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Point-Of-View-Shot - Vicky Cristina Barcelona (2008)

por Catarina d´Oliveira, em 14.02.09

 

Vicky e Cristina são amigas e misturam-se como azeite e água: Vicky é reservada, sensível e noiva; Cristina procura sensações novas, emocional e sexualmente e tem qualquer vago toque artístico que prossegue mas nunca realmente alcançou. As duas são amigas há muito e decidem ir até à quente e picante Barcelona para umas relaxadas (e culturais) férias de Verão.


Uma noite, num restaurante tradicional mas distinto, as amigas são abordadas por um carismático mas “abusado” espanhol – Juan Antonio – que as convida para um fim de semana em sua casa em Oviedo onde, se tudo correr bem, farão amor. Os três. Com dois pés atrás, Vicky é arrastada por uma entusiasmadíssima Cristina para aquela quer será uma das maiores e mais loucas aventuras das suas vidas, que envolverá relações a dois, a três e uma ex-mulher desequilibrada a pesar na balança.


A sensualidade e riqueza cultural de uma cidade como Barcelona foram trunfos de peso na mão de um jogador experiente que, apesar de há algum tempo um pouco em baixo de forma, regressa com uma comédia divertida e original, que nos leva a lugares pitorescos que não só nos dão vontade de nos metermos num calhambeque e viajar até à cidade espanhola, mas também de participar de uma tão colorida e alegre história (com os seus mini-dramas é claro).

 


Vicky Cristina Barcelona não é propriamente uma história; penso mais nele como uma aventura. Um parêntesis excitante na vida monótona e sempre igual de duas mulheres como quaisquer outras. Ou melhor, um espalhafatoso ponto de exclamação!
O segredo da mais recente fita de Woody Allen é que o realizador não leva as coisas demasiado a sério, brindando-nos com um espectáculo de arte, cor e calor que, sem deslumbrar, fará as delícias de quem por ele se aventurar.

 

Questões provocantes são levantadas e surgem as respostas livres e sem pudor sobre temas (estupidamente) "tabu" como a bigamia ou o próprio desejo sexual.

As múltiplas relações amorosas, por vezes de tão curta vida, são marcadas por um dramatismo exacerbado que só vem pesar mais no tom divertido e descomprometido da obra de Allen. Este é também, e como tantos outros, um filme intrinsecamente sobre o sexo feminino pelo qual Allen nutre uma especial admiração. E note-se, não é um filme para mulheres, mas sobre mulheres.


Os dois personagens mais interessantes e divertidos de ver são, nem mais nem menos, a dupla espanhola de maior destaque da indústria cinematográfica: Javier Bardem e Penélope Cruz. E se os seus personagens podem ser acusados de serem agregados de clichés dos batidos “amantes latinos”, Allen usa sim esses clichés mas com muita graça e jovialidade, o que os torna realmente prazenteiros de ver.

 

Os dois espanhóis têm uma química inegável e as suas cenas conjuntas são, sem dúvida, a alma e diversão do filme. As suas discussões são surpreendentemente excitantes; a alternância entre o espanhol e o inglês são magistralmente introduzidas sem nunca parecerem forçadas.

 

 

Cruz é especialmente deliciosa de se ver, na sua apaixonada e lancinante loucura que por vezes não a deixa ver a realidade como é. Sem dúvida a minha candidata favorita ao Oscar deste ano!
Johansson e Hall são regulares. Em certas alturas achei-as um bocadinho “sem sal”, mas quem não o seria num cenário e com companheiros de cena como os que tiveram?


O pano de fundo, a já mencionada Barcelona está como sempre esteve: pejada de riquíssimos elementos culturais e banhada por uma onda quente de sensualidade e até amor, tudo captado com mestria por Javier Aguirresarobe. A música, numa completa hegemonia da sonoridade espanhola, é também ela um elemento crucial, transpirando, uma vez mais, toda a beleza e unicidade das cidades espanholas.


Não é um filmaço, mas também não segue essas pegadas.
É um daqueles filmes que, apesar de não tratar o tema, lembra o Verão, e que será certamente melhor aproveitado se visto nessa época. O bafo quente e as bebidas frescas ajudarão certamente a instalar o clima para uma noite de cinema bem passada.


Vicky Cristina Barcelona vive da sua simplicidade, e chega-lhe bem.É uma descontraída aventura de duas mulheres que, diferentes em muitos traços, têm o mesmo desejo final: encontrar o Amor.
 

7.5/10

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Deep Focus - "Os Lusíadas" como nunca foram

por Catarina d´Oliveira, em 14.02.09

Por vezes, as simples palavras escritas na página de um livro deixam o peito de uma nação quente e inchado de orgulho. Quando isto acontece, tendemos a dar a esses valerosos escritos o nome de epopeia.

 

No séc. VIII a.C., o grego Homero criava duas das maiores epopeias de todos os tempos; a Ilíada e Odisseia.

 

 

Muito genericamente, a Ilíada acompanha a colossal guerra de Tróia, cujo mais valeroso combatente pode ser tido como o personagem central da história: Aquiles. A Odisseia pode em muitos pontos ser considerada a continuação da Ilíada, e tem desta vez como protagonista Ulisses que durante dez longos e difíceis anos tenta regressar a casa depois de combater pelos gregos.

 

Centenas de anos mais tarde, Virgílio, um poeta romano, inspira-se nas obras de Homero para também ele elevar o seu povo noutra das maiores histórias já escritas: a Eneida. Esta respeita à trama de Eneias, um troiano salvo por gregos que, depois de variadas pripécias e sofrimentos, viria a ser o grande fundador de Roma.

 

Todas estas três obras tinham no sentido a elevação de um povo; um povo corajoso e capaz de ultrapassar toda e qualquer adversidade a busca pela conquista e prosperidade.

Ora, se desde o séc. XII Portugal tinha demonstrado um ascendente impressionante, sendo considerado, nos sécs. que se seguiram, como uma das mais importantes potências mundiais (juntamente com a Espanha por exemplo), não estaria a faltar alguma coisa para coroar tais feitos?

 

Sim, faltava alguém com engenho e arte para escrever para sempre nas páginas da história o que Portugal tinha sido, era e poderia vir a ser. Essa tarefa, adiada por tantas vezes, acabou por ficar ao cargo de Luís Vaz de Camões.

 

Qual Ilíada ou Eneida, Os Lusíadas elevam um povo, o povo português; mas desta vez o protagonista é diferente. Se alguns poderão apontar Vasco da Gama como o tal, o verdadeiro herói de Camões era o próprio povo português.

 

Por esta altura metade de vocês já deve ter parado de ler o post. "Lá me vem esta meter história pelos olhos adentro...e o que é que isto tem com cinema?".

 

Bom, como sabem, os "senhores do cinema" gostam de filmes grandes. Épicos.

Os grandes filmes de guerra ou de gloriosas batalhas são (quase) sempre um garante de sucesso. A Ilíada já foi adaptada, se bem se lembram, há uns anos. O filme deu pelo nome de Troy e apesar de deixar muito a desejar em várias frentes, foi um bom e honesto esforço de elevação histórica. Adaptações das outras obras já surgiram também, mas com pouquíssima projecção e sucesso (até parece que está para vir outra adaptação de Odisseia...também ela com Brad Pitt veja-se...mas ainda pouco se sabe acerca do assunto).

 

 

Sempre referi que era meu desejo ver a grande obra de Camões adaptada.

Seria certamente condenada à crítica negativa como Troy ou outros que se aventuraram em caminhos estreitos e difíceis das grandes obras literárias, mas ainda assim, e apesar das obvias dificuldades que muitos dos episódios acarretariam, gostaria de vê-la realizada.

 

Enquanto não há nenhum realizador que pegue no "touro pelos cornos" como se costuma dizer, resolvi adiantar-me um bocadinho e avançar com algumas possíveis opções para o CASTING. Trata-se apenas de uma pequena brincadeira, e sim, pode dizer-se que é um pouco falta de nacionalismo indicar actores estrangeiros mas... tudo isto é apenas uma utopia, um sonho que não custa nada alimentar ;)

 

Ao longo de alguns posts partilharei connvosco algumas ideias acerca da obra e da pseudo-adaptação referindo ALGUNS e NÃO TODOS os episódios e aventuras lusitanos por que nos apaixonamos ao ler a obra mãe da história portuguesa.

 

Por agora, deixo-vos apenas com o meste, Luis Vaz de Camões.

 

(desculpem a pala mal feita mas era so para dar o efeito ehe)

 

Até aos próximos posts.

 

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