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A terminar esta rubrica, vamos navegar pelos acontecimentos da Segunda Grande Guerra, Guerra Fria, Iraque, e até o Futuro! Vamos lá então aprender mais umas coisinhas.
Segunda Guerra Mundial
Visto em: Pearl Harbor (2000); Memphis Belle (1990); Enemy at the Gates (2001); The Thin Red Line (1998); Saving Private Ryan (1998);
Em poucas palavras: A padaria explodiu e as carcaças estão por todo o lado. É a altura de arrumar, limpar e esfregar com o contributo dos ingleses, americanos, russos, franceses portugueses e outros tantos. Este foi talvez “O” acontecimento do século passado e há tantas coisas para cobrir e tantos ângulos possíveis. Batalhas, estratégias, dramas, triunfos, tragédias. Resumindo… Ganhámos! In your face Hitler!
Fidelidade: Cada um destes filmes oferece uma representação dos acontecimentos que navega entre a ousadia e o mito. Sinceramente, talvez precisem mesmo de um livro para esta parte…
Personagens que não estão nos livros: O soldado Ryan. Tanto quanto sei, a Guerra não foi posta em stand-by para se ir salvar o Matt Damon.
Guerra Fria
Visto em: The Manchurian Candidate (1962); From Russia With Love (1963); Doctor Strangelove (1964); 13 Days (2000); The Lives of Others (2006)
Em poucas palavras: Fria? Um soldado patriota Americano que é submetido a lavagem cerebral para assassinar o Presidente? Um general louco pronto a acabar com o mundo tal como o conhecemos? Um espião Casanova que combate uma comunista com espigões nos sapatos? Esta guerra é tudo menos fria!
Fidelidade: A versão popular é rápida, furiosa e até por vezes, engraçada com um lado bastante negro. Para representações mais realistas, The Lives of Others mostra que a vida do outro lado da Cortina de Ferro não teve muita piada; 13 Days reconta de forma muito aproximada os eventos que preveniram o Apocalipse daqueles tempos…
Personagens que não estão nos livros: O brilhante porém desequilibradíssimo Dr. Strangelove… senão graças a ele estaríamos a viver numa mina gigante enquanto o resto do planeta rebentava.
Guerra do Vietname (parte da Guerra Fria)
Visto em: Full Metal Jacket (1987); Platoon (1986); Apocalypse Now (1979); The Deer Hunter (1978); Heaven and Earth (1993)
Em poucas palavras: Um fuzileiro recebe a ordem de acabar com um Oficial preconceituoso. Dois sargentos lutam pela alma de um novo recruta. Sobreviventes da selva tornam-se viciados na roleta Russa. América guerreia-se… com ela própria… Os vietnamitas? Ah sim, também andavam por lá algures.
Fidelidade: Na verdade, muitos vietnamitas foram mortos. O que faz o fraquinho Heaven and Earth muito mais plausível do que a bomba Apocalypse Now.
Personagens que não estão nos livros: Sargento Hartman… aquele cujas “doçura” e “compreensão” levaram os seus soldados a entrar na guerra com altas capacidades para matar vietnamitas.
Terrorismo e Iraque
Visto em: World Trade Center (2006); A Mighty Heart (2007); United 93 (2006); Green Zone (2010); The Hurt Locker (2009); Four Lions (2010); Syriana (2005);
Em poucas palavras: Bem esta acho que dispensa explicações. Aviões sequestrados. Armas de destruição Maciça. Explosivos caseiros. Terroristas. Terroristas ‘Wannabe’…
Fidelidade: Demasiado próximo para se ignorar ainda que, de vez em quando, lá apareça o floreado ficcional no costume. Mas a verdade é que com a cobertura das notícias e do youtube a toda a hora em todo o lado, só se fossem malucos é que se punham a inventar…
Futuro
Visto em: Blade Runner (1982); Children of Men (2006); Wall-E (2008); Planet of the Apes (1968); 2012 (2009)
Em poucas palavras: As coisas parecem muito más agora? Junte-se-lhe chuvas ácidas e aterros do tamanho de cidades limpos por um robô. Cópias em vez de bebés. Evolução para macacões. Oh this is life! Mas toda esta alegria só vai ser possível se os Maias se tiverem enganado sobre o fim do mundo daqui a dois anos…
Fidelidade: Vamos ter de esperar para ver! Ainda que a dos macacos não me convença… É pêlo a mais. Mas vendo bem o Gervásio só demora uma hora e doze minutos a separar o lixo...
Desta vez viajamos desde a Era Vitoriana na Grã-Bretanha até à Alemanha Nazi. Pelo meio temos direito a clones, macacos gigantes e um exército de zombies nazis. Aldrabice time!!
A Era Vitoriana
Visto em: The Young Victoria (2009); The Prestige (2006); The Elephant Man (1980); The French Lieutenant's Woman (1981); Mrs Brown (1997)
Em poucas palavras: A enérgica Vitória chega ao trono com o audaz princípe Alberto e a promessa de por a Grã Bretanha do avesso. É uma era de progresso, onde a ciência eclipsa a magia, e a sociedade aprende a aceitar uma alma por detrás de uma face disforme. Mas casos amorosos ilícitos ainda são tabu, e nem a nossa Vicky se safa de um bom escândalo.
Fidelidade: 63 anos. É muito ano . O reino da rainha Vitória é muito vasto e complexo para que lhe seja feita justiça. É talvez por isso que os realizadores tenham a tendência para o usar como pano de fundo e não como narrativa principal nas suas histórias: contam-se então coisas reais, outras inventadas, mas todas envolvem corpetes, classe e glamour… ou a imundice de miúdos mal lavados.
Personagens que não estão nos livros: Os clones de Robert Angier. Definitivamente. Afinal a ovelha Dolly só nasceu em 1996…
Construindo a América
Visto em: Red River (1948); Once Upon a Time in The West (1968); Gone With The Wind (1939); Pat Garrett and Billy The Kid (1973); The Man Who Shot Liberty Valance (1962)
Em poucas palavras: Os pioneiros americanos atravessaram as terras em busca de riqueza, gado ou caminhos de ferro. Querem uma visão alternativa? Ambição e cobiça eram as forças que reinavam. A guerra civil infectou as várias divisões de uma terra em crescimento, mas, lentamente, a civilização amansou e cultivou as terras enquanto os homens da lei esmigalham foras-da-lei como o Billy the Kid.
Fidelidade: Como se costuma dizer, mantenha-se e multiplique-se a lenda. Bem, se calhar não se costuma dizer, mas vocês entenderam. Até porque a grande maioria dos milhentos westerns que existem fizeram isto mesmo. Colectivamente, o mito provavelmente até representa a essência da era… mas para maior precisão, os últimos (e mais revisionistas) são a melhor aposta.
Primeira Guerra Mundial
Visto em: All Quiet on the Western Front (1930); Paths of Glory (1957); Regeneration (1997); Gallipoli (1918); A Very Long Engagement (2004)
Em poucas palavras: Guerra à moderna: thompsons e carnificina nas trincheiras. Não admira que os soldados ficassem apanhados do clima - loucura, mutilação, deserção - mas milhões, infelizmente, morreram. E desenganem-se, não houve trincheiras só na França. Até à Turquia aquilo chegou!
Fidelidade: A verdade áspera é que a Primeira Guerra Mundial deve ter sido dos conflitos mais monótonos do mundo. Soldados a pressionar e a abrir caminho vezes e vezes sem conta. Bah! Não admira que os realizadores tenham de se focar em personagens mais fora do comum: poetas, sonhadores, rebeldes…
A Grande Depressão
Visto em: The Grapes of Wrath (1940); King Kong (2005); O Brother Where Art Thou? (2000); Public Enemies (2009); Annie (1980)
Em poucas palavras: Tempos difíceis! O mercado das acções escangalhou-se todo, os bancos patinavam que nem loucos e ninguém podia dispensar nem um tostão. O melhor mesmo é juntar a trouxa e fuçar aqui e acolá à procura de um bom emprego, seja na California ou na Ilha da Caveira a tratar da pelagem de um macaco gigante. Se não encontrarem nada, olha… paciência. Entre-se na má vida do crime. Ou isso ou esperar que um milionário careca vos escolha entre uma lista de órfãos.
Fidelidade: O horror desolador da Depressão não se espelha muito bem nos filmes… Bem, na verdade, é por isso que se chama Depressão. Apesar de de vez em quando lá aparecer um sinal da realidade que era vivida, os filmes sobre essa época têm a tendência a oferecer algo que a audiência, na altura, queria: escapismo. Sendo assim, apresenta-se-nos uma dieta consistente de música, "gamanço", e macacos gigantes – e não, ninguém andou a drogar-se.
Personagens que não estão nos livros: Ah... um macaco que se apaixona por uma senhora. Infelizmente o Gervásio ainda está muito ocupado a tentar aprender a separar o lixo em menos de uma hora e doze minutos.
Alemanha Nazi
Visto em: Max (2002); Triumph of the Will (1935); The Diary of Anne Frank (1959); Schindler's List (1993); Downfall (2004); Zombies of War (aka Horrors of War) (2006) Inglourious Basterds (2009) Shoah (1985); Dead Snow (2009)
Em poucas palavras: Da pobreza à riqueza, o artista falhado Adolf Hitler mantém o seu sonho secreto de dominar o mundo. Determinado, consegue mesmo! Mas infelizmente para ele, as suas medidas racistas aborreceram demasiado a população mundial fazendo-a virar-se (quase) toda contra ele. Sorry Hitler, you’re not in the running towards becoming world’s greatest leader. Goodbye.
Fidelidade: Aos soluços, navegamos entre o filme-propaganda Triumph of the Will e a fantasia vingativa de Inglourious Basterds. Lá pelo meio está a essência da verdade sóbria e horrífica, ainda que nenhum filme alguma vez feito faça justiça à escala da atrocidade que foi cometida. Ainda assim, e se estão muito, muito interessados no tema e numa aproximação da realidade, dêem uma vista de olhos por Shoah, uma espécie de documentário de 9 horas. Mas vamos dar graças aos santos que Hitler não tenha recorrido à sua “arma secreta” para derrotar os Aliados: zombies.
Personagens que não estão nos livros: A vingadora, a grande senhora, Shoshana Dreyfus. Ai se ela cá andasse… que cheirinho a nazis tostadinhos.
(Continua...)
Continuando a saga da aprendizagem nas salas de cinema, navegamos desta vez desde a época dos Descobrimentos até à grande Revolução Francesa. Este talvez seja o período menos aberto a aldrabices porque, de facto, ele já é de si interessante. Ainda assim, ficam aqui algumas dicas.
Explorando o Mundo
Visto em: Kingdom of Heaven (2005); Conquest of Paradise (1992); Apocalypto (2006); The New World (2005); The Last of the Mohicans (1992)
Em poucas palavras: Os colonizadores europeus partem à descoberta do mundo e esfrangalham os nativos segundo os nobres valores da riqueza e da religião fanática. Ah sim, e a América começa a fazer as suas primeiras aparições.
Fidelidade: Razoavelmente exacto. Provavelmente demasiado exactos já que quase todos são um pouco decepcionantes na exploração da estreita linha entre a civilização e a carnificina.
A dinastia de Tudor (Inglaterra)
Visto em: A Man For All Seasons (1966); The Other Boleyn Girl (2008); Elizabeth (1998) e a sequela, The Golden Age (2007), Shakespeare in Love (1998)
Em poucas palavras: Uma combinação apimentada de pai e filha empurram violentamente a Inglaterra para o mundo moderno. Primeiro, o rei Henrique VIII cria a sua própria igreja para poder casar as vezes que quiser e executar as mulheres que já não quer em busca do seu herdeiro varão. Isto é coisa que nem se justificava com uma filha como Elizabeth: enfrenta as divergências, derrota franceses, escoceses e quem quer que venha, eleva as artes dando a conhecer o maior escritor inglês de todos os tempos e mantém-se pura até ao fim da vida (foi bem conhecida por Rainha Virgem).
Fidelidade: Os eventos originais já de si não precisavam de mais peripécias, mas em Hollywood podemos sempre esperar uns temperos extra. Assim sendo, enfia-se o Henry VIII num ménage (vá lá, quase), Elizabeth I dá uma de Michael Corleone a matar toda a gente e dá-se a Shakespeare uma paixão inspiradora. Porreiro pá!
Mudando o Mundo
Visto em: The Agony and The Ecstacy (1965); Shakespeare in Love (1998); Amadeus (1984); Creation (2009)
Em poucas palavras: As ideias da sociedade sobre a ciência, música, arte e literatura são completamente alteradas pelo aparecimento de génios como Darwin, Mozart, Miguel Ângelo e Shakespeare, cada um no seu tempo. Mas é claro que nenhuma das suas ideias foi aceite assim… da noite para o dia. Estes e outros amigos encontraram oposições na teologia, romance e inveja. Bolas, é difícil ser-se original. E já nem se pode soltar gases publicamente e dizer piadas parvas e porcas pelos vistos
Fidelidade: Depende… O Creation é convenientemente próximo da realidade. E como é apropriado, Shakespeare e Amadeus Mozart tiveram carta branca no seu embelezamento dramático. Quanto ao problema de flatulências de Mozart, não tenho dados para me apoiar... mas quando ouvimos alguém dizer "People fart backwards", já nada mais importa.
Revolução Francesa
Visto em: Marie Antoinette (2006); Danton (1983); Napoleon (1927); Master and Commander: The Far Side of the World (2003); Waterloo (1970)
Em poucas palavras: A França tinha três grandes alicerces, os MBM: Música, Bolos e Moda. Isto, é claro, só para os ricaços. Para o resto do pessoal a vida estava nas lonas e quando se fartaram, vingaram-se com a ajuda de uma senhora chamada Guilhotina. Chop, chop inimigos da revolução, chop, chop.
Mas quando o poder subiu à cabeça dos líderes, as guerras internas criaram uma espécie de vácuo de poder que foi preenchido por um baixinho com grande ambição nascido na Córsega. Mas quem vem aí? São os valentes britânicos que vêm desorganizar isto tudo outra vez. Damn! Não há sossego.
Fidelidade: Os inúmeros anacronismos de Sofia Coppola (champanhe, “bling bling”, por aí fora) provocaram muitas vaias em Cannes e pelo mundo fora, ainda que estes tenham sido bons instrumentos para atrair os jovens rebeldes a este tipo de filmes. Fora isso, todos bastante concordantes com o ambiente da época – até o aventureiro Master and Commander é tão detalhado como uma palestra.
(Continua...)
Há mais de 4.5 biliões de anos formou-se a nossa casa, o nosso planeta azul. Desde aí, muita coisa aconteceu, incluíndo o aparecimento da nossa espécie, o Homem. Para todos aqueles que não têm paciência para estudar, risquem, rasguem, guardem os livros, ou talvez seja melhor não... eis o que Hollywood tem a dizer sobre os acontecimentos.
O início do Homem
Visto em: 2001: A Space Odyssey (1968); One Million Years B.C. (1966); Quest For Fire (1981); 10,000 B.C. (2008)
Em poucas palavras: Os macacos desenvolvem-se até se tornarem homens sob a influência maligna e fatal de um monólito no espaço que os ensina a desenvolver ferramentas para se esfrangalharem uns aos outros.
Os jovens e inexperientes homens das cavernas tem de arregaçar as mangas para combater desastres naturais e predadores pré-históricos já extinto, um fenómeno fantástico.
Fidelidade: Intervenções extra-terrestres? Humanos e dinossauros a co-existir? Mamutes a construir pirâmides?
Os antropólogos e os arqueólogos vão ter uma coisinha má, mas a verdade é que acaba por ser mais engraçado desta maneira.
Personagens que não estão nos livros: O monólito... escusam de procurar amigos.
Civilizações Antigas (A.C e D.C.)
Visto em: (I): Clash of the Titans (1981 e 2010); Troy (2004); 300 (2007); Alexander (2004);
(II): Spartacus (1960); Julius Caesar (1953); Cleopatra (1963); Caligula (1980); Quo Vadis (1951); Gladiator (2000)
Em poucas palavras: O semi-deus Perseus enfrenta e vence vários titãs para dar um pontapé de saída no império Grego. Por volta do séc. XIII A.C., os gregos cercam Tróia chegando eventualmente à vitoria com a ajuda de um cavalo de madeira. Em 480 A.C., 300 guerreiros Espartanos atacam o exército Persa nas Termópilas. Um século antes, o macedónio Alexandre o Grande tinha feito basicamente o mesmo. Spartacus lidera um movimento de escravos contra os romanos, Júlio César morre e Cleópatra seduz Marco António para conquistar o império Romano. Para terminar em beleza, não podemos deixar de fora Calígula, o mais depravado imperador da história romana que casou com uma prostituta e mantinha um caso com a própria irmã, ou o facto de os romanos adorarem atirar pessoas aos leões de vez em quando…
Fidelidade: Na parte (I), tudo vai depender um pouco da vossa tolerância a monstros e a deuses. Dos quatro primeiros, dois são baseados em mitos e um apimenta a acção com confrontos fantásticos, o que, curiosamente, faz com que o muito ridicularizado Alexander seja o que de mais próximo está relativamente a algo que possa, de facto, ter acontecido. A parte (II) é relativamente aceitável e não dá para fazer grandes piadas. De qualquer forma, acho que o nosso amigo Caligula fala por si.
Personagens que não estão nos livros: A coruja dourada (Clash of the Titans - 1981), um presente dos deuses ou um pseudo prenúncio de star wars?
A vida de Jesus
Visto em: The Greatest Story Ever Told (1965); Jesus Christ Superstar (1973); Monty Python's Life of Brian (1979); The Last Temptation of Christ (1988); Jesus Christ: Vampire Hunter (2001); The Passion of the Christ (2004); Zombie Jesus! (2007)
Em poucas palavras: Há Jesuses para todos os gostos: cantantes, controversos, tradicionais, cómicos que são profetas apenas por engano e até, veja-se bem, caçadores de vampiros e zombies. O filho de Deus nasce poeticamente numa manjedoura de uma vaca que é feita seu berço. Como aprendiz de carpinteiro, inventa a mesa, torna-se profeta e curandeiro e cria o Cristianismo. Os fariseus e os romanos, qual gang de guetto, juntam-se para acusá-lo e torturá-lo e crucificá-lo. Entretanto, Maria Madalena afina a garganta ao lançar uma balada pop sobre o seu amor não recompensado por Jesus: “I don’t know how to love Him” – um sucesso nos tops. Mas o facto de Maria Madalena ser a próxima Ágata não é a maior surpresa. Jesus Cristo regressa à Terra e não está nada satisfeito. Afinal, há um bando de vampiros a assassinar lésbicas e Jesus tem de aplicar os seus melhores conhecimentos de carpintaria (para construir armas) e artes marciais para os derrotar. Já chega de parvoíce com o caçador de vampiros, acho que nem vou entrar pela história do Jesus Zombie…
Fidelidade: A grande fonte de informação nesta parte da história é a Bíblia (tirando a ideia parva dos vampiros e dos zombies felizmente), cuja veracidade tem sido debatida ao longo de centenas de anos e na qual eu não vou entrar muito para não ser apedrejada antes de acabar este artigo. De qualquer forma, e ainda que não haja Madalena para ninguém, a Bíblia tem de tudo – sexo, mentiras, pragas, morte, salvação, perdão, amor, ódio, rivalidade. E o melhor? Nem se tem de pagar direitos de autor!
Grã-Bretanha Medieval
Visto em: Excalibur (1981); King Arthur (2004); Monty Python and the Holy Grail (1975); Robin Hood: Prince of Thieves (1991); Robin Hood (2010); Braveheart (1995)
Em poucas palavras: Verde e lamacento: estas são as duas palavras que melhor podem descrever este período da história. Está bem que os romanos tinham os seus defeitos, mas a invenção das estradas até foi boa e impedia que os indivíduos desta altura se sujassem tanto. Afinal, ainda estava para vir quem inventasse o Skip ou o Xau. De qualquer forma, esta era cheirava muito a terra e a árvores. E que oportunos lugares eram as florestas e os bosques para os heróis e os fora-da-lei se pavonearem e esconderem os seus pertences. Estes são os tempos das espadas mágicas, dos bravos cavaleiros, da busca do Graal, do arco e flecha e do “roubar aos ricos para dar aos pobres”… E nos bosques e clareiras é onde tudo acontece. Se calhar foi lá que William Wallace encontrou os kilts plantados para vestir já que eles só foram inventados 300 anos depois da sua história…
Fidelidade: Nos anos que têm passado, têm havido tentativas quase desesperadas para dar maior veracidade às lendas do rei Artur e de Robin dos Bosques, mas a verdade é que este período foi fértil em mitos e histórias mal contadas. E também, já que os actores nunca acertam com os sotaques, mais vale embelezar as lendas.
(Continua brevemente)