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Lawrence Wetherhold: I don't think you're very happy Vanessa.
Vanessa Wetherhold: Well, you're not happy. And you're my role model.
Lawrence Wetherhold leva uma vida vazia e infeliz; é professor universitário de Literatura Inglesa e tem uma relação algo distante com os filhos James e Vanessa (que parece ser uma cópia feminina do pai). Todavia, a vida de Lawrence começa a experimentar ventos de mudança quando o amargo professor aprofunda simultaneamente duas relações inesperadas: com o irmão adoptado (a que ele chama "bebé grande" por ser um louco irresponsável) e a com uma médica que conhece quando é internado num hospital. Com eles Lawrence re-aprende a dar um sentido à vida e a dar importância àquilo que realmente interessa.
Esta sátira ao ideal quotidiano actual de que "ser inteligente e ter uma parede pejada de diplomas é o mais importante" espelha o imenso vazio e infelicidade que uma vida intelectual de muito sucesso pode ter. "Ah então mais vale ser burro...e feliz!"... não, não é isso que Smart People pretende transmitir.
A mensagem que fica é que, apesar de ser importante uma intelectualidade desenvolvida, actual e dinâmica, não podemos nunca descuidar na vida pessoal e na maneira como sentimos e vivemos o que se passa à nossa volta... se preferirmos, remonta à actualíssima batalha entre a Inteligência Cognitiva e a Inteligência Emocional, que no fundo não tem razão de ser, a meu ver, já que o ser humano deve ter tanto de racional como de emocional se quiser ter uma vida equilibrada e atingir, eventualmente, aquilo que considerar para si a felicidade.
A acção segue um caminho previsível e sem grandes surpresas, acompanhada por algumas sequências de diálogo muito bem conseguidas e bem colocadas.
Os melhores momentos deste pequeno filme independente provém de uma dupla com uma química espantosa: Ellen Page e Thomas Haden Church. Os dois proporcionam alguns dos momentos mais divertidos de todo o filme, carregando ao mesmo tempo um tom de ironia e crítica.
Smart People alterna um olhar realista (e afiado) sobre relacionamentos e a fragilidade humana com algumas situações menos verosímeis e caricatas. Com as suas falhas (que existem, sem dúvida), é um belo ensaio crítico à natureza humana que, muitas vezes, ao tentar seguir o imaculado caminho da intelectualidade, comete o mais básico dos erros: fechar os olhos e os ouvidos ao coração.
7/10
Acabadinho de sair do forno e ainda com um cheirinho característico está o novo trailer de Max Payne , o filme baseado no famosíssimo jogo com o mesmo nome...
Parece-me bem! Mas como todos sabemos, às vezes os trailers têm o dom de enganar... esperemos que não!