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Recontar histórias, ou mesmo reinterpretá-las não é nada de novo.
No passado, não havia forma de gravá-las, por isso, as histórias, as estórias, os mitos e as lendas sobreviviam passando de boca em boca, de geração em geração. Na verdade, e felizmente, esta é um tradição que ainda podemos observar em alguns cantos recônditos do nosso mundo. É fascinante como histórias tão antigas conseguem chegar (quase) intactas aos dias de hoje. É uma realidade interessante esta, apesar de ser muito longínqua da forma estandardizada e desumanizada com que Hollywood reconstrói, na esmagadora maioria das vezes, as suas histórias.
A motivação aqui é dura e fria: mais nome, mais sucesso, mais dinheiro. Um bom filme tem sucesso (bom, às vezes nem sequer tem de ser um bom filme, apenas tem de ter sucesso) e, quais teletubbies amestrados, vemos os estúdios a gritar delirantes “Outra vez! Outra vez!”. Infelizmente, e como diz o povo muito bem, um raio não cai duas vezes no mesmo sítio muitas vezes, e muitas vezes estas repetições saem furadas. E quem fala em repetições, fala também em esticamentos: esticar, esticar e esticar um enredo inicial de um filme para um franchise de 4, 5, 6 ou 7…
Todos o sabemos. As sequelas e os remakes são geralmente incompreendidos no universo cinematográfico. Mas será possível chegar ao sucesso através deles?
Tudo sobre remakes e sequelas no Close-Up nos próximos dias.
Tudo não... mas muito. Ou pelo menos qualquer coisinha... Passem cá para ver!
Filme, Ano: Magnolia, 1999
Realização: Paul Thomas Anderson
Descrição da Cena: Reflectindo sobre as suas vidas, problemas e infelicidades, os personagens de Magonlia cantam a música "Wise Up" de Aimee Mann.
Magnolia é um incrível mosaico sobre as vidas de pessoas "estragadas". Não há protagonistas, e vemos apenas pequenos vislumbres da vida de cada um.
Este clip que partilhei convosco, foi um momento musical totalmente inesperado. P.T. Anderson conseguiu que olhássemos além de qualquer estrela do elenco, e que sentissemos apenas a voz trémula do personagem, dentro de todas as suas inseguranças e derrotas. Do personagem, não do actor, que é algo muito diferente.
E este é um momento onde todos já estivemos... cantando palavras de uma canção que diz aquilo que nós não conseguimos dizer.