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Ocorreu-me há pouco que nunca vos cheguei a apresentar a segunda parte deste artigo, que é tão importante quanto a primeira: os REMAKES!
Começo por dizer que não sou uma daquelas pessoas que tremam cada vez que ouve a palavra remake, porque na verdade já tivemos provas que podem surgir trabalhos muito bons, ou muito maus, como em tudo na vida.
Os remakes já cá andam há muito tempo, ao contrário do que se possa pensar – M de 1951 é um remake de um filme de 1931 com o mesmo nome, e The Man Who Knew Too Much também tem duas versões: 1934 e 1956 (ambas realizadas por Alfred Hitchcock. Hollywood tem então a tradição (por vezes bem chatinha) de refazer filmes antigos (ou nem por isso) ou estrangeiros. Estes remakes são feitos por variadíssimas razões, sendo a mais comum o dinheirinho que se pode arrecadar mais facilmente.
Antes de avançarmos, vale a pena fazer três distinções em termos de definições para não haver confusões sobre o que vamos estar a falar:
Posto isto, vamos lá ver em que situações é que é aceitável considerar fazer um remake:
1. Histórias de domínio publico que já foram recriadas muitas vezes
Já surgiram tantas histórias baseadas nos Três Mosqueteiros, no Drácula e afins que já é quase genética e logicamente impossível para nós rejeitá-las. Por vezes, surpreendentemente, até surge uma ou outra boa.
2. O original já está muito passado, seja no ritmo ou no estilo
Se o original de um filme que se pretende refazer tiver um ritmo que quase nos põe de coma, luz verde para avançar! Bons exemplos deste fenómeno foram Ocean’s 11 e The Thomas Crown Affair.
3. O original não é muito conhecido/adorado
Aqui vale a pena justificar com um contra-argumento. Pelo amor de deus, não me vão refazer clássicos que sobreviveram ao tempo, tipo Casablanca, Citizen Kane e coisas do género. A verdade é que HÁ filmes intocáveis, e aqui é crucial que se lembrem disso.
4. O original é fraquinho e ninguém se importa que o remake seja feito
Não sendo filmes intocáveis, podem tornar-se bem melhores quando refeitos pela mente certa.
5. A maioria da audiência actual não viu o original
Bom, esta parece-me uma boa razão para um remake. Um dos argumentos mais fortes para produzir uma re-criação de uma história antiga, é dá-la a conhecer a espectadores mais jovens que, de outra forma, não tomariam contacto com ela. Bom, é verdade que podem sempre ir alugar o filme, ou mesmo pirateá-lo, mas vale sempre a pena tentar.
fontes: Screenrant
(Continua... No próximo post serão discutidas algumas das regras básicas dos remakes)
Esta semana nos cinemas: