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Por ocasião do Dia Internacional contra os Testes Nucleares (29 de Agosto) na Vogue.pt, resolvi retroceder quase 50 anos para trazer uma breve análise daquela que será, por ventura, a mais eficaz história “anti-tretas-nucleares” que o Cinema já contou. Hoje partilho convosco uma versão estendida desse mesmo texto, aqui no Close-Up.
Vagamente baseado na obra de Peter George, “Red Alert”, Dr. Strangelove (título pálido quando comparado ao colorido original: “Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Loved the Bomb”) foi filmado em plena Guerra Fria, constituindo-se como uma das mais brilhantes sátiras à referida contenda em particular, e aos conflitos bélicos modernos em geral.
O enredo coloca um estouvado general norte-americano - Jack Ripper - convencido de que os comunistas vêm poluindo as reservas potáveis americanas, e ordena um ataque nuclear à União Soviética. Apesar dos louváveis esforços do Capitão Mandrake e das discussões (nem sempre) civilizadas no Pentágono entre o Presidente dos Estados Unidos, os chefes do Estado Maior e um ex-cientista nazi, o destino do mundo parece estar traçado, restando agora pouco mais do que aguardar pelo Fim.
Stanley Kubrick começou por imaginar Dr. Strangelove como um filme sério sobre o fim de todas as coisas, à imagem da obra literária em que se baseia. Esta intenção foi, contudo, defraudada pela realização do absurdo por detrás das futilidades da Guerra Fria e do cenário DMA (Destruição Mútua Assegurada), tendo decidido, em vez disso, fazer uma aguçada comédia negra que, mais letal que um despejamento nuclear, se transformou num cartaz anti-guerra hilariante.
A ideia básica por detrás da doutrina cujo acrónimo americano toma a leitura curiosa de MAD (louco), vê dois lados poderosos de uma guerra – neste caso, EUA e URSS – capazes de se destruírem a si mesmos e ao outro com armamento de guerra, se atacado por qualquer razão. Assume-se então que nenhum dos lados atacará primeiro por medo da retaliação, que poderia surgir em igual ou maior força, resultando na destruição total de ambas as partes.
Dr. Strangelove expõe os aspetos mais absurdos da guerra nuclear e liga os dois instintos mais básicos do Homem (o apetite sexual e o desejo de matar) como ponto de partida. Além dos referidos pilares, a miríade de temas retratados (ou será mais espicaçados?) é imensa: políticas de nacionalismo e preconceito direcionado ao estrangeiro; a metáfora sexo/guerra (o acto sexual, desde a penetração até à formação do ovo, é comparável à natureza da guerra); sexismo (mulheres são tratadas como meros objetos de prazer); dificuldades de comunicação, que são a causa de grande parte das peripécias que sucedem ao longo do enredo.
Muito à frente do seu tempo no que respeita a estilo, sensibilidade e conteúdo temático, o (agora) clássico de Kubrick começou por ser recebido de uma forma que tinha tanto de cautelosa como de desorientada: foram poucos os que, no seu tempo, foram capazes de saber como deslindar o filme e avaliá-lo. Curiosa e surpreendentemente, a audiência teve uma mente mais aberta, e Dr. Strangelove foi um êxito nas bilheteiras.
As mudanças na cena cultural americana e no cinema de Hollywood permitiram que um título de baixo orçamento se tornasse um sucesso comercial, provando que qualidades um dia associadas a movimentos cinematográficos visionários e à contracultura podiam ser consumidas e apreendidas pelas massas. Desafiando o senso comum de Hollywood, Dr. Strangelove foi uma sátira corrosiva ao governo e às forças militares que mostrou que a linha antiquada entre Cinema underground e mainstream estava a ficar turva, e que o público estava pronto a aceitar ideias que se pensavam exclusivas ao domínio avant-garde do Cinema Europeu.
O elenco merecia um artigo dedicado por si só, mas teremos de passar agora com breves menções honrosas.
O mago Peter Sellers, respeitável enquanto Mandrake e diplomático como o Presidente Muffley, é sobretudo recordado pelo completamente demente Dr. Estranhoamor. O plano original era que Sellers interpretasse quatro papéis, mas depois de filmar três, partiu uma perna e não conseguiu completar o quarteto. Slim Pickens tomou o seu lugar interpretado o Major “King” Kong e protagonizando, montado num missíl de guerra, uma daquelas cenas para que o Cinema olha com admiração, saudade e orgulho, mesmo mais de 40 anos passados.
Sterling Heyden é perfeito como Jack D. Ripper, o “vilão” que iniciou a cadeia de acontecimentos imparáveis que levaram ao fim-do-mundo como o conhecemos. O seu discurso anti-comunismo, referindo a sua conspiração para minar os fluídos corporais dos americanos é especial, ainda que maliciosamente delicioso.
George C. Scott é maior do que a vida com o fala-barato patriota hiperativo, o General Buck Turgindson.
Existe a tendência de colocar Strangelove fora do corpo principal de trabalho de Kubrick, apresentando-se este como uma comédia (o realizador nunca foi conhecido como sendo uma personalidade associada a gargalhadas) e alargando-se numa duração muito mais curta do que os seus outros filmes desta época, sendo sempre o tal “filme de Kubrick recomendável para quem não gosta de Kubrick”. Todavia, e observando a base temática da obra do realizador, não é assim tão diferente dos demais: o estilo continua a ser formal e baseado em maneirismos, o ritmo é compassado, e o sentido de humor, apesar de relativamente amplo, continua a ser baseado num sarcasmo azedo e misturado com um estilo surrealista, técnicas avant-garde e caracterizações dignas de uma banda desenhada.
Tão aterradora, divertida e perspicaz como em 1964 e mais letal que um despejamento nuclear, a única comédia (oficial) do currículo de Kubrick é, simultaneamente, uma cápsula do tempo que nos transporta para os medos mais palpáveis da Guerra Fria, e um exercício mordaz extremamente atual, que encontra o conflito nuclear como uma realidade perturbadoramente presente.
"Gentlemen, you can't fight in here. This is the War Room!" exclama o Presidente Muffley quando uma discussão acesa quase resulta em escoriações e olhos negros, epitomizando na perfeição a sátira patente em todo o imbróglio nuclear.
Um feito cinematográfico sem paralelo para ver (e rever) antes do fim do mundo.
10/10
Como se desse para adorar estes dois ainda mais... espera, afinal dá!
E se Leonardo Di Caprio nunca tivesse aparecido em Titanic?
Além de hipotéticas alterações no percurso da carreira, como teria sido o titã da bilheteira de 1996? Talvez mais parecido com isto...
Depois do re-lançamento de Titanic em 3D nos cinemas, chegará enventualmente às lojas, a nova edição blu-ray "quitada" com novos extras nunca antes vistos. Um deles é este behind-the-scenes, onde James Cameron fala sobre Kate Winslet e como esta conseguiu o papel de Rose, seguindo-se um screen test da atriz ao lado de... Jeremy Sisto - um dos atores na corrida para o papel de Jack, que eventualmente acabou nas mãos de Di Caprio.
Nota: Jesus senhor, ainda bem que apareceste, Di Caprio.
Decorreu no passado Sábado, sem precalços maiores ou menores, a cerimónia de entrega dos galardões relativos ao Festival de Veneza de 2012. Poderia começar assim a nossa notícia tardia da referida celebração cinematográfica, mas das duas, uma: ou estávamos a mentir, ou estávamos presos numa qualquer outra realidade alternativa. Reescrevamos então.
Decorreu no passado Sábado, com precalços e imbróglios à mistura, a cerimónia de entrega dos galardões relativos ao Festival de Veneza de 2012.
The Master, que já seguia praticamente com o galardão maior na algibeira, viu-o escapar-se no último momento. Foi na tarde de 8 de Setembro que Pieta do irreverente Kim Ki-duk levou a melhor sobre o "novo clássico" de Paul Thomas Anderson. Ou será que, no fundo, não foi bem assim?
Segundo o The Hollywood Reporter, a intenção do júri presidido por Michael Mann foi sempre a de atribuir a honra maior ao filme norte-americano, mas tal decisão foi revogada, à última da hora, por uma lógica de "leis" do festival. Uma nova regra (instituída em 2009) não permite a um filme ganhar mais do que dois galardões, e uma vez que The Master já tinha arrecadado os prémios de melhor realização e ator (que, afinal, até foi para atorES, dividindo-se entre Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman), acabou mesmo por ficar sem o troféu principal.
A polémica já vai sendo elemento costumeiro do mais velho festival de Cinema do mundo, que tem a tradição de inscrever na história vitórias estranhas e escolhas peculiares - veja-se a vitória de Somewhere de Sofia Coppola em 2010 (ex-namorada do presidente do juri, Quentin Tarantino), e a ausência de Mickey Rourke (por The Wrestler) entre os vencedores na categoria de representação em 2008.
Tudo isto seria já ligeiramente familiar se não se acrescentassem mais peripécias ao bolo italiano. Não bastava já a confusão interna no júri a propósito da decisão entre The Master e Pieta, como fomos presenteados com uma sempre desconfortável troca de prémios no próprio palco, com Phillip Seymour Hoffman a ter de regressar à ribalta para trocar o prémio especial do júri que The Master havia erroneamente recebido, com o Leão de Prata entregue (também equivocamente) a Ulrick Seidl, por Paradies: Glaube.
Porque a entrada na noite ainda não estava aparentemente estranha o suficiente, Kim Ki-duk resolveu festejar a vitória do Leão de Ouro do seu Pieta com uma canção (do filme) em coreano.
Um vídeo-resumo da cerimónia (que inclui algumas das peripécias) pode ser visto abaixo, bem como a lista completa de vencedores do festival.
VENCEDORES - FESTIVAL DE VENEZA 2012
Leão de Ouro para Melhor Filme: Pieta, de Kim Ki-duk (República da Coreia)
Leão de Prata (Melhor Realizador): Paul Thomas Anderson por The Master (EUA)
Prémio Especial do Júri: Paradies: Glaube, de Ulrich Seidl (Alemanha, Áustria, França)
Prémio Coppa Volpi para Melhor Ator: Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman em The Master (EUA)
Prémio Coppa Volpi para Melhor Atriz: Hadas Yaron em Lemale et Ha’Chalal (Israel)
Prémio Marcello Mastroianni para Ator Revelação: Fabrizio Falco em È stato il figlio (Itália) e Bella Addormentata (Itália)
Melhor Argumento: Apres Mai, de Olivier Assayas (França)
Melhor Contributo Técnico (Fotografia): Daniele Cipri por È stato il figlio (Itália)
Leão do Futuro - Melhor Primeiro Filme: Kuf (Mold), de Ali Aydin (Alemanha, Turquia)
Secção Orizontti
Melhor Filme: San Zimei, de Wang Bing (França, Hong Kong)
Prémio do Júri: Tango Libre, de Frederic Fonteyne (França, Bélgica, Luxemburgo)
Melhor Curta-Metragem: Cho-De, de Yoo Min-young (Coreia do Sul)
European Film Awards: Titloi Telous, de Yorgos Zois (Grécia)
Leão de Ouro de Carreira: Francesco Rosi
Prémio Jaeger-Lecoultre Glory to the Filmmaker: Spike Lee
Prémio Persol: Micahel Cimino
Prémio L'Oréal Paris para o Cinema: Giulia Bevilacqua
Esta semana nos cinemas:
"Falling in love is an act of magic."
Conta a lenda grega que o rei cipriota Pigmalião, um notável escultor, vivia amedrontado com a conduta imprópria das mulheres do seu império, optando por viver sozinho e totalmente mergulhado no trabalho. Mas porque uma vida de isolamento pode ser incrivelmente dolorosa, Pigmalião esculpiu uma figura perfeita de mulher a quem chamou Galateia. A mulher de marfim era tão bela e tão “viva” que o rei acabou mesmo por se apaixonar por ela.
Presenteando Galateia não raras vezes com roupas, joias e beijos apaixonados, o escultor estava cada vez mais enamorado pela obra, e implorou a Afrodite para que pusesse no seu caminho uma mulher à imagem da que criara.
Benevolente, a deusa do Amor atendeu ao pedido, e quando Pigmalião chegou a casa, a estátua de marfim ganhou vida, tornando-se, até ao fim, sua esposa.
Poderá muito bem ter sido no mito grego que Zoe Kazan encontrou a inspiração para Ruby Sparks, a comédia romântica sobre o fascínio e os limites da magia da criação que estreou entre nós nesta primeira semana de Setembro.
Vítima da mais violenta enfermidade artística – o bloqueio criativo – Calvin (Paul Dano), um jovem e talentoso romancista, tenta por termo à vida solitária com a criação de uma nova personagem inspiradora que, qual sonho arrebatante, é capaz de o amar. E eis que Ruby Sparks (Zoe Kazan) de seu nome lhe aparece, em carne e osso e literalmente, do outro lado da cama.
Ruby tem uma história e uma dimensionalidade própria, não obstante a sua origem criativa. É uma pintora de Dayton, Ohio, e tem como heróis de vida Humphrey Bogart e John Lennon. Gosta de filmes de zombies e está apaixonada por Calvin. Está tudo maravilhosamente bem para o rejuvenescido jovem prodígio da literatura. Isto é, claro, até deixar de estar.
Se os genes não fazem tudo, é certo que, pelo menos ajudam. Neta de Elia Kazan (East of Eden, 1955), e filha de Robin Swicord (argumentista de The Curious Case of Benjamin Button, 2008) e Nicholas Kazan (argumentista de Matilda, 1996), Zoe Kazan estreia-se na escrita do argumento de Ruby Sparks, onde interpreta a personagem titular.
O filme pertence-lhe, inequivocamente. Já que Hollywood é tão acusada de não produzir personagens femininas interessantes em número suficiente (admito que me incluo na frente dessa revolta), Kazan atacou o problema pela raiz na criação de Ruby Sparks, que em resposta à presença intimidante da “femme fatale” noutras paragens, apresenta uma espécie de “femme de couleur” que tem aflorado nos últimos anos no cinema indie norte-americano – como a eterna Clementine de The Eternal Sunshine of the Spotless Mind, ou a dinâmica Sam de Garden State ou a primaveril Summer de (500) Days of Summer.
Ninguém perde tempo em explicações desnecessárias sobre a origem literal da personagem titular porque, ao contrário do que poderá parecer numa primeira instância, a questão que se impera colocar não é tanto “será Ruby real?”, entendendo os meandros da sua transferência da ficção para o facto, mas “até onde irá a ditadura do controle de Calvin?”.
A mecânica das relações amorosas e, no fundo, da vida é minuciosamente analisada – a mudança constante da natureza do controle, a dinâmica das personalidades em choque e a idealização, definição e redefinição do amor, o ciúme, o medo, as dúvidas de identidade.
Pode ser um terreno traiçoeiro, aquele que se caminha entre a atração primordial e o assentar das hostes num relacionamento sério, e Ruby Sparks tem a partilhar uma séria lição sobre esse caminho, entre o início e não o fim, mas a continuação estável.
O argumento é uma mistura inteligente de comédia de alto escalão, referências literárias de luxo, e uma exposição elaborada sobre a natureza das relações e do que procuramos nelas. A boa notícia é que Kazan não torna tudo “perfeito e bonitinho”, e somos presenteados com um exercício persuasivo, mesmo quando mergulha nos volteios mais espinhosos do trato, numa criação que toma direções a fazer lembrar a história de Frankenstein.
Por mais que me apeteça prezar este esforço genuíno de equipa, não sou cega perante as suas faltas. A crise obrigatória que se inicia no final do segundo ato é um cliché, algumas peripécias pressentem-se à distância (como a última frase digitada por Calvin), e o final é dolorosamente previsível - uma coroação pouco capaz quando comparada ao elevado nível de qualidade do material que o antecede. Contudo, e tendo em conta que é o primeiro argumento de Kazan, é um feito impressionante.
Jonathan Deyton e Valerie Faris voltam a partilhar a carreira de realização, algo que não faziam desde o indie-hit-movie de 2006, Little Miss Sunshine. Compreendendo a essência e a importância da história que adaptam, a sua postura é incrivelmente flexível – basta colocar a câmara no sítio certo, e retocar a cena ao de leve para que a magia tenha lugar.
Um casal real dirige um outro casal real que, por sua vez, interpreta um casal fictício. Mel a mais? Aparentemente sim, mas factualmente não.
Paul Dano vem provar, uma vez mais, que é um dos mais versáteis e talentosos atores da sua geração com o retrato doloroso de uma personagem na qual nos revemos. Todas as emoções são amplificadas ao máximo, e é deixada a prova de como alguém é capaz de fazer da inspiração, do amor e da dor um enorme espetáculo.
Por outro lado, Kazan é frenética, encantadora, assustada, divertida, pegajosa, emocional e despregada, e a sua Ruby Sparks carrega em si toda a vivacidade (e sonhos) do mundo. A química com Dano é eletrizante.
Nos secundários, e além do essencial irmão de pés assentes no chão interpretado com rigor e graça por Chris Messina, destacam-se, obviamente, o alegre núcleo familiar de Calvin – a mãe hippie, Annette Bening e o padrasto naturalista, Antonio Banderas.
Neurótico ao ponto de fazer lembrar a melhor forma de Woody Allen, Ruby Sparks equilibra-se firmemente na linha que separa o artístico do mainstream.
Uma comédia romântica refrescante, com performances de alto nível, um argumento soberbo e um conceito que noutras mãos (ou circunstâncias) seria ridículo, mas que se prova aditivamente fascinante e surpreendentemente sincero nos seus intentos. Parte veículo de moralidade, parte meditação cinematográfica, parte romance inventivo luxuosamente adornado, é o tónico perfeito para uma noite de final de Verão.
All you have to do is believe the magic.
8.0/10
Parece que Tabu anda a conquistar o mundo. E que bom sentimento - de orgulho - é este.
"We’re lucky if a single Tabu arrives each year: a film that knows cinema inside out, and uses it to work pure magic. (...) If it isn’t the year’s best, I can’t wait to see what that might be."
Tim Robey, The Telegraph (crítica completa aqui)
"No matter how deep you dig for answers, "Tabu" delivers that much in a perfectly tangible fashion, ending on a note both supremely gorgeous and dangerously remote."
Eric Kohn, IndieWire (crítica completa aqui)
"It's a gem: gentle, eccentric, possessed of a distinctive sort of innocence – and also charming and funny."
Peter Bradshaw, The Guardian (crítica completa aqui)
"An impressionistic enterprise."
Ben Walters, Time Out London (crítica completa aqui)
Pioneira e desbravadora das fronteiras do mundo cinematográfico, Marilyn Monroe foi e é um farol da cultura pop do século XX, uma gloriosa contradição encapsulada numa vida enigmática coroada para a eternidade.
Para ler um pedacinho sobre ela e sobre uma coleção de blu-ray pronta a ser lançada em terras lusas em sua honra, basta seguir o link da imagem.
Já tinha chegado, para ser mais precisa, mas em pezinhos de lã, com duas edições que até no número foram experimentais - 0.0 e 0.5.
Hoje chega a esmagadora #1, e só me apraz louvar a internet, por continuar a poder proporcionar aquilo que, infelizmente, a imprensa já não consegue.
Obrigada e boa sorte Metropolis!
Para os Oscars ainda falta um bom pedaço, mas já se começam a traçar os caminhos dos Grandes filmes do ano, o que, obviamente, inclui o cinema do mundo e não apenas da "ilha" de Hollywood.
É por isso que já começam a aceitar-se apostas para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro do ano - uma categoria pela qual tenho muito apreço, não só porque é sempre um farol de esperança e visibilidade para o cinema português, como é uma pequena janela para o grandioso cinema que se faz pelo mundo fora.
A esmagadora maioria das submissões ainda é aguardada; afinal, ainda há bastante tempo e escolhas pela frente - nem nós temos ainda o nosso candidato escolhido, apesar de ser difícil a decisão andar longe de Tabu ou Sangue do Meu Sangue.
Contudo, já temos à mão-cheia de garantias já alinhadas, temos mais um dedo: Amour, de Michael Haneke, um competidor de peso que "só" foi o vencedor da Palma de Ouro em Cannes há poucos meses.
Assim, e até ao momento, temos asseguradas as seguintes submissões: