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Master Shot - Reações Mais Indesejadas numa Sala de Cinema

por Catarina d´Oliveira, em 05.04.12

 

Quem já assistiu a The Hunger Games sabe que aqueles célebres 30 minutos iniciais não são pera doce. Não por má qualidade do título, ou porque contenha violência extrema, mas porque o método “handheld” da filmagem resulta em muitos planos excessivamente instáveis e tremores capazes de testar o espectador mais resistente às dores de cabeça. Os relatos de espetadores indispostos por tal desventura não se fizeram esperar.

 

Por vezes é mesmo assim: a melhor das intenções cinematográficas pode resultar em espetadores enraivecidos, maldispostos e doentes a ponto de terem de ser hospitalizados. Quem diria que ir ao cinema podia ser potencialmente perigoso para a saúde…

 

Escrevo-vos então hoje para compilar em três categorias daquelas que creio serem as piores reações que um filme pode desencadear na sua audiência, ilustrando cada uma delas com os exemplos de que pelo menos há registo ou me vou lembrando.

 

 

 

Quando o espetador sai a meio/adormece na sala…

 

Bom, esta é talvez a mais comum das três categorias de que vos venho falar, e a única para a qual não me lembro de nenhuma piada especialmente espirituosa para fazer. Resolvi juntar a questão do “sair a meio” e do “adormecer” porque significam basicamente a mesma coisa: a perda de interesse. É discutível que alguém esteja mesmo, mesmo, mesmo cansado ainda que esteja a gostar do filme – já me aconteceu – mas também é provável que seja o filme que não ajuda à questão – também já me aconteceu, até hoje não estou certa de como terminou o Max Payne… e ainda bem.

 

 

Mas só para vos ajudar com a outra situação com um exemplo recente e que alguns de vocês até poderão ter assistido, aposto que se foram ver o The Tree of Life alguém saiu da sala a meio…

 

 

 

Quando o espetador exige o seu dinheiro de volta…

 

Fazer um filme e saber que em algumas salas os espetadores exigiram ter o seu dinheiro de volta porque não gostaram do que viram deve ser um dos piores pontapés no ego que se pode levar na Indústria. É que não gostar ainda vá, agora pedir o dinheiro de volta é mesmo um beliscão daqueles bem maliciosos.

 

Eu sou contra isto. Sou contra porque o que não falta é material promocional dos filmes por aí para ser visto pela potencial audiência, e só não vê quem não quer ou quem não procura. A menos que eu queira ir ver o Titanic e me apresentem o novo filme da Barbie, acho que “não gostar” ou “não corresponder às expectativas” não é razão para não pagar. Mas o problema é ainda mais exaltado por alguns exemplos especialmente ridículos que, e ainda por cima, são bem recentes, e por recentes quero na verdade dizer que ocorreram nos últimos dois anos.

  

A chateza é tramada

Era quase impossível que The Tree of Life não estivesse nesta lista. A justaposição de uma história familiar com a história do universo não é acessível a todos, sendo célebres os relatos de salas que se esvaziavam ainda o filme não ia a meio. Está pois então claro que não podiam faltar os parolos que foram pedir o dinheiro de volta porque, segundo eles, o filme é chato e/ou confuso. Um caso extremo no Cinema em Connecticut nos Estados Unidos obrigou a gerência a afixar um sinal de sobreaviso relativo ao filme que fala por si.

 

 

Então mas ninguém fala?

The Artist foi o grande vencedor da última edição dos Oscars e foi a sensação em (quase) todos os festivais, círculos e premiações por onde passou. Mas toda essa exposição, a juntar à cobertura mediática que o título teve, não foi suficiente para esclarecer muita gente que este era um filme mudo, e que nos filmes mudos as pessoas não falam. E nem preciso de vos dizer um local específico ode isto aconteceu, porque pelos vistos espalhou-se por todo o mundo. Na Irlanda, um cinema chegou mesmo a instituir a política de tornar obrigatório perguntar a quem comprasse bilhete se sabia que se tratava de um filme mudo…

 

Mas onde é que estão o Paul Walker e o Vin Diesel?

Para uma moça de Michigan, receber o dinheiro do bilhete de volta não foi o suficiente para suplantar a frustração que sentiu ao assistir a Drive, não, mas por um processo em cima da distribuidora já a acalmou um bocadinho mais. Entre muitas razões, a espetadora defendeu que o trailer fazia Drive parecer-se com Fast and Furious e que na verdade as cenas que envolviam alguém a guiar eram muito poucas.

 

 

Até admira como é que ninguém reclamou por The Iron Lady nem sequer ter uma única cena com uma estátua de uma senhora de ferro ou por Extremely Loud and Incredibly Close não ser um documentário sobre uma banda de metal…

 

Está um homem nu na fila da frente! Não, a sério, está um homem nu na fila da frente!!

Ok, se calhar esta também é uma razão válida para pedir o dinheiro de volta, especialmente se for num filme de crianças. Aí até exigia o pagamento de umas sessõezitas de recuperação mental. Mas é uma ocorrência tão macabra que, se não tivesse acontecido mesmo, nunca me tinha passado pela cabeça.

Em Chicago, várias famílias preparavam-se para mais uma tarde de lazer com os seus “piquenos” num visionamento de Alvin and the Chipmunks: Chipwrecked quando um homem de 34 anos se começou a despir a pontos de pelota na primeira fila… e não era para os apanhados. Ao que parece, o senhor justificou-se à polícia dizendo que o fez por uma mulher que lhe tinha prometido uma noite de lazer&prazer, que é como quem diz drogas&sexo, se ele conseguisse completar a proeza.

 

 

 

Quando o filme põe o espetador literalmente doente…

 

Se conseguiram que ninguém adormecesse, saísse a meio e/ou pedisse o dinheiro de volta no vosso filme, ultrapassaram a primeira prova de fogo ao agradar suficientemente a vossa audiência. Mas não é ainda altura de baixar os braços… porque o vosso filme pode muito bem ser o mais “cool” de sempre, mas nunca dá bom aspeto voltar à sala depois de comprarmos umas pipoquinhas para forrar o estômago e ver alguém a vomitar cá fora.

 

Por falar em vomitar, não foram poucos os filmes que conseguiram a proeza: 127 Hours e a sua cena do braço amputado a frio, The Blair Witch Project e a sua câmara tremeliques e Psycho e a cena do duche são apenas alguns dos mais famosos exemplos.

 

Mas que regurgitar fosse o maior dos nossos problemas…

 

Num visionamento de The Exorcist, um espectador desmaiou numa cena mais… gráfica e partiu o maxilar no processo. Mais recentemente, viram-se desmaios em Frozen, The Human Centipede, Shame (sim, e não me perguntem porquê…) e Saw 3D, que até precisou de três ambulâncias em três momentos diferentes para socorrer espectadores num Cinema no Reino Unido.

 

Muitas meninas devem ficar malucas a olhar para o Jacob sem camisola, mas a cena do parto em Breaking Dawn Part 1 teve a sua dose de ataques epilépticos entre a audiência.

 

 

Se acham que estes são resultados chocantes, ajeitem-se no vosso assento, porque o pior está para vir. Daqui é sempre a descer…

 

Num visionamento recente especial de 2001: A Space Odyssey um homem chamado Robert entusiasmou-se durante a cena final. E por entusiasmo quero dizer que o moço estava pejadinho de ácidos a atrapalhar-lhe a cabeça. Durante a cena final, o dito rapaz pôs-se de pé a acenar com os braços e a gritar frases sem sentido como “SÃO HORAS DE IR DORMIR!”.

 

Em 1932 foi lançado um dos filmes mais infames alguma vez feitos: Freaks, cujo título não deve absolutamente nada à verdade. O filme era tão macabro que até a  distribuidora o teve de lhe dar um jeito antes de chegar às salas, mas parece que não foi a tempo, porque uma das espectadoras do visionamento de teste do filme ameaçou processar o estúdio porque o filme lhe provocou um aborto

 

Avatar teve a sua conta de vómitos, desmaios mas o enredo ambientado ao mundo de Pandora teve algumas das reações mais originais que eu me podia ter lembrado. É que até depressão e pensamentos suicidas provocou em alguns espectadores – sim, leram bem, e como calculo que, como eu, tenham estranhado isto, podem comprovar aqui. O pior é que também ganhamos uma depressãozita só por sabermos porquê...

 

Mas o cúmulo da gravidade, sim, esse mesmo que estão a pensar… sim, também aconteceu.

 

 

Ainda em Avatar, um homem coreano de 42 anos sentiu-se mal tendo sido hospitalizado e, mais tarde, chegou mesmo a morrer. A declaração oficial do médico que o observou disse que a “excitação excessiva decorrente de assistir ao filme provocou os sintomas”.

 

Infelizmente, este não foi caso único. Em 2004, The Passion of the Christ também deixou uma vítima no cadastro. A cena gráfica da crucificação foi considerada a causa direta de pelo menos dois ataques de coração fatais entre membros da audiência.

 

Isto para vos dizer… cuidadinho com os filmes que fazem e com os que veem. É que o Cinema pode não ser um lugar seguro.

 

 

**** ***

 

 

Depois disto, vou pensar duas, quiçá três vezes antes de entrar numa sala de Cinema… irra!

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