Moneyball: Ok, o filme gira à volta do baseball, não há como negar. Mas se este trailer não vos entusiasma nem um bocadinho, vejam se têm pulso, porque devem estar mortos. Este é daqueles exemplos onde não saímos enganados, e o bom trailer é prenúncio de um (muito) bom filme. Comédia q.b. misturada a gosto com bom diálogo e uma pitada material inspiracional fazem de Moneyball um dos petiscos do ano.
Like Crazy: Um dos dramas românticos mais promissores do ano teve sem dúvida um IMENSO trailer a seu favor. Tocante e mágico, é manifestamente melhor que o filme, que apesar de não ser nada de se deitar fora (antes pelo contrário!), fica a uns furinhos do que parecia prometer. É um Blue Valentine + (500) Days of Summer um bocadinho desinspirado, se quisermos.
Shame: Michael Fassbender teve um ano e pêras, o que vai continuar a notar-se no próximo ano ou dois. Shame é talvez o seu título mais forte de 2011, e acho que este trailer dá bem a entender porquê. Não, não digo isto por este ser um filme sobre um homem viciado em sexo, mas porque Steve McQueen promete explorar além disso, e porque Fassbender deverá vir a provar-se como um actor principal definitivo. E porque isto tem um belíssimo e sofisticado aspecto, e por outras mil razões. Ainda não vi o filme, mas mal posso esperar. Parece que o trailer fez bem o seu trabalho, certo?
Drive: O burburinho criado à volta de Michael Fassbender este ano só pôde ser superado pelo de outro homem: Ryan Gosling. Desde comédias românticas a políticos amorais, o homem foi a todas. Drive é o seu título mais falado, e com razão: é o protagonista absoluto, e apesar de o filme andar na corda bamba entre a elevação a estado de culto e o arrasamento por umas quantas cabecinhas pensadoras, críticos digo, temos todos de admitir que aquilo tem tudo MUITA pinta. A começar pelo trailer, que deixou toda a gente maluquinha e à espera do “novo Pulp Fiction”. Não o é, nem em tom, nem em tema. Talvez mesmo só em trailer. Constrói-se das cenas mais mexidas, quando o filme é bastante mais atmosférico, contendo várias camadas. Mas que vale a pena, ai isso vale.
The Artist: Não tenho bem a noção de como se constrói, no século XXI, o trailer de um filme mudo e a preto e branco. Não tinha, talvez seja essa a forma verbal correcta, até ver a tentativa de The Artist, o filme francês que tem vindo a encantar o mundo. Talvez seja concorrência desleal… imagens com este aspecto, com esta classe trazem sempre a nostalgia por um tempo que já lá vem longínquo, mas que nunca se apagará da história. Um tempo em que, no maior sentido da questão, uma imagem valia por mais de mil palavras.
Martha Marcy May Marlene: Tenho de admitir que o trailer deste drama atmosférico e excepcionalmente bem feito não me chamou muito à atenção à primeira vista. É agora, depois de ter visto o filme, que o considero um dos mais bem conseguidos do ano. A tensão vai-se construindo peça a peça, e o final ao som de "Marcy's Song" por John Hawkes é simplesmente aterrador. Mas não esperem um thriller cheio de voltas e reviravoltas, o que aqui temos é um fascinante pedaço de contemplação sobre o trauma de uma alma completamente perdida no mundo.
The Tree of Life: Incontornável, certo? Já alguns de vocês devem conhecer a minha fascinação pela Árvore, mas tudo começou quando, um dia, este trailer me apareceu à frente. Tudo aqui é Malick e tudo aqui é vida. E ninguém quer enganar ninguém: este É o trailer do filme que apresenta. E eu fico muito feliz e agradecida por isso.