho claramente contrário ao dos Oscars, a organização dos Globos escolheu dois talentos cómicos femininos que poderão atrair mais público do mesmo género - o que mais assiste a este tipo de cerimónias - ao contrário da escolha manifestamente mais masculina da Academia com Seth MacFarlane (Family Guy, American Dad).
“Ter a Tina Fey e a Amy Poehler a bordo para apresentar as festividades deste ano é um grande feito", argumentou Paul Telegdy da NBC, acrescentando ainda que "Tina e a Amy provaram ter química e timing cómico nos vários anos que trabalharam juntas do Saturday Night Live até ao filme Baby Mama".
A cerimónia dos Globos de Ouro 2013 terá lugar a 13 de Janeiro.