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Snorricam - O que um bom champô pode fazer

por Catarina d´Oliveira, em 30.11.11

Bem visto!

 

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Snorricam - Portugueses segundo Hollywood

por Catarina d´Oliveira, em 30.11.11

Sábado fez uma compilação interessante de alguns célebres vislumbres portugueses na cultura televisiva e cinematográfica americana. Muitíssimo bem apanhado, mas um pouco triste...

 

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Awards Season - Algumas novidades dos primeiros prémios

por Catarina d´Oliveira, em 30.11.11

O dia de ontem trouxe novidades fresquinhas, mas como andei a braços com um trabalho para o Mestrado não pude passar por aqui. Contudo hoje, vamos lá ver do que tratam essas novidades!  

 

 

Os IFP Gotham Independent Film Awards têm uma importância bastante interessante no panorama da awards season norte-americana: são os primeiros a serem entregues. É um festival que celebra filmes independentes que, por vezes, não têm espaço nas cerimónias maiores.

 

 

Pela primeira vez em 21 anos, houve um empate na categoria de Melhor Filme, com Beginners e The Tree of Life a levarem o galardão para casa. A seguir temos a lista completa de vencedores:

 

Best Feature (TIE!): The Tree of Life and Beginners
Best Documentary: Better This World
Best Ensemble: Beginners!
Breakthrough Actor: Felicity Jones, Like Crazy
Breakthrough Director: Dee Rees for Pariah
Audience Award: Girlfriend
Best Film Not Playing at a Theater Near You: Scenes of a Crime

 

*** ***

 

Realizando-se mais cedo do que o habitual, os New York York Film Critics também anunciaram ontem os seus vencedores. Como tem vindo a ser cada vez mais esperado, The Artist vai ganhando mais e mais hype e levou os prémios mais cobiçados para casa. Nas interpretações, até houve dois actores (Brad Pitt e Jessica Chastain) a levarem para casa dois prémios por causa de dois filmes cada um, uma faceta que os Oscars não permitem. Consultem em baixo a lista completa dos felizes contemplados.

 

  • Best Picture: “The Artist”
  • Best Director: Michel Hazanavicius for “The Artist”
  • Best Screenplay: Steven Zaillian and Aaron Sorkin for “Moneyball”
  • Best Actor:Brad Pitt for “Moneyball,” and “Tree of Life”
  • Best Actress: Meryl Streep for “The Iron Lady”
  • Best Supporting Actor: Albert Brooks for “Drive”
  • Best Supporting Actress: Jessica Chastain for Tree of Life, The Help and Take Shelter
  • Best Cinematography: Emmanuel Lubezki for “Tree of Life”
  • Best First Feature: Margin Call
  • Best Documentary: Cave of Forgotten Dreams
  • Best Foreign Language Film: A Separation

 

 *** *** ***

 

Os Independent Spirit Awards também anunciaram as suas nomeações para a cerimónia a realizar-se dia 25 de Fevereiro de 2012, o dia antes dos Oscars. Mantendo o espírito indie em alta, os Spirit Awards reconheceram muitos filmes que não deverão ter tanta sorte em cerimónias mais proeminentes como Another Earth ou 50/50, e confirmaram a presença de alguns titãs como The Descendants e The Artist. Segue a lista de nomeados.

 

 

Best Feature:
50/50
Beginners
Drive
Take Shelter
The Artist
The Descendants

 

Best Director category:
Mike Mills (Beginners)
Nicholas W Refn ( Drive)
Jeff Nichols (Take Shelter)
Michel Hazanavicius (The Artist)
Alexander Payne (The Descendants)

Robert Altman Award for one film’s director, casting director and ensemble: Margin Call

 

Best Int’l Film:
A Separation
Melancholia
Shame
The Kid With a Bike
Tyrranasaur

 

Best Male Lead:
Demian Bichir (A Better Life)
Jean Dujardin (The Artist)
Ryan Gosling (Drive)
Woody Harrelson (Rampart)
Michael Shannon (Take Shelter)

 

Best Female Lead:
Lauren Ambrose (Think of Me)
Rachel Harris (Natural Selection)
Adepero Oduye (Pariah)
Elizabeth Olsen (Martha Marcy May Marlene)
Michelle Williams (My Week with Marilyn)

 

Best Supp Male:
Albert Brooks (Drive)
John Hawkes (Martha Marcy May Marlene)
Christopher Plummer (Beginners)
John C. Reilly (Cedar Rapids)
Corey SToll (Midnight in Paris)

 

Best Supp. Female:
Jessica Chastain (Take Shelter)
Angelica Huston (50/50)
Janet McTeer (Albert Nobbs)
Harmony Santana (Gun Hll Road)
Shaileen Woodley (The Descendants)

 

Best Doc:
An African Selection
Bill Cunningham New York
The Interrupters
The Redemption of General Butt Naked,
We Were Here

 

Best Screenplay:
Joseph Cedar (FootNote)
Michel Hazanavicius (The Artist)
Tom McCarthy (Win Win))
Mike Mills (Beginners)
Alexander Payne, Nat Faxon & Jim Rash (The Descendants)

 

Best 1st Screenplay
Mike Cahill & Brit Marling (Another Earth)
J.C. Chandor (Margin Call)
Patrick DeWitt (terri)
Phil Johnston (Cedar Rapids)
Will Reiser (50/50)

 

Best Cinematography:
Joel Hodge (Bellflower)
Benjamin Kuh-Sulk (The Off Hours)
Darius Kond-Jee (Midnight in Paris)
Gui-omme Shiffman (The Artist)
Jeffrey Waldron (The Dynamiter)

 

John Cassavetes Award (films made for under $500,000):
Bellflower
Circumstance,
Hello Lonesome
Pariah
The Dynamiter

 

Best First Feature noms:
Another Earth
In The Family
Margin Call
Martha Marcy May Marlene
Natural Selection

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Flashforward - O novo IVA dos bilhetes de Cinema, parte II

por Catarina d´Oliveira, em 29.11.11

Depois de tanta água ter corrido neste post, parece que o IVA vai voltar novamente à conversa.

 

O PSD e o CDS anunciaram ontem uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado para que o IVA das actividades de cultura se passe a situar na taxa intermédia ao invés da taxa máxima, como a proposta inicial do Governo declarava. A ZON Lusomundo, por exemplo, já fez saber o que este aumento do IVA quererá dizer em termos práticos: em 2012 os bilhetes de cinema serão mais caros entre 40 a 60 cêntimos.

 

Bom, bom seria que os preços não subissem, não é? Mas tendo em conta a conjuntura actual do país, todos temos de dar mutuamente o braço a torcer. O Governo, de certa forma, fez a sua parte, e por mais críticas que lhe possamos tecer, deve reconhecer-se.

 

 

Se um IVA de 23% me parecia excessivo e algo castrador para um sector que já acarreta algum custo, o IVA de 13% parece-me perfeitamente adequado. Não só aqui temos de reconhecer que o país está em crise e que alguns esforços têm de ser feitos, como continuamos a reconhecer a cultura como algo importante e mesmo essencial no nosso país.

 

Paulo Dias, da produtora UAU, diz que estes 13% vão minorar as consequências no sector que tem vindo contudo a ressentir-se da crise há já algum tempo: "É claro que vamos fazer menos espectáculos, menos concertos, vender menos bilhetes... Tudo isso se vai reflectir em despedimentos e num abrandamento da economia. Mas é a realidade que temos - e é melhor que uma realidade com IVA a 23%" (in Público).

 

Não pretendo aqui entrar em discussões sobre se é mais importante comer, ou ver um filme, ou ler "A Bola". O que quero aqui dizer hoje é que fico contente que a cultura continue a ter oportunidades e reconhecimento, por mínimos que sejam, e que acredito que poderemos ainda dar a volta por cima.

 

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New Shots - 28 de Novembro a 4 de Dezembro de 2011

por Catarina d´Oliveira, em 27.11.11

 

Esta semana nos cinemas:

  • Melancholia             Nota IMDB 7.5/10
  • Puss in Boots             Nota IMDB 7.0/10
  • The Debt             Nota IMDB 7.1/10
  • Anonymous             Nota IMDB 6.8/10
  • Buried              Nota IMDB 7.1/10

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Point-of-View Shot - 50/50 (2011)

por Catarina d´Oliveira, em 25.11.11

 

You can't change your situation. The only thing that you can change is how you choose to deal with it.”

 

 

Há dois caminhos para esta review, espelhando um pouco daquilo que vemos no ecrã. Ou encaramos isto de cabeça em baixo e de uma forma dramática, ou resolvemos baixar as calças, deitar a língua de fora, quem sabe fazer um gesto menos próprio com as mãos – o que trocado por miúdos, foi exactamente o que o argumentista Will Reiser decidiu fazer com 50/50, uma história com raízes autobiográficas na sua própria batalha contra o Cancro.

 

Viram como escrevi com maiúsculas?

 

Num momento solene tão bem retratado pela objectiva, um jovem saudável, sem vícios ou maus hábitos, entra no consultório médico para ver a sua vida desmoronar-se à frente dos olhos. Tudo o resto se desvanece, todos os sons são indistintos.

 

Cancro.

 

O poder de uma palavra é por vezes devastador, mas também faz parte do nosso papel desmistificar esse peso. Porque é apenas uma palavra, e por mais assustadora que nos possa parecer, é apenas isso. Uma palavra. Não uma sentença de morte. Portanto, a partir de agora, falaremos de cancro, com minúsculas!

 

 

Continuando, o filme baseia-se então na experiência real do argumentista e seguimos Adam, um produtor de rádio que, apesar de todas as precauções para levar uma vida saudável, se vê a braços com o diagnóstico de um inesperado tumor maligno da coluna que tem uma hipótese de cura de 50/50. Quando ganha coragem para contar ao melhor amigo, Kyle, ele remata aliviado “se estivesses num casino, tinhas a melhor hipótese!”. Como ouvi por aí, é como se Kyle fosse um “id andante”, a mandar as bocas mais foleiras, e no fundo a dizer o que mais ninguém tem coragem para dizer, o que apesar de ser muito ao estilo de Rogen, dá à história e ao seu personagem uma grande honestidade.

 

Afinal um filme sobre cancro pode ter piada.

 

Mas além de ter piada, ainda tem tempo para explorar a ansiedade e as replicações sociais que o diagnóstico tem na vida do doente. Esta é uma história sobre amizade, amor, sobrevivência, e uma prova de que de facto o humor pode estar nos lugares mais improváveis.

 

Sim, é uma mistura desconfortável e perigosa de assuntos, mas a seriedade da doença nunca é posta em causa, e enquanto é tratada com respeito por Reiser e pelo realizador Jonathan Levine, também lhe vê embutida uma boa combinação de graça, compaixão e rebeldia q.b. que torna este um filme incrivelmente inspirador.

 

 

O tema não podia ser mais sério, mas os momentos cómicos não também podiam parecer mais espontâneos. A organicidade de tudo, desde a característica tão masculina de esconder as emoções até usar o humor para as mascarar é perfeita. O argumento é muito bem escrito e Reiser, um estreante nestas andanças, saltita entre o cómico e o terrivelmente trágico com um timing perfeito, nunca deixando nenhuma das facetas arrastar-se por demasiado tempo.

 

Numa entrevista, Seth Rogen falou sobre os momentos que passou com o amigo Will Reiser enquanto este estava doente, defendendo que “não foi sentimental, nem sequer muito emocional. Foi comovente e muito catártico por vezes, mas de uma forma geral, só estávamos a tentar seguir com a nossa vida”.

 

Fiquei muito feliz por constatar que esta não era uma daquelas abordagens filosóficas em que ter cancro nos faz repensar inteiramente a nossa vida. Ainda que isso realmente aconteça, é refrescante ter um filme que apenas nos mostra como é lidar com algo realmente trágico. Há algo aqui extremamente real que só quem vir o filme pode atestar. É aí que 50/50 brilha. A correr riscos. A fazer rir entre momentos cortantes. A mostrar-nos como humanos que somos.

 

 

O filme pertence sem sombra de dúvida a Joseph Godon-Levitt que vem uma vez mais provar todo o seu talento como protagonista numa performance subtil mas cheia de nuances que esconde mais do que o que mostra e que inclui perda de cabelo, guerras emocionais e a capacidade de provocar no espectador um sentimento de reconhecimento e sorte por tudo o que temos de bom na vida, especialmente algo que tantas vezes esquecemos e tomamos por garantido – a saúde.

 

Seth Rogen traz-nos o mesmo personagem de sempre, ainda que este me pareça o mais multi-dimensional que vi dele, o que merece definitivamente reconhecimento – além de que algumas das suas piadas foram MESMO engraçadas. E ainda vale a pena acrescentar que o “bromance” com Gordon-Levitt é um dos melhores que tem aparecido nos cinemas nos últimos anos – quem diria que só se conheceram no set deste filme?

Anjelica Huston oferece-nos um retrato surpreendente de uma mãe que é de facto controladora, mas que se revela muito mais do que isso – podemos ver o medo e o amor na preocupação genuína a alguém a quem as doenças não têm dado tréguas. Philip Baker Hall e Matt Frewer são fantásticos nas poucas cenas que têm como companheiros de quimioterapia de Adam.

 

E o que fica a destoar neste irreverente quadro? Infelizmente, os interesses amorosos de Adam. Por um lado, Kendrick faz basicamente o mesmo papel de Up in the Air, o que a mim me sabe a pouco apesar de a química com Gordon-Levitt ser perfeita. Já Bryce Dallas Howard não melhora muito a sua reputação de The Help para aqui interpretar uma mulher desdenhosa, desinteressada e desinteressante e até algo odiosa. Dois clichés, portanto.

 

 

50/50 é um crowd-pleaser, também não haja dúvida disso. Mas quantos deles se podem gabar de serem inteligentes, corajosos, divertidos e humanos ao mesmo tempo? Não tantos assim. É comovente sem ter vergonha disso, mas nunca toma o caminho fácil.

 

O título original de era I’m with Cancer, um pesadelo de marketing ainda maior para um filme que tem sido muito vendido como um pioneiro de um sub-género delicado: cancer comedy  (parece que, afinal, rir é mesmo o melhor remédio).

 

Às vezes as palavras não fazem justiça ao que sentimos, este é um dos casos. Esta foi uma experiência muito emocional e especial para mim, e apesar de não vos ter conseguido transportar para esse lugar com a minha review, é com uma lágrima no olho, exactamente como quando os créditos começaram a rodar vos digo: não se atrevam a não ver isto, porque estariam a perder um dos melhores e mais humanos filmes do ano.

 

9/10

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Smash Cut - Judd Apatow e Francis Ford Coppola

por Catarina d´Oliveira, em 23.11.11

 

"Since comedies are rarely  up for Oscars it does make sense to have a comedy category.  It would just add more fun categories. They already expanded to ten nominees for best picture-  So if that why not this? "

Judd Apatow - realizador e argumentista (sobre os Oscars)

 

 

Uma observação interessante e que não deixa de ter um fundo de verdade. Os Oscars bem precisavam de um bocadinho mais de animação, mas a criação da categoria de comédia ia levantar outro problema - e os outros géneros?

 

*** *** ***

 

 

 "There should only have been one".

Francis Ford Coppola - produtor, realizador e argumentista (sobre a série The Godfather, referindo-se às duas sequelas)

 

 

Já Coppola deve ter partido muitos corações, não fosse The Godfather: Part II considerado por muitos como a melhor sequela de todos os tempos. 

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Outtake - Actualização de links

por Catarina d´Oliveira, em 22.11.11

Hoje calhou olhar ali para a lista de links amigos e reparei que aquilo já precisava de uma actualizaçãozinha.

 

Acredito que a maior parte destes blogs vocês já conheçam - se não, deviam conhecer! - , mas de facto a nossa blogosfera de Cinema é tão rica que não posso deixar de destacar as novidades da lista que podem encontrar na barra do lado direito do blog.

 

 

Em primeiro lugar, destaco, é claro, a Magazine-HD, um projecto ao qual já estou ligada há vários meses e que apesar de ter visto a sua vida na imprensa comprometida, continua bem vivo (cada vez mais, diga-se) noutras plataformas, na qual se inclui o online. É um grande orgulho fazer parte daquela equipa.

 

De resto, acrescento blogs que considero de qualidade e que sigo sempre que posso - desde pessoal da "velha guarda" (como o Keyzer Soze's Place, Doces ou Salgadas e o Cinema), passando por bloggers que já vão sendo um habitué (Sétimo Continente, Créditos Finais, Um Dia Fui ao Cinema, Rick's Cinema e Portal Cinema) até aos mais novinhos nestas lides (Dial P for Popcorn e Rato Cinéfilo).

 

Não deixem de lhes fazer uma visita.

 

 

 

 

 

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Deep Focus - Casais do séc. XXI vistos pelo Cinema

por Catarina d´Oliveira, em 21.11.11

 

Não é novidade nenhuma vermos casais no cinema. Bom, não estou a falar daqueles que passam o filme inteiro a engolir-se um ao outro na sala, mas daqueles que aparecem, de facto, no ecrã. Há dezenas de anos que os vemos em comédias, dramas, melodramas, you name it. Em todos os filmes, há decerto um casal para observar, não fosse o "acasalamento" esta uma característica simultaneamente tão natural aos seres vivos mas também tão única (pela sua complexidade emocional) no Homem.

 

Contudo se quisermos dar uma de Sherlock Holmes, podemos ver que a representação do casal tem vindo a alterar-se de acordo com os tempos, com o desenvolvimento das sociedades e do próprio cinema. Hoje o casal não é um dado adquirido; é quase que uma identidade dinâmica que pode assumir várias formas, e o Cinema tira especial gozo da sua representação.

 

Depois de alguma reflexão, concluí que existem tendências nestes retratos que espelham muita da realidade deste ainda jovem século XXI. Casais nromais? Não, obrigada. Quanto mais alternativo, melhor! Nas próximas linhas vamos reflectir um pouco sobre estas ditas “modas” dos pombinhos.

 

 

 

Esta categoria não é propriamente uma novidade, mas tem merecido uma atenção especialmente forte nos últimos anos. Não sei se será a crise que põe toda a gente deprimida, ou outra coisa qualquer, mas as histórias de casalinhos que acabam mal, seja porque a chama se extingue ou porque há uma desgraceira ou mesmo porque um deles morre, parecem não ter fim. Há desgraças para todos os gostos, e ao mesmo tempo que adoramos ver uma bela história de amor, também gostamos de, de vez em quando, ver uma bela de uma tragédia grega conjugal.

 

Exemplos recentes:
Blue Valentine (2010) - Casal: Ryan Gosling e Michelle Williams
Like Crazy (2011) - Casal: Anton Yelchin e Felicity Jones
Atonement (2008) - Casal: James McAvoy e Keira Knightley
Brokeback Mountain (2005) - Casal: Heath Ledger e Jake Gyllenhaal
Moulin Rouge (2001) - Casal: Nicole Kidman e Ewan McGregor
Remember Me (2010) - Casal: Robert Pattinson e Emilie De Ravin
(500) Days of Summer (2009) - Casal: Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel
Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Casal: Kate Winslet e Jim Carrey

 

 

 

Por mais que tentemos fugir a este facto, a verdade é que, para trabalhar em cinema, as mulheres têm de fazer pela vida. Não só conta o talento, mas também, e infelizmente muitas vezes mais, conta a beleza. Os homens começam a ser cada vez mais cuidados, mas a verdade é que, desde que tenham uma característica distintiva – muitas vezes, o humor – até se safam bem mesmo não sendo os mais lindos do mundo. Isto leva a que surjam muitas vezes os chamados “casais incompatíveis” ou, se quisermos ser mais mauzinhos, “casais impossíveis”. Toda a gente tem direito a ser feliz, mas às vezes há coisas mesmo inacreditáveis.

 

O grande pai deste tipo de casais, apesar de eles cá andarem há longas décadas (lembram-se do par Fred Astaire/Audrey Hepburn em Funny Face?), é invariavelmente Woody Allen, cujos filmes, talvez por serem escritos, realizados e muitas vezes protagonizados por si mesmo juntam um sujeito geek e desajeitado com uma mulher de beleza quase surreal. Muitos actores têm “seguido” as suas pisadas como Adam Sandler e Ben Stiller.

 

Exemplos recentes:
The Curse of the Jade Scorpion (2002) – Casal: Woody Allen e Charlize Theron.
Forgetting Sarah Marshall (2007) – Casal: Jason Seagel e Mila Kunis
The Dilemma (2010) – Casal: Kevin James e Wynona Ryder
The Holiday (2006) – Casal: Jack Black e Kate Winslet
Whatever Works (2009) – Larry David e Evan Rachel Wood
Midnight in Paris (2011) – Owen Wilson e qualquer das mulheres que aparecem.

 

 

 

Aqueles “amigos gays” que aparecem tantas vezes nas comédias são ao mesmo tempo um reconhecimento e um dispositivo fácil. Reconhece-se que existem, mas não lhes dão espaço suficiente para gerar demasiada polémica, ou sequer para adereçar os problemas que, na verdade, a comunidade homossexual ainda tem de enfrentar no dia a dia, ou ainda simplesmente mostrá-los como pessoas normais que são, com relacionamentos igualmente normais.

 

Felizmente há gente que não gosta de pôr os assuntos incómodos para baixo do tapete, e a homossexualidade tem visto a sua aceitação crescer no cinema, a par das sociedades cada vez mais tolerantes (ainda que lentamente, mas temos de dar o desconto). Philadelphia (1993) foi um dos primeiros grandes filmes de Hollywood a abordar o tema e a discriminação decorrente, mas o século XXI trouxe um mosaico interessante de diferentes abordagens a algo natural que começa paulatinamente a ser mais aceite como normal.

 

Exemplos recentes:
The Kids are All Right (2011) - Casal: Julianne Moore e Anette Benning
A Single Man (2009) – Casal: Colin Firth e Matthew Goode
Brokeback Mountain (2005) – Casal: Heath Ledger e Jake Gyllenhaal
I Love you Phillip Norris (2009) - Casal: Jim Carrey e Ewan McGregor
Milk (2008) - Casal: Sean Penn e James Franco
Valentine’s Day (2010) - Casal: Eric Dane e Bradley Cooper
My Summer of Love (2004) - Casal: Emily Blunt e Natalie Press

 

 

 

A verdadeira moda do século XXI terá de ser os amigos coloridos ou com benefícios. Surgindo com variações, a premissa do casal que não quer complicações mas tem necessidades a satisfazer começa a ser um lugar-comum no Cinema mainstream americano. Prevê-se ainda mais crescimento no futuro.

 

Exemplos recentes:
No Strings Attached (2011) - Casal: Natalie Portman e Ashton Kutcher Love & Other Drugs (2010)
Friends with Benefits (2011) - Casal: Justin Timberlake e Mila Kunis

(500) Days of Summer (2009)  - Casal: Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel

Spread (2009) - Casal: Ashton Kutcher e Anne Heche

 

 

 

Tecnicamente, estes filmes não são protagonizados por casais, mas para efeitos deste artigo, e pela sua ocorrência no Cinema vamos assim considerá-lo.  Um buddy film gira à volta da amizade forte que existe entre os personagens principais que são geralmente do mesmo sexo. Este é um dispositivo utilizado essencialmente pela cultura americana, sendo mais raro na Europa. Laurel/Hardy e Abbot/Costello foram dois dos primeiros pares do tipo a aparecer no cinema, na década de 1930, e desde aí o cinema não mais largou esta ideia. Contudo, o século XXI trouxe uma multiplicação de temas, situações e abordagens a este elemento que fizeram deste “tipo de casal” um must na lista.

 

Exemplos recentes:
Sherlock Holmes (2009) - Casal: Robert Downey Jr. e Jude Law
Bride Wars - Casal: Kate Hudson e Anne Hathaway
Bridesmaids - Casal: Kristen Wiig, Maya Rudolph, Rose Byrne, Melissa McCarthy, Wendi McLendon-Covey e Ellie Kemper
I Love You Man – Casal: Paul Rudd e Jason Segel
Superbad – Casal: Michael Cera e Jonah Hill
Wedding Crashers – Casal: Owen Wilson e Vince Vaughn
Sex and the City – Casal: Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Cynthia Nixon e Kristin Davis
The Hangover – Casal: Bradley Cooper, Zack Galifianakis e Ed Helms

 

*** *** ***

 

Então e vocês? Detectam mais alguma moda nos casais cinematográficos de hoje em dia?

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New Shots - 21 a 27 de Novembro de 2011

por Catarina d´Oliveira, em 21.11.11

 

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