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"Save the planet. What for? Life's simple. Kill or be killed. A survivors' code. My code. And it all sounds great until the day you find yourself confronted by a choice. A choice to make a difference or to walk away and save yourself. I learned something that day. Too bad it was the day I died."
Como já sabem e já disse milhares de vezes, os filmes de acção nunca foram o meu forte.
Não sei mas nunca consigo tirar muito proveito de um bando de homens à pancada e aos tiros que ou querem roubar uma grande instituição, ou querem alguma vingança maluca, ou têm qualquer tipo de missão de atravessar meio mundo com 5000000 pessoas a quererem matá-los.
Claro... há honrosas excepções (felizmente!) que me fazem engolir o que acabo de dizer com muito gosto. Mas Babylon A.D. não é de todo um desses filmes...
Num futuro não muito longínquo, Toroop (Vin Diesel) é uma espécie de mercenário ao qual é incumbida a missão de escoltar uma jovem mulher - Aurora - desde a Rússia até Nova Iorque (já estão a ver a parte de atravessar meio mundo, com assassinos a perseguir e por aí fora). O que Toroop não desconfiava é que Aurora era uma espécie de "Maria, mãe de Cristo" renascida, já que transporta na barriga dois gémeos (que apareceram lá sozinhos, sem que qualquer homem a tocasse) que se acreditam ser os novos Messias.
Nem vou passar daqui com explicações porque, honestamente, mesmo que quisesse não ia conseguir.
O próprio realizador Mathieu Kassovitz admitiu que o filme não passava de um "mau episódio de uma série de televisão" e que a Fox lhe negou uma edição mais longa. Talvez tenha sido a morte do artista porque, realmente, a história que ali poderia existir (até interessante talvez) ficou feita em picadinho. E como se ficar feita em picadinho não bastasse, foi espalhada em pedaços incompreensíveis em si mesmos.
Às tantas ninguém sabe quem são os supostos "maus-da-fita". Ninguém. Nem Vin Diesel, nem nós telespectadores. E acreditem, saí da sala de cinema sem saber. A verdade é que nem sequer se consegue entender de facto porque é que Aurora é assim tão importante para as seitas religiosas e para os poderosos do mundo.
As próprias cenas de acção, que muitas vezes "salvam" muitos filmes basicamente vazios, são tão confusas e extranhamente mostradas que nem sabemos porque estão a acontecer ou para quê. Por outro lado, o actor principal também às vezes dá um ar de sua graça e o seu carisma sempre dá mais uma cor ao filme, o que Vin Diesel nem sequer chega perto de fazer. Foi impressão minha ou ele falava de uma forma estranha? E também é impressão minha ou não há qualquer tipo de emoção ou personalidade no olhar dele?
Gérard Depardieu tem uma pequena participação que só parece ser justificada pela necessidade de mais um nome grande no filme...já que não há grandes objectivos com a sua presença, só a de manchar uma boa e sólida carreira.
Mas para não dizerem que só tenho críticas negativas a fazer... gostei de alguns momentos pontuais, ou de algumas construções cénicas. Por exemplo, o retrato da degradação da feira na Europa do Leste, ou o desespero na entrada no submarino, ou até algumas cenas mais emotivas e fortes protagonizadas invariavelmente por Mélanie Thierry (Aurora).
A verdade é que a intenção de Babylon A.D. poderia até ser boa, em termos de dar visões sobre a corrupção, clonagem, seitas religiosas... o problema é que, para fazer isso, e para que o espectador o compreenda, é preciso que o texto seja bom. Ou melhor, é pelo menos necessário que o texto seja coerente...ou que haja um texto para começar...o que aqui parece nem existir.
4/10
Mesmo que não tenha direito a nomeação para Óscar, todos os anos Angelina Jolie brinda-nos com pelo menos uma actuação brilhante, de se lhe tirar o chapéu. É isso que esperamos ao ver o trailer de Changeling, entre um e outro arrepio pela combinação de poderosas cenas com aquilo que chamo uma "música empolgante", e é talvez a vê-la entre as nomeadas para Melhor Actriz em Fevereiro de 2009 que nos vamos recostar no nosso sofá com um balde de pipocas doces e salgadas (para não enjoar!).
Changeling passa-se em Los Angeles, anos 20, e baseia-se no caso real "Wineville Chiken Murders", que envolveu o desaparecimento de várias crianças americanas.
Christine Collins tem a sorte de ver o seu filho regressar, até começar a suspeitar que ele não é de facto o seu filho verdadeiro. Em luta contra a justiça e contra todos, Christine chega a ser considerada louca, mas sem nunca desistir de encontrar o seu verdadeiro "menino".
Psst! Só mais uma coisa... lembram-se o que aconteceu na última vez que Angelina Jolie esteve num instituto psiquiátrico não lembram? Pois é... ganhou um Óscar!
O agente da Interpol Louis Salinger (Clive Owen) e a promotora pública Eleanor Whitman (Naomi Watts) estão determinados a levar aos tribunais um dos bancos mais poderosos do mundo. Na tentativa de revelar atividades financeiras ilegais para financiar a guerra, Salinger e Whitman seguem uma rota de dinheiro entre Berlim, Milão, Nova York e Istanbul. Nessa caçada global, no entanto, a dupla acaba virando alvo de assassinos profissionais.
Continuando numa "onda" de corrupção, entramos num outro sub-tema: dinheiros sujos. Louis Salinger e Eleanor Whitman tentam a todo o custo revelar as actividades financeiras ilegais de um dos bancos mais poderosos do mundo. Nesta perigosa viagem pelo mundo, passam eles mesmos a ser o alvo a abater. The International conta com Clive Owen e Naomi Watts nos principais papéis.
Por fim chega um novo trailer para a sátira ao mundo hollywoodesco, What Just Happened. Robert DeNiro é um produtor à beira de um ataque de nervos que tenta a todo o custo lançar o seu filme, o que muitas vezes não parece possível por uma série de precalços e pequeas tragédias. Não me entusiasma...nada mesmo. Mas vale sempre a pena verem por vocês mesmos.