Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Mais sobre mim

foto do autor


Calendário

Dezembro 2008

D S T Q Q S S
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031

subscrever feeds


Arquivo

  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2015
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2014
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2013
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2012
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2011
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2010
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2009
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2008
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D


Point-Of-View Shot - The Shawshank Redemption (1994)

por Catarina d´Oliveira, em 18.12.08

 

"Remember, Red. Hope is a good thing, maybe the best of things, and no good thing ever dies."

 

The Shawshank Redemption é hoje considerado, por grande parte dos que o viram, como um dos melhores filmes de todos os tempos. Não deixa de ser curioso, já que, apesar das boas críticas pela altura do lançamento (1994) e as sete nomeações aos Óscares, Shawshank teve uma recepção fraquíssima que nem conseguiu cobrir os gastos do filme.

 

Como conseguirá assim um filme na sua época tão desconhecido e menosprezado, ser hoje, quase 15 anos depois, um dos maiores fenómenos cinematográficos já vistos?

Descobertas acidentais numa ida casual ao clube de vídeo? Um visionamento contrariado por um professor que nos impõe ver os por si chamados “bons filmes”? Um zapping inconsequente e aborrecido?

 

Talvez nunca saibamos realmente a resposta para “Como aconteceu?”; no entanto, basta abrir os olhos e assistir a The Shawshank Redemption para compreender o “Porquê”.

 

Andy Dufresne é um jovem banqueiro de sucesso que vê a sua vida de pernas para o ar quando é enviado para a prisão de Shawshank, com a pena de duas prisões perpétuas pelo assassinato da esposa e do seu amante. Isolamento e solidão marcam os primeiros tempos no imponente mas assustador edifício. Durante anos e anos de aspereza, luta, vergonha e humilhações, Andy torna-se um prisioneiro muito pouco convencional; símbolo de Shawshank, desenvolve uma amizade muito especial com outro preso, Red, o homem que consegue arranjar tudo a toda a gente. Mas nas quase duas décadas que Andy passa no desespero silencioso da prisão, há algo que nunca por um só momento o abandona, a esperança. Guiado pelos poderosos espírito e determinação, Andy deixa-nos entrar consigo para um mundo que vale a pena ser salvo, um mundo cheio de paz e desejo.

 

 

Existem variadas concepções acerca do que realmente é e/ou trata The Shawshank Redemption. Inicialmente, quando ainda relativamente desconhecido, era tido como um filme sobre a vida na prisão ou sobre a justiça. Depois, um filme sobre o salvamento da alma. A seguir um filme sobre a esperança…e por aí fora. A verdade é que Shawshank é tudo isso, mas não somente. Penso que, acima de todas as coisas, é um filme sobre o que de maior existe em cada um de nós, e isso não é de todo definível por palavras.

 

Tem as suas faltas e falhas... em várias situações deparamo-nos com situações cliché, em oposição a outras extremamente exageradas ou até surreais numa perspectiva racional e real. É inegável. No entanto, no momento em que passam os créditos… alguém recorda isso? É sequer justo fazê-lo? É tudo tão maior e imponente que é impossível recordar grandes falhas.

 

Além da mensagem, a forma como esta é passada é outra das grandes chaves da fita. Frank Darabont fez algo raro; foi paciente; paciente na forma como conduziu e desenvolveu a linha argumentativa conseguindo não só reproduzir na perfeição a pesada passagem do tempo, mas também construir calma e minuciosamente um monumental puzzle que, depois de colocada a última peça, se metamorfiza num poderoso grito de liberdade e salvação inesquecível aos olhos e à mente. A fotografia marcada pelos cinzentos e cores escuras e a música discreta mas afinadíssima ao tema tornam o que já era portentoso em algo monstruosamente belo.

 

Quanto às interpretações, guardar-me- ei a comentários inexpressivos acerca da qualidade de Tim Robbins e Morgan Freeman; absolutamente soberbos.

 

 

The Shawshank Redemption não é um filme perfeito, sem falhas; até porque a perfeição é não mais que um escape criado pelo Homem e que nunca existiu verdadeiramente.

Mas Shawshank consegue fazer algo que raras obras de arte conseguem. Faz-nos acreditar que, de facto, a redenção é possível, que o salvamento é possível, e que, por aí algures, um futuro melhor que este presente precário nos espera. É um autêntico testamento ao espírito humano.

 

Cada  vez mais vemos filmes tentarem ser fontes de inspiração e passarem mensagens fortes e valerosas. Shawshank não teve nenhuma ambição desmedida, e fê-lo como nenhum outro. Isto porque mexe com alguma coisa cá dentro, uma necessidade que nos acompanha toda a vida; uma necessidade de viver com esperança e de saber que, por aí algures, existe alguém que nos pode fazer acreditar que é possível.

 

Shawshank Redemption  é sinónimo de esperança inabalável, e enquanto houver esperança haverá sempre uma razão para nos levantarmos após uma queda, seja de que altura for, olhar em frente, limpar o suor da testa, e recomeçar o caminho para a paz e felicidade... o caminho para a redenção.

 

10/10

Autoria e outros dados (tags, etc)


1 comentário

Imagem de perfil

De Hugo Gomes a 18.12.2008 às 18:42

Excelente critica, excelente filme

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.




Mais sobre mim

foto do autor


Calendário

Dezembro 2008

D S T Q Q S S
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031

subscrever feeds


Arquivo

  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2015
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2014
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2013
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2012
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2011
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2010
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2009
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2008
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D