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Gérard Castello-Lopes, fotógrafo e distribuidor de cinema, morreu este sábado, em Paris, vítima de doença prolongada.
Nascido em Vichy, França, em 1925, Castello-Lopes viveu em Lisboa e em Cascais, licenciando-se em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, em Lisboa. Enveredou pelos mundos da fotografia e do cinema em 1956, tendo sido membro fundador do Centro Português de Cinema e membro do Conselho Consultivo da Culturgest. Distribuidor de cinema, fotógrafo, crítico de cinema e colaborador em diversos órgãos da imprensa portuguesa, Castello Lopes foi ainda assistente de realização do filme português "Os Pássaros de Asas Cortadas" (1962). Entre outros elementos no seu extenso curriculum, Castello Lopes foi ainda presidente do júri do Instituto Português de Cinema.
A fotografia e o cinema português estão de luto.
"A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira."
Gérard Castello-Lopes
Esta semana nos cinemas:
Muitos de vocês que visitam aqui o blog conhecem o meu desencantamento pelo fenómeno do 3D. Sinceramente, irrita-me, e depois de uma experiência que não vou esquecer tão cedo, resolvi escrever-vos sobre o assunto.
Estou firmemente convencida que o 3D deveria dedicar-se somente aos concertos da Hannah Montana e Justin Bieber, documentários que passam nos museus de ciência e experiências cinematográficas inteiramente dedicadas ao aspecto visual como Avatar e Tron: Legacy, ainda que neste último caso, a utilização efectiva de 3D tenha sido um pouco deficiente e definitivamente sub-aproveitada. Esta é uma tecnologia criada claramente para nos extorquir mais dinheiro e para tornar a vida mais difícil à pirataria.
E eu posso ser muito crítica neste campo, mas gosto e espero que existam filmes que me façam pensar o contrário e que me surpreendam, mas se Avatar nos provou alguma coisa, é que os gráficos e o visual apenas não fazem um grande filme.
Bom sem mais histórias, enuncio-vos as minhas razões para me considerar uma activista do anti-3D por agora.
PREÇO
É claro que os cinemas têm de pagar pelos projectores 3D, mas um bilhete que chega quase aos 10 euros é excessivo. No meu caso, na maior parte das vezes, vou ao cinema ao Almada Forum, que é o que me fica mais perto. Os bilhetes normais estão agora a 6,10€. Felizmente sou estudante e o preço cai para 4,90€. Se por acaso quiser ver um filme em 3D, a taxa e os óculos acrescentam 2,50 € às contas totais. E eu que na minha inocência pensei que se levasse os oculos que já tinha em casa pagava muito menos... não. Os óculos custam apenas 50 cêntimos, e a taxa de 2€ continua a aplicar-se. É um balúrdio.
Em 2009, menos quatro milhões de pessoas foram ao cinema do que em 2001. Em 2010, o número de espectadores aumentou, e a diferença desceu para três milhões. Todavia, com a crise económica e a subida contínua do preço dos bilhetes, não me admira nada que o valor volte a cair em 2011.
MENOS LUZ
É verdade. Mal colocamos os malditos óculos 3D, a sala fica mais escura, bem como a imagem do filme, perdendo-se propriedades importantes de fotografia e exigindo mais esforço dos olhos.
DORES DE CABEÇA
Por causa de todos os movimentos em 3D, os nossos olhos são obrigados a fazer um esforço extra durante todo o filme. Na verdade, o 3D tenta “enganar” o cérebro ao mostrar uma imagem ao olho direito e outra ao olho esquerdo, e a menos que tenham andado a fazer exercícios de olhos, muitos de vocês vão ficar com dores de cabeça mais ou menos fortes e/ou nauseas. (Quem é que tem tempo de fazer exercícios de olhos?) E nem vamos falar dos problemas que este 3D aldrabado poderá causar a longo prazo.
MENOS VISIBILIDADE
Já repararam que os óculos 3D obstruem o campo de visão? Pois… mas é verdade.
ALTERNATIVA AO 3D
Os melhores filmes em 3D chamam-se peças de teatro. E como o preço dos bilhetes de cinema anda, o argumento do “é mais caro” começa a ser cada vez menos válido.
DESCONFORTÁVEL
Usar óculos de sol no cinema não é de todo prático. Eu cá preferia ir para a praia.
IRREAL
Suponho que o grande propósito do 3D seja fazer com que nos sintamos mais imersos no mundo do filme e parecer que estamos dentro daquele mundo. Até pode ser que um dia, com o avanço das tecnologias seja assim, mas neste momento, para mim a ironia é que tudo aquilo me parece desleixado e deselegante.
VER FILMES MAUS CUSTA MAIS DINHEIRO
Ok, já falei do dinheiro anteriormente, mas este ponto é diferente. Eu adoro ir ao cinema. Infelizmente, não posso ir tanto como gostaria, mas não há nada como sentar-me numa sala escura e desfrutar de um ecrã gigante com um som porreiro durante duas horas. Ver um filme é isso mesmo. E enquanto um bom filme pode proporcionar grande enriquecimento para toda a audiência, os maus filmes também não devem ser esquecidos, uma vez que têm as suas particularidades que nos entretêm, mais que não seja por serem muito maus. As más notícias é que o 3D quer aspirar este último divertimento e com o preço excessivo dos bilhetes 3D nos dias de hoje, temos de pagar um dinheirão quando só nos apetece ver um filme mau e dar umas gargalhadas. Vê-se que a tecnologia foi longe de mais quando começa a sugar a alegria de simplesmente ir ao cinema.
*** *** ***
O que é grave nisto tudo é que os poderosos de Hollywood só cheiram o dinheiro e não se preocupam em tentar entender o 3D. Apesar de não ser propriamente uma novidade, depois da passagem da definição normal para alta definição, é perfeitamente natural que o 3D seja o próximo passo. Todavia, o próximo passo não é, claramente, ter de usar óculos escuros no cinema.
Como o 3D está a ser pressionado para todos os campos possíveis, é natural que algumas aplicações tenham sucesso. Por exemplo, acredito que o 3D tenha sucesso no universo dos jogos de computador se se tornar uma vantagem táctica para os jogadores. Quanto a filmes, televisão e coisas do género, se o tipo de evolução for a mesma, prevejo (e espero) que o 3D vá cair no desuso.
É certo que a tecnologia 3D chegará a mainstream um dia. Deverá, aliás, chegar. Mas não agora, e não desta forma, e especialmente, não de óculos escuros. E nesse dia, talvez eu e o 3D possamos ser amigos.
Filme, Ano: To Kill a Mockingbird, 1962
Realização: Robert Mulligan
Descrição da Cena: O advogado Atticus Finch discursa no final do julgamento de Tom Robinson.
(NOTA: peço desculpa pela qualidade, mas era o único vídeo mais visível disponível)
O discurso final de Atticus Finch é comummente considerado um dos mais patrióticos e comoventes discursos da literatura/cinema americanos. Este é um sermão que merece reflexão, porque mesmo com mais de 50 anos passados sobre o filme, o tema ainda está incrivelmente presente Hoje.
Em To Kill a Mockingbird, Atticus eleva o padrão da moralidade a um nível que os restantes personagens não estão preparados para acompanhar. Atticus é um homem maduro e estável que consegue lidar com vários elementos emocionais que sucedem em Maycomb, local onde se passa a acção. Ele é mesmo uma das raras pessoas que reconhece valor nos outros não olhando a cores ou etnias, e nesta linha de crenças, aceita o caso de Tom Robinson, um afro-americano condenado por agressão e violação. Mas este não é um caso qualquer. Este é um caso condenado à derrota, mas mesmo assim, Atticus aceita-o.
Num impressionante discurso obtido a partir de um único e espantoso take (o primeiro), Gregory Peck trouxe-nos um dos maiores heróis americanos. Um homem disposto a ver o bem e o mal em todos nós. Um homem disposto a arriscar-se por um valor que poucos pareciam entender, e muitos estavam prontos a discutir: a igualdade.
Com tantos trailers lançados a propósito do Super Bowl, iniciou-se o debate sobre as melhores surpresas da noite. Indiscutivelmente no grupo da frente segue Captain America: The First Avenger que mostrou as suas primeiras imagens (incluindo as imagens digitalmente alteradas do grandalhao Chris Evans bem mirradinho e o vilão Red Skull) e não desiludiu! Hoje foram disponibilizadas mais algumas imagens em boa qualidade de um dos próximos heróis a invadir as salas de cinema.
Todavia, as boas notícias não acabam aqui. Hoje foi revelada a primeira imagem de Meryl Streep como Margaret Thatcher em The Iron Lady. O filme será realizado por Phyllida Loyd (Mamma Mia) e focar-se-á nos 17 dias que levaram ao envolvimento da Inglaterra na Guerra das Malvinas em 1982.
O resultado é mais uma transformação camaleonesca. Meryl Streep é a única actriz que tem o poder de, basicamente, fazer o que quiser. E diga-se a verdade, variedade não tem faltado na sua interminável carreira de sucesso. E é com grandes certezas que digo que, para o ano, por esta altura... estaremos uma vez mais a discutir o lote de nomeadas para Melhor Actriz Principal, e pela 17ª vez Meryl Streep fará parte da conversa.
Ontem (segunda-feira, dia 7 de Fevereiro), 100 nomeados aos Oscars de 2011 reuniram-se no Oscar Luncheon organizado pela Academia em Beverly Hills, em Los Angeles.
No evento, os profissionais posaram paciente e alegremente para fotografias, falaram com a imprensa e receberam certificados pelas indicações.
Para os mais interessados, podem ver um conjunto de fotografias já abaixo.
(clicar nas imagens para aumentar)
Bom dia amigos.
Hoje trago-vos uma super-remessa vinda quentinha directamente do SuperBowl. Como sabem, este evento tem o costume de mostrar, em primeira mão, vários trailers. Este ano não foi diferente e há muuuitas novidades das quais se destaca, é claro, o primeiríssimo trailer de um dos grandes heróis deste ano - Captain America: The First Avenger. E tenho mesmo a dizer que aquilo não tem nada mau aspecto! Não tem não senhora!
Sem mais demoras, eis os 16 trailers passados no evento.
O Writers Guild of America honra todos os anos os maiores feitos em termos de argumentos de cinema, televisão e jogos de vídeo. Os vencedores de 2010 já foram revelados.
Melhor Argumento Original
Christopher Nolan - Inception
Melhor Argumento Adaptado
Aaron Sorkin - The Social Network, baseado no livro "The Accidental Billionaires" de Ben Mezrich
Melhor Argumento para Documentário
Charles Ferguson e Chad Beck - Inside Job
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Os Annie Awards são prémios entregues aos filmes de Animação, criados pela divisão de Los Angeles da International Animated Film Association.
How to Train Your Dragon foi o grande vencedor da cerimónia com uns espantosos dez prémios vencidos. A seguir, apresento-vos a lista de vencedores em cinema.
Best Animated Feature
How to Train Your Dragon – DreamWorks Animation
Best Animated Short Subject
Day & Night – Pixar
INDIVIDUAL ACHIEVEMENT CATEGORIES
Directing in a Feature Production
Chris Sanders, Dean DeBlois “How To Train Your Dragon” DreamWorks Animation
Writing in a Feature Production
William Davies, Dean DeBlois, Chris Sanders ”How to Train Your Dragon”– DreamWorks Animation
Music in a Feature Production
John Powell “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Production Design in a Feature Production
Pierre Olivier Vincent “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Storyboarding in a Feature Production
Tom Owens “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Animated Effects in an Animated Production
Brett Miller “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Voice Acting in a Feature Production
Jay Baruchel as Hiccup “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Character Animation in a Feature Production
Gabe Hordos “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Character Design in a Feature Production
Nico Marlet “How To Train Your Dragon” – DreamWorks Animation
Character Animation in a Live Action Production
Ryan Page – Alice in Wonderland – Sony Pictures
Esta semana nos cinemas:
Conforme o dia "O" se aproxima mais e mais, parece que os estúdios viram nos documentários boas oportunidades para publicitar os seus filmes. Depois de já vos ter aqui mostrado um vídeo sobre a fotografia de True Grit e os efeitos visuais de Black Swan, trago-vos mais um making of the Black Swan de cinco minutos, um making of the The King's Speech de 23 minutos, e um documentário de 93 minutos sobre The Social Network, separado em quatro links. Não deixem de ver. Enjoy!
DOCUMENTÁRIO - THE SOCIAL NETWORK