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"I wasn't trying to wreck Candy's life. I was trying to make mine better."
Candy passou um pouco ao lado a toda a gente. Talvez por ser um pequeno filme australiano, talvez por ser "outro sobre drogados"...
No entanto, um filme não se faz de nomeações ou prémios. Um filme faz-se de história, interpretações e alma. E Candy tem tudo isso para dar e vender.
Paraíso
Terra
Inferno
Dan é um poeta viciado em heroína. Um dia conhece... Candy, uma jovem pintora. Rapidamente apaixonam-se e vivem a mais intensa história de amor, tão intensa que Candy deixa-se sugar pela espiral de perdição a que Dan estava entregue: a droga.
A bela história de amor deteriora-se com o tempo, apodrecendo lenta e dolorosamente. Como uma peste, a heroína toma de assalto o coração dos dois jovens estrangolando-os ao ponto de quebra... Uma flor que brota, uma flor que murcha.
Muito diferente de Requiem for a Dream no estilo e na abordagem, Candy acaba por ser mais verosímil e quotidiano, mais fácil de acreditar. A narrativa segue alternando diálogos fortíssimos com momentos devastadoramente silenciosos, preferindo-o à exposição de imagens ou situações visuais extremamente chocantes, como é hábito em alguns filmes do género. Mas nem por isso Candy é mais fácil de ver.
O nosso muito conhecido Heath Ledger brinda-nos com um reatrato absolutamente tocante e verdadeiro do declínio físico e emocional do poeta Dan, um jovem completamente perdido nas teias da droga. Mas é do desconhecido que acaba por surgir a maior surpresa no elenco: Abbie Cornish, no papel da reprimida Candy. Cornish está presente em praticamente todas as cenas mais poderosas do filme, com especial destaque para a cena da "explosão" na discussão com a mãe e a cena do hospital, durante o parto.
A química entre Ledger e Cornish tem tanto de maravilhosa como de assustadora. Sem dúvida, duas prestações "over the top".
Uma menção para a pequena mas deliciosa participação de Geoffrey Rush.
Apesar de tudo, Candy sofre na pele o peso da etiqueta "filme sobre droga". O que é que isto significa? Significa que entre centenas de filmes sobre dependências variadas, Candy necessitaria de um pouco mais de brio para ser um filme brilhante.
Pessoalmente, e contrariamente à maioria, senti algo diferente em Candy que não senti noutros filmes, algo que na altura que escrevo não sei explicar.
Uma simplicidade, uma profunda compaixão...pela história, pelas pessoas.
Conhecem as histórias com final feliz? Rebobinem e vejam ao contrário... Do final feliz para o dramático...eis Candy. Na sua essência é um filme absolutamente trágico e desesperante em toda a sua real verdade. A vida toma cursos para os quais não estamos preparados...
...o Amor nunca abandonou Candy e Dan, mas não seria melhor se o tivesse feito?
"When you can stop, you don't want to. When you want to stop, you can't."
8.5/10
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