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Deep Focus - Como apreciar a vida de Solteiro?

por Catarina d´Oliveira, em 18.04.12

 

Esta semana chega às nossas salas Assim Assim, uma comédia portuguesa cuja sinopse vai mais ou menos assim:

“Cinco personagens cruzam-se numa esplanada dando início a uma viagem pelas suas vidas. Assim, assim é um filme sobre relações. Sobre aquilo que queremos para nós. E sobre o que não conseguimos alcançar. As relações são complicadas, porque as pessoas pensam demasiado, porque habituaram-se a analisar os sentimentos. Todos os dias a mesma busca pela felicidade, mesmo que tenhamos esvaziado de conteúdo essa palavra. No fundo já ninguém acredita no amor. Porque se estamos felizes pensamos logo que será por pouco tempo, tratamos logo de travar essa euforia, como se soubéssemos que depois de um momento desses resta-nos descer ao mundo das desilusões. E complicamos a nossa vida, e a dos outros, sabotamos constantemente a nossa felicidade porque a plenitude que sentimos é demasiado intensa e já não estamos habituados a lidar com sentimentos profundos. E nem no amor encontramos redenção, nem aí conseguimos sentir-nos completos porque há sempre alguma coisa que está a mais, ou que falta, há sempre um pequeno defeito que estraga o momento para que possamos dizer em voz alta “eu sou verdadeiramente feliz”.”

 

E eis que se dá o momento da divisão: aqueles de nós que se encontram alegremente numa relação erguer-se-ão prontamente para negar esta premissa, enquanto outros aplaudirão de pé. As relações são, de facto, muito complicadas.

 

Mas hoje resolvi aproveitar a deixa de Assim Assim justamente para não vos falar de relações. Hoje resolvi vir falar-vos de algo que, em prol dos grandes romances na tela, acaba por passar bastante ao lado da realidade cinematográfica, mas que na vida, na nossa vida, não é assim tão raro. Hoje, meus amigos, venho falar-vos da vida de solteiro.

 

Confesso que esta que vos escreve não está incluída nesse lote, mas não é por essa razão que desvalorizo todos os meus amigos que se encontram presentemente casados com a sua própria pessoa. Antes pelo contrário, também lhes reconheço coragem, porque como isto anda hoje em dia, somos criticados por tudo, e não ter um parceiro de vida pode significar, para algumas alminhas muito pouco iluminadas, que somos uma maçã podre na civilização.

 

Hoje, meus amigos solteiros, trago-vos a linha orientadora que vos ajudará a ultrapassar todas as dificuldades diárias de um indivíduo… individual. Hoje trago-vos a bíblia da vida a um, que não deve carregar vergonha diária. Hoje trago-vos o guia para apreciar a vida de solteiro… isto de acordo com os filmes, é claro.

 

 

Podes ser o Ryan Gosling

 

 

Ok não é bem isso. Não se proporciona transferência de corpos, apesar de neste momento saber que estão coladinhos ao ecrã para saber como se faz. Mas há algum solteiro que se leve com mais orgulho do que o Jacob de Crazy, Stupid Love? Not really. Portanto tratem de fazer um update de estilo no vosso armário, tornem-se clientes habituais do bar mais cool da vossa zona e comecem a ensaiar ao espelho umas frases de engate bem lamponas para deixar os vossos objetos todos eles cheios de fogosidade por vocês.  Em alternativa, e só para deixar um exemplo prático feminino, também podem ser a Zooey Deschanel (500 Days of Summer).

 

 

Podes não ser o Ryan Gosling

 

 

Mas às vezes ser o Ryan Gosling não chega… ou melhor, às vezes ser o Ryan Gosling é a exacta fonte do problema. Desde se ter apaixonado loucamente por um ser inanimado em Lars and the Real Girl e de ter protagonizado um dos filmes românticos mais deprimentes de todos os tempos (Blue Valentine), querem mesmo seguir os conselhos dele? Bom, vamos passar à frente então.

 


Javardolice permitida

 

 

Se há quem defenda que a etiqueta é para manter até quando estamos a dormir sozinhos enfiados numa dispensa no fundo da cave, também há os que gostam de aproveitar os momentos mais javardolas que a vida tem para oferecer. Bridget Jones, Megan, de Bridesmaids e o imortal Dude de The Big Lebowski são abelhas mestras nesta arte, libertando arrotos mais felizes do que uma criança de 5 anos no parque, e passeando-se de pijama e robe pela rua. E porque “poder soltar gases à vontade” surgiu em vários inquéritos como um dos frutos mais apetecidos da vida de solteiro, quem somos nós para o negar.

 

 

Segunda infância

 

 

Estar solteiro é a altura ideal para exercermos o direito – porque é um direito e devia estar na Constituição – da nossa segunda infância/adolescência. Porque não faz mal ficar a jogar Wii no Domingo à tarde, ou chegar meio bezanas a casa (ou muito bezanas e com um tigre, se participarem numa Despedida de Solteiro à The Hangover), ou flirtar com a nossa paixoneta de infância... A menos que ele/a seja casado/a… e Mavis Gray de Young Adult deu-nos ensinamentos preciosos sobre isso mesmo.

 


O Comando é Teu

 

 

Acho que esta nem sequer precisa de exemplos, ou sequer de piadas. The TV is yours, baby. Para as moçoilas, preparem-se para uma maratona de Sex and the City e para aprender a sorrir com os olhos no America’s Next Top Model; para os ninos, preparem-se para pôr a bola em dia – quer seja no PES ou na Liga ZON Sagres.

 

 

Escreve o teu próprio destino

 

 

Woody Allen. Só preciso desta conjugação de nomes para vos fazer ver onde quero chegar. Os seus filmes, especialmente os que têm nele mesmo o seu protagonista são um autêntico testamento à vida de solteiro. É claro, há sempre mulheres… mas é o Woody Allen, e a coisa nunca acaba bem para ele. Por isso sobra a sempre apetitosa possibilidade de escrever uma nova história. Fantasiar com quem quisermos – não vale com o Ryan Gosling – e, no final do dia, ter um affair com uma pessoa que é embaraçosamente mais bonita do que nós.

 

 

Casa-te com a Carreira

 

 

Parece estúpido num artigo que pretende apontar os pontos positivos de uma vida de solteiro, sugerir um casamento… mas a Carreira é uma exceção. Bom, pelo menos até certo ponto. Se estão mesmo desgostosos com o Amor e querem mergulhar numa coisa que até vos pode trazer bons dividendos mais tarde, então mergulhem na carreira. Miranda Priestley de The Devil Wears Prada fê-lo e olhem para ela… Big Boss da maior revista de Moda do mundo, e ainda arranjou tempo para ir aniquilando uns maridos pelos caminho. Pela vossa sanidade mental, podem saltar esta parte e irem diretos ao topo do mundo.

 


O Incesto está fora das possibilidades

 

 

A paixão tem, por vezes, graves custos… como quando nos apaixonamos por alguém que se revela ser o nosso irmão, pai, mãe ou alguém com um grau parentesco manhoso. É verdade que, na vida real, não é lá muito comum, mas nos filmes… bom, nos filmes é outra história. E na realidade a única forma de escapar a isto, é ficando solteiro… porque nunca se sabe quando há por aí um irmão escondido. Back to the Future, Star Wars, o nosso Sangue do Meu Sangue, e The Lion King foram desavergonhados pecadores. Sim, Lion King… ou viram mais algum leão que me tenha escapado no bando do Mufasa?

 

 

Exercer Livremente o “Amor Próprio”

 

 

Eu sei que não fui muito explícita, mas pode haver garotos pequenos a ler. De qualquer modo, estão agora livres para navegar nas vossas mais selvagens depravidades, e American Pie, por exemplo, é sempre uma boa fonte de aprendizagem nesse campo.

 

Viaja até mais não poder

 

 

Sim, eu sei que não é preciso ser solteiro para fazer isto, mas a verdade é que é talvez menos dispendiosos e não dá azo a discussões chatas do tipo:

"x: eu quero ir para um hotel, passear pela cidade e ver monumentos

y: mas eu quero ir acampar todo sabujo e comer salsichas enlatadas"

Em Up In the Air, Ryan Bingham faz da viagem a sua casa, e não há razão para não poderem fazer o mesmo. Só não precisam de despedir meio país no processo, que isto já está mau que baste como está.

 

 

Hobbys Embaraçosos, welcome back

 

 

Porque soltar flatulências não pode ser formalmente classificado como um hobby, resolvi reservar esta secção para celebrar aqueles passatempos que julgamos mesmo embaraçosos, e que não nos atrevemos a divulgar quando na presença da cara-metade. Podem então voltar a xuxar no dedo, a tirar do baú a vossa mais acarinhada perturbação obsessiva compulsiva ou a renovar a vossa inscrição no congresso anual de piaçabas. Se por alguma razão inexplicável não têm um hábito ou talento embaraçoso, podem sempre beber inspiração em Dinner for Schmucks, e fazer uma encenação da última ceia com ratos embalsamados.

 

 

Podes manter uma relação platónica com o teu tapete

 

 

Oh Dude, és sempre uma inspiração.

 


Tens disponibilidade para salvar o Universo

 

 

Caso tenham andado distraídos, há toda uma panóplia de super-heróis a pavonear-se por aí porque conseguem escalar prédios com uma perna às costas ou levantar um camião com o dedo mindinho do pé mas que chegam a casa às onze da noite e se enterram no sofá com um balde de gelado e a chorar com a novela que deixaram a gravar na box. E porque é que isto acontece? Porque um super-herói que se preze dedica-se à sua causa de corpo, alma e matrimónio, pelo que não sobra tempo para namoricos. Por isso se estão solteiros, tornarem-se um super-herói é sempre uma boa escolha – e eu até já vos ajudei nesse ponto.

 

 

Não há “lados” na Cama

 

 

Não me consigo lembrar agora de um exemplo específico, porque não é meu hábito fazer um inventário de todas as camas que aparecem nos filmes que vejo, mas já devem ter reparado que, solteiro que se preze, tem uma cama queen-size à sua disposição para rebolar, dar cambalhotas e dormir todo do avesso se quiser. Já quando se trata de um casal, o rebolation pode resultar em nódoas negras e algo mais…

 


Não há dramas

 

 

Não há-de haver muito mais coisas inconvenientes na vida de uma pessoa comprometida do que: 1) lidar com ex-namorados/as; 2) lidar com parceiros ciumentos; 3) lidar com um parceiro psicótico. Scott Pilgrim vs the World é claramente um demonstrativo fortíssimo à 1ª categoria, onde um rapazito franzino e que tem claras necessidades de beber um redbull começa a relação com a moça errada e tem de enfrentar a fúria de uma panóplia de ex-namorados que, por alguma razão, parecem saídos do jogo da wii do meu sobrinho. O segundo caso pode parecer mais inofensivo, isto se não se forem os protagonistas de um affair à Fatal Attraction – e nessa altura nem existia o Facebook e as mudanças de estado para nos complicar a vida… Quanto ao último, bom, há sempre a hipótese de se apaixonarem por um serial killer, como Sidney de Scream. E só para que fique bem assente: evitem os talhantes. A sério. Que o diga o Charlie Mackenzie de So I Married na Axe Murderer que se casou com uma simpática talhante cujo hobby era matar maridos e cortá-los às fatias. Weird...

 

*** *** ***

 

Que me dizem os amigos leitores solteiros? Esqueci-me de alguma vantagem cinematográfica muito grave? 

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