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Todos os dias o cinema fica mais pobre. Todos os dias alguém que dava a sua vida à sétima arte (ou vivia por ela), deixa um vazio que não será nunca mais preenchido da mesma maneira. Hoje é um dia triste, porque um insubstituível nos deixou.
Raoul Ruiz não resistiu à luta contra o cancro e faleceu hoje, segundo o anunciado pela produtora Clap Filmes.
Com 70 anos, o realizador chileno dirigiu mais de 100 filmes distribuídos por três décadas de carreira. O seu último filme, o badalado Mistérios de Lisboa arrecadou a Concha de Prata no Festival de San Sebastian em Espanha, o Prémio Louis Delluc, o Prémio da Crítica na Mostra de São Paulo e três Globos de Ouro (nacionais), fazendo sucesso não só no nosso país como também internacionalmente - estreou-se a este mês em Nova Iorque e em Los Angeles e a Music Box Films (distribuidora nos Estados Unidos) considerou o filme um sucesso de bilheteira na primeira semana de exibições.
O último filme de Ruiz, que se baseia na obra de Camilo Castelo Branco, já foi exibido em França, Espanha, Taiwan, Suíça e Bélgica e ainda vai estrear noutros países, como Japão, Brasil, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.
"Raúl Ruiz tinha um poder de invenção único, o que o faz ser um dos grandes inventores do século XX e deste século".
(Paulo Branco, produtor de cinema)