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Tom Sherak, o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, anunciou há dias as principais datas relativas à próxima edição dos dos Oscars, em 2012.
Assim, temos que:
Houve por aí rumores de que os Oscars se poderiam alterar para Janeiro, de forma a tentar aumentar os ratings televisivos. Contudo, a Academia decidiu manter-se como está, continuando a avaliaçar continuamente os prós e contras desta sugestão para o futuro próximo.
Está disponível o trailer de Harry Potter and the Deatlhy Hallows Part 2! É já a versão inglesa e que bom, que excelente aspecto que isto tem! Está mudado; a música, o aspecto, tudo. A saga cresceu até se vir a tornar no estrondoso épico que o trailer aparenta ser. Foi para isto que esperamos 10 anos.
E não parece de todo que tenha dado um mau resultado.
Esta semana nos cinemas:
Um estudo conduzido pelo serviço de aluguer de filmes britânico LOVEFiLM descobriu aquilo que, no fundo já todos sabíamos: há por aí à solta uns quantos aldrabões que mentem sobre os filmes que já viram. O inquérito questionou uma amostra de britânicos sobre se alguma vez tinham mentido sobre os filmes que viram, e 80% confessou ter esqueletos no armário.
O mais aldrabado da lista foi The Godfather, o clássico da máfia de Francis Ford Coppola, com 30% das pessoas a admitirem não ter, de facto, assistido, o que pode querer dizer que um bom molho dos vossos amigos vos podem ter mentido também. Na lista surgem géneros vários desde o romance (Casablanca), até ficção ciêntífica (2001: A Space Odyssey).
Bom, a sondagem não é científica, mas não deve estar longe da verdade. Quem é que pelo menos não se sentiu já embaraçado por, no meio de uma conversa de cinema, todos os participantes falarem de um filme, pior ainda se for um clássico, e nós não termos sequer ideia sobre o que fala? Temos de admitir que é chato e que por vezes o semi-bullying do "o quê? não viste?? toda a gente viu isso pá! grande xóninhas!" não é agradável...
Se bem que, tenho de admitir que também já me aconteceu estar certa de que vi um filme que mais tarde vim a confirmar que não vi... anyway, segue a lista dos filmes mais aldrabados da história, pela mão da audiência:
1. The Godfather (30%)
2. Casablanca (13%)
3. Taxi Driver (11%)
4. 2001: A Space Odyssey (9%)
5. Reservoir Dogs (8%)
6. This Is Spinal Tap (7%)
7. Apocalypse Now (6%)
8. Goodfellas (5%)
=8. Blade Runner (5%)
10. The Great Escape (4%)
Notícias sobre a bilheteira titânica de Avatar não são novidade; o que é notícia é quando surge aquele filme, aquele dark horse que destrona o rei da box office. Em Hong Kong isso aconteceu: também foi via 3D e também foi inovador... kind of.
Sex and Zen: Extreme Ecstasy, é considerado o primeiro "grande "filme erótico em 3D alguma vez feito e entrou em cartaz em Hong Kong. A grande surpresa é que a inovação erótica e já bateu recordes de boxoffice no lançamento, superando até nas contas do país o colosso Avatar, que rendeu no mundo mais de 2,7 biliões de dólares americanos.
A produção arrecadou 2,8 milhões de dólares de HK no seu primeiro dia de lançamento, ultrapassando o épico de James Cameron, que facturou 2,6 milhões no mesmo período. Ao que foi possível apurar, o filme já arrecadou 15 milhões de dólares de HK deste a estreia.
3D Sex and Zen: Extreme Ecstasy é um remake de um filme com o mesmo nome de 1991 sobre um professor sexualmente frustrado na antiga China que se vê "perdido" no harém de um novo amigo.
E querem mais uma boa notícia? Para os que não sabiam ainda, Tinto Brass está com muita vontade de refazer Calígula... também em 3D. É um dia feliz para o cinema (ou não...).
"Humans are, quite simply, the greatest destroyers of all time"
Rage é um exame minucioso ao poder da internet e da era das confissões compulsivas; um aviso feito a um ambiente saturado de informação que confere poder aos jovens que sabem de cor as linhas e curvas do universo cibernético, deixando os adultos reféns da sua ignorância.
A premissa é simples: um estudante entrevista uma série de pessoas durante a Semana de Moda de Nova Iorque, filmando-as com o seu telemóvel. Neste ano em particular, o hype é ainda maior, uma vez que ocorrem homicídios e todos são suspeitos e vítimas figurativas.
Primando pela simplicidade, Rage revela o lado mais negro da beleza. Ao utilizar computadores e telemóveis como meio principal de disseminação, Sally Potter reconhece o espectador como o principal componente da história, mantendo-se em cheque com a cultura on-demand actual. Estamos afinal a olhar para um ecrã, ou para um espelho?
É claro que toda a envolvência é pouco verosímil: na vida real, é difícil que um jornalista de uma publicação renomada obtenha mais do que cinco minutos de conversa com os entrevistados, mas em Rage, o estudante Michelangelo arranca vários e demorados depoimentos de todos. Mas o melhor que fazemos é nem deixar que este pequeno (grande) pormenor nos afecte.
Como uma crítica séria do mundo da moda, o argumento oferece pouca visão (real) ou subtileza. Se juntarmos todos os discursos, não chegamos a conclusões diferentes daquelas que já tínhamos encasquilhadas na cabeça (sejam elas verdadeiras ou não): a moda, apesar de produzir indubitavelmente maravilhas, é explorativa, oca e muitas vezes má para a figura da mulher.
Mas creio que o objectivo primordial fosse introduzir insight sobre este universo “grotesco” da moda. Rage é de facto um magnífico porta retratos das suas caricaturas estereotipadas, algumas bem vívidas e divertidas, muito por culpa dos próprios actores e das suas faces e maneirismos.
A experiência de Potter é astuta: o centro da narrativa é um homicídio mas, em vez de investigar o que aconteceu, a realizadora detalha as reacções pessoas de pessoas diversas ligadas à indústria da moda com a tragédia.
À primeira vista, estaríamos perante um ensemble de luxo: um elenco de 1ª linha a contracenar num drama passado no universo animal da moda. Mas não houve ensemble nenhum, por assim dizer – cada actor representou sozinho, e obtivemos assim uma série de monólogos ditos directamente para a câmera, acompanhados de close-ups enquadrados num background colorido.
O maior atributo de Rage é a sua simplicidade, e Potter desafia a fascinação da nossa era pela alta tecnologia ao enfatizar as suas limitações.
É uma visão desconstruída de designers, relações públicas, modelos, fotógrafos e outros, todos envolvidos nas graças do dinheiro, celebridade, poder e furor.
O espectador é posto no lugar de Michelangelo já que este não tem nenhuma identidade associada. A sua identidade torna-se a de quem ele filma – como os vê e como se projectam na câmera.
7/10
(*) NOTA - Por vezes os jogos surgirão com o seu nome em inglês. Isto dever-se-á ao facto de eu não ter a certeza de existir a versão do jogo em português ou de não saber o seu nome na nossa língua.
Para visitar a primeira parte deste post, cliquem aqui.
Monopólio
Sobre o jogo: O Monopólio é um dos jogos de sociedade mais famosos do mundo. Propriedades como casas, hotéis, bairros e empresas são compradas e vendidas, e jogadores ficam ricos ou vão à falência.
Porquê a adaptação: É um dos jogos de tabuleiro mais conhecidos do mundo… why not?
Sobre a adaptação: Ridley Scott admitiu que os primeiros tempos foram complicados, já que pensou que tinha de mostrar o jogo e pessoas a correr de um lado para o outro num tabuleiro. Mas rapidamente a Hasbro confirmou que queria apenas um filme, e não uma cópia cinematográfica do jogo. O realizador afirmou que o filme terá um tom contemporâneo e que “tem de ser uma espécie de comédia. Se pairarmos sobre o Central Park de noite num helicóptero, a cidade parece um tabuleiro de Monopólio.”. Um executivo da Hasbro veio enfatizar que o Monopólio será uma “história humana e pessoal; uma história ficcionalizada de uma família com muita intriga”.
Quanto ao enredo, Scott admitiu a certa altura focar-se numa personagem com traços de Donald Trump que batalharia com outros titãs da imobiliária pelos melhores negócios. “É sobre ganância. A ganância tornar-se-á, espero eu, muito divertida” acrescentou o realizador.
Última vez que ouvimos falar dele: Março de 2011
Ouija
Sobre o jogo: O Ouija é um jogo de tabuleiro de madeira com letras, números e outros símbolos e palavras utilizado celebremente para (supostamente) comunicar com espíritos. Uma outra variante é conhecida como jogo do copo, onde exactamente um copo indica as respostas às perguntas colocadas.
Porquê a adaptação: Além de ser muito apelativo para os jovens (quantas noitadas não terão sido terminadas com o ouija/jogo do copo?), ainda temos o factor “espíritos”. Espíritos dão sempre bons sustos, ainda que nem sempre bons filmes de sustos.
Sobre a adaptação: Sobre o enredo sabe-se pouco, mas uma fórmula possível seria: grupo de jovens – jogatana – alguém goza com o jogo – pessoal começa a morrer que nem tordos… familiar? Bem mas deixando as suposições de lado, a produtora de Michael Bay é que pegou neste achado baseado no brinquedo da Parker Brothers. E já que o tabuleiro foi usado algumas vezes nas terras do terror (mais notavelmente em The Exorcist) é apenas natural que os produtores quisessem dar um spin diferente à coisa. Todavia não se sabe bem o que é: já foi descrito como um “filme de família de aventura” (ok, estou um pouco confusa, mas quem sabe não será uma versão mais dark de Jumanji?) mas também já o tomaram como um “thriller sobrenatural”. Seja como for, já vem com problemas antes da nascença: o argumento vai ser trabalhado pelos “artistas” que escreveram Tron: Legacy e a realização está ao cargo de McG.
Última vez que ouvimos falar dele: Janeiro/Fevereiro de 2011
Asteroids
Sobre o jogo: Asteroids é um videojogo árcade lançado em 1979 pela Atari Inc. Foi um dos mais populares e influentes jogos da idade dourada dos jogos arcade. O objectivo do jogo era destruir asteróides sem se deixar atingir pelos seus fragmentos.
Porquê a adaptação: Não há relíquia do passado que não possa ser reciclada e adaptada ao grande ecrã, especialmente segundo a moda que parece ter surgido dos jogos que se tornam filmes. E porquê negar o “brilhante” caminho a um dos jogos árcade mais famosos de sempre? Não vamos ser desmancha-prazeres!
Sobre a adaptação: It keeps getting better and better. Vêem o potencial cinematográfico a sair por todos os poros?? Pois, é porque não tem mesmo. A minha questão é a seguinte: quando um jogo tem como único objectivo controlar uma nave que rebenta com pedras, porquê comprar os direitos da propriedade? Não podiam fazer um filme com naves e pedras espaciais… sem ter de comprar os direitos do jogo? O pior de tudo é que, antes da “grande vitória” da Universal, quatro estúdios andaram à batatada por isto. Quanto ao enredo, pouco se sabe, mas o produtor Lorenzo di Bonaventura disse a certa altura que se focaria em dois irmãos que terão de passar por uma experiência juntos para resolver a sua relação tendo como pano de fundo um monte de pedras perdidas no espaço. Uh, excitante!
Última vez que ouvimos falar dele: Meados de 2010.
Candy Land
Sobre o jogo: Não sei se este jogo existe em Portugal, mas na versão original é um jogo simples de “corrida” de tabuleiro direccionado especialmente a crianças, uma vez que não requer leitura ou cálculos.
Porquê a adaptação: Não faço a mais pequena ideia.
Sobre a adaptação: A Universal já garantiu o argumentista Etan Cohen e Kevin Lima para realizar o live action baseado no jogo de tabuleiro. Lima dirigiu alguns sucessos como Enchanted, Tarzan e 102 Dalmatians e Cohen escreveu filmes como Tropic Thunder e Sherlock Holmes. Esta não parece ser uma fonte de inspiração óbvia, mas o estúdio pode sempre apontar para o mercado familiar/infantil… ou pelo menos assim o espero. Não vejo e não quero nem sequer pensar numa adaptação de Candy Land que não tenha um desses propósitos. Meu deus, que medo! Sobre o enredo nada se sabe ainda, mas num jogo onde os jogadores tentam chegar rapidamente ao final para encontrar o Castelo dos Doces e o Rei dos Doces…. Isto precisava mesmo de ser feito? Mesmo?
Última vez que ouvimos falar dele: Meados de 2009.
Risco
Sobre o jogo: Jogo de tabuleiro de estratégia que foi produzido pela Parker Brothers e actualmente pertence à Hasbro. Foi inventado pelo realizador de cinema francês Albert Lamorisse e foi inicialmente lançado em 1957, como La Conquête du Monde ("A Conquista do Mundo"), em França. Uma partida de Risco tem entre 2 ou 6 jogadores, decorrendo num tabuleiro representando um mapa político do mundo, dividido em 42 territórios agrupados em 6 continentes. Os jogadores capturam territórios uns aos aos outros jogando dados e obtendo uma pontuação mais elevada. O jogo termina quando um jogador conquista todos os territórios.
Porquê a adaptação: Ao contrário de todos os outros, este até pode fazer sentido: estratégia e pensamento são palavras de ordem, e um cenário de guerra é sempre passível de ser bem transposto para o grande ecrã. Além disto, o jogo é obviamente um sucesso.
Sobre a adaptação: A Sony terá de olhar para TMNT, Transformers ou Pirates of the Caribbean como boas oportunidades para filmes baseados em brinquedos/jogos/diversões terem sucesso especialmente entre o mercado mais jovem. Por outro lado, temos de pensar que este terá de ser inevitavelmente um épico bélico, e nós não temos disso aos molhos todos os anos? A boa saída seria talvez pegar em países reais e criar alianças que não existem e por-nos todos à batatada. Isso talvez ficasse porreiro (se bem desenvolvido, claro), ainda que seja difícil imaginar algo que não tenhamos já visto. Vamos apenas fazer figas para, a surgir, o filme de Riscos ser mais Pirata do que Transformer.
Última vez que ouvimos falar dele: Novembro de 2009
*** *** ***
E porque isto é uma moda de que a Universal tem QUASE monopólio, deixamos aqui algumas outras sugestões para outros estúdios que queiram retaliar!
Trivial Pursuit – Se o monopólio pode ser sobre economia, porque é que o Trivial Pursuit não pode ser uma comédia romântica sobre um expert em trivia muito competitivo que se apaixona por uma rapariga, mas que se arrisca a perdê-la quando dá mais importância è Ciência e Natureza do que à sua relação?
Operation – Neste tenso drama medico, um estudante de medicina está de férias pela Europa quando é raptado e forçado a operar um líder revolucionário seriamente ferido. Numa corrida contra o tempo e contra os nervos, o jovem terá de retirar balas e estilhaços do corpo sem cometer qualquer erro… ou então morrerá!
Hungry, Hungry Hippos – À procura de um tesouro perdido na África, um grupo de caçadores tem de enfrentar os carnívoros e super-inteligentes hipopótamos que habitam a zona e que têm fome… muita fome!
Quatro em Linha – Não sei porquê, mas imagino este jogo trazido à vida por Christopher Nolan. Podia ser um jogo psicológico onde dois homens guerreiam em busca da “iluminação”. Eu sei, é genérico, mas lembrem-se que de Inception sabíamos apenas que se passava na arquitectura da mente. Depois só precisamos de contar a história de forma não linear, contratar talvez o Christian Bale e Guy Pearce para protagonistas, e introduzir uns twists. Richie afinal é um clone e Bale já jogou ao jogo um dia, mas recalcou e as memórias teimam em não aparecer. Com Nolan nunca se sabe!
Boa noite pessoal,
O regresso está a ser lento mas está a acontecer... hoje trago-vos mais um carregamento de novidades.
Já percebemos que está na moda trazer contos de fadas ao grande ecrã em modo live action... preferencialmente com o toque "dark". Depois de Alice in Wonderland, é uma enchurrada. Temos três (potenciais) Brancas de Neve a caminho, dois Peter Pan's... enfim.
Desta vez temos uma bela adormecida que leva o tal "dark" para outro nível! Sleeping Beauty realizado por Julia Leigh é uma interpretação muito diferente e radical da que conhecemos. Querem saber o quão twisted é? A personagem principal é uma prostituta que trabalha num bordel onde toma comprimidos para dormir e onde os homens podem fazer dela o que querem, sem que esta se lembre de nada quando acorda. Emily Browning, Michael Dorman, Mirrah Foulkes e Rachel Blake participam nesta pérola. O trailer parece-me muito porreiro para ser honesta.. mas ainda não consigo ultrapassar bem o enredo...
Abduction é realizado por John Singleton e é protagonizado por Taylor Lautner, Lily Collins, Alfred Molina e Jason Isaacs. Ao estilo de Bourne, o adolescente Nathan Harper vê-se às aranhas à procura da sua identidade verdadeira quando encontra a própria fotografia num site de pessoas desaparecidas.
O último trailer dá um sopro de vida a um clássico. O primeiro trailer de Rise Of The Planet of The Apes de Rupert Wyatt chama atenção para a caracterização do primata Caesar, cujos movimentos foram desenvolvidos pela Weta (a mesma empresa de efeitos visuais que trabalhou em Avatar e a trilogia Lord of the Rings). O enredo passa-se antes dos eventos dos filmes anteriores.
Por fim, trago-vos posters de The Hangover II (que dá direito ao macaco ao seu próprio poster), The Cabin in the Woods (que faz "piadas" com a sua data de lançamento) e ainda o regresso de Jim Carrey com Mr Popper's Penguins e Abduction.