Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Seguindo o primeiro post, aqui iniciamos a nossa pequena viagem por alguns dos recantos da grande epopeia sobre o povo português, Os Lusíadas.
No Canto I a narração começa in media res (a meio da viagem) com a frota portuguesa liderada por Vasco da Gama já no Índico. Neste momento dá-se um dos episódios mais famosos da obra camoniana: o Consílio dos Deuses, onde se decide o destino do povo português.
A reunião é presidida por Júpiter, o deus dos deuses, e além deste os principais participantes são Vénus e Marte (velando pelos Portugueses) e Baco (contra os portugueses). O consílio termina com decisão favorável aos portugueses.
Jeff Bridges, Anthony Hopkins. Aqui estaria a minha escolha para Júpiter, ou Zeus, o Deus dos deuses. A razão é simples o ar paternal e justo porém rígido e imperativo pesaram na escolha, ou não serão estes os grandes atributos do grande Deus?
Paltrow e Philippe foram escolhas óbvias pelas parecenças físicas não descurando o talento. A bondade e simpatia de Vénus pelo povo português parece "estampável" nas feições de Paltrow, bem como a força da paixão num intempestivo mas honrado Marte.
Atribuí Baco a Spacey porque, além de algumas lembranças físicas, existe qualquer insanidade e fixação que se opõe à sua natureza (supostamente) pacíficae alegre e no deus do vinho e da folia. Paradoxos com que tantas vezes nos deliciamos com geniais personagens de Spacey (veja-se, por exemplo, John Doe - Se7en - ou Verbal - The Usual Suspects).
--- ---
O resto do Canto I segue a chegada dos portugueses a Moçambique.
O Canto II inicia-se com a travessia até Mombaça que segue com alguns precalços e contra-tempos organizados por Baco contra os lusitanos. Com a ajuda de Vénus, os maus-ventos são ultrapassados e os portugueses chegam a Melinde onde são recebidos pelo rei que pede a Vasco da Gama que conte a história do seu país.
Quanto à grande imagem da glória portuguesa, Vasco da Gama, a minha escolha ficou também dividida.
De um lado temos Eric Bana, com marcadas semelhanaças com Vasco da Gama (na altura em que partiu para a Índia) e um talento já demonstrado na liderança e motivação de um povo (vimo-lo fazê-lo em Troy, onde interpretou o bravo Heitor, príncipe Troiano).
Do outro lado, um homem que, não tendo tantas parecenças físicas, é a autêntica personificação do esforço e devoção pela glória de um povo (como o vimos em Lord of the Rings), Viggo Mortensen, e talvez por esta mesma razão fosse o meu favorito ao lugar.
*** *** ***
No próximo post discutirei os episódios mais importantes do Canto III, bem como os seus personagens centrais. Até à próxima!
Esta semana nos cinemas: