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Master Shot - Salander & Salander

por Catarina d´Oliveira, em 20.01.12

 

Se em 2009 todos fomos arrebatados pela performance de Noomi Rapace como a hacker-punk Lisbeth Salander – protagonista da saga Millenium escrita por Stieg Larsson -, uma mulher complicada, ferida, cheia de falhas e que não pode ser domada por ninguém.


Ora 2012 trouxe até Portugal a versão americana da coisa, com Rapace substituída pela ilustre “desconhecida” Rooney Mara e sob a direcção do mago contemporâneo David Fincher.

 

Hoje convido-vos a fazerem comigo um paralelo entre as duas interpretações icónicas de uma mulher que já marcou a literatura e o Cinema do séc. XXI, chegando cada vez mais perto do estatuto de culto de Ellen Ripley de Alien.

 

 


Noomi Norén (Rapace era o apelido do ex-marido) nasceu em Hudiksvall em Dezembro de 1979 numa família de artistas – mãe actriz e pai cantor. Tem 1,63m.
Patricia Rooney Mara é uma nova iorquina de gema nascida a 1985 num berço bem abençoado pelo futebol americano – com bisavôs fundadores dos Pittsburgh Steelers e New York Giants. Mede 1,60 m.

 

 


Noomi Rapace – Antes da grande revelação na adaptação do romance de Stieg Larsson, a actriz sueca era mais conhecida pelo seu trabalho em teatro e televisão, mas o papel em que chamou a atenção do realizador Niels Arden Oplev foi o interpretado em Daisy Diamond (a história de uma mulher com o sonho de ser actriz).
Rooney Mara – Entre pequenos papéis em comédias como Youth in Revolt e Friends with Benefits, Mara protagonizou o remake de Nightmare on Elm Street. Contudo, deverá ter sido a sua pequena mas determinante participação em The Social Network que fez com que David Fincher não desistisse de si.

 

 


Noomi Rapace – foi por um triz que Rapace conseguiu ficar com o papel de Salander – por incrível que essa assunção hoje nos pareça, o realizador da adaptação sueca estava preocupado por a actriz ser demasiado feminina. Mas mal conseguiu o que queria, Rapace não parou: tirou carta de motociclos, recolocou piercings (aproveitando furos feitos na sua adolescência rockeira), adoptou uma dieta rigorosa e incorporou um regime rígido de exercício físico que incluiu treino de lutas.
Rooney Mara – Depois de um processo de audições extenuante que durou mais de dois meses, Mara não se mostrou abatida e começou a trabalhar de imediato no look e feel perfeito de Salander: além do corte de cabelo no mínimo radical, Mara oxigenou as sobrancelhas e fez piercings no lábio, sobrancelha, nariz e mamilo. A actriz norte-americana também foi sujeita a um regime de exercício físico intenso e teve aulas de mota.

 

 


Noomi Rapace – Punk to the core, e perfeito por isso mesmo. Talvez tenha ajudado que Rapace tenha sido, em tempos, uma “granda maluca”.
Rooney Mara – Igualmente bem conseguido, apesar de mais estilizado – metamorfização num ícone de moda? – e que vem acrescentar ainda alguma sensualidade (e até talvez feminilidade) à anti-heroína.

 

 


Noomi Rapace – A Salander de Rapace é um toiro enraivecido capaz de enfrentar sem medos qualquer matulão que se apresente no caminho. Acho que dava cabo dou couro a qualquer um de nós, até aos leitores mais musculados que por aí andarem.
Rooney Mara – Menos dura mas igualmente eficiente: não tentem roubar-lhe a mala no metro porque vão passar vergonha e voltar para casa com uma nódoa negra no olho.

 

 


Noomi Rapace – A interpretação preza mais a ferocidade e raiva para com o mundo do que propriamente a vulnerabilidade, e apesar de podermos ver pela sua postura e comportamento um passado grotesco que a precede, este nunca é exaltado pela vitimização.
Rooney Mara – Mara apresentou-nos uma Lisbeth que é a epítome de uma pessoa estragada: mais vulnerável e ciente das suas feridas e também por isso, mais humanizada. A profundidade que emprestou à personagem foi tocante despertando sentimentos diferentes – nunca menores – do que o caso sueco. Dois momentos em particular despertaram a minha atenção para o cuidado na construção de Lisbeth: o momento da tatuagem num lugar magoado depois da violação (sugerindo uma forma retorcida de comunicação) e um momento íntimo, incrivelmente terno e revelador que poderá passar despercebido a alguns (Mikael passa a mão pelas suas costas e ela pede que o faça de novo).

 

 

 

As Lisbeth Salander, the sullen 24-year old waif hacker who’s the story’s spectacularlyoutlandish heroine, Rooney Mara is a revelation…What Mara’s performance captures — andwhat Noomi Rapace’s, for all her skill in the Swedish version, didn’t — is that Lisbeth’s eroticferocity is a product of the detached, cyber-porn era. She can jump Blomkvist’s bones becauseshe compartmentalizes her desire.” — Owen Gleiberman, Entertainment Weekly


Rooney Mara, like Noomi Rapace, fully inhabits the role of Lisbeth Salander — punkTerminatrix, computer whiz, and avenger of women against privileged wickedness.” — PeterKeough, The Phoenix


Salander first hit screens two years ago, played with sullen intensity by Noomi Rapace in theacclaimed Swedish version of the Millennium trilogy, but it is Rooney Mara’s superstar-makingturn that will bring the character to a wider audience. Not since the Alien films, led by SigourneyWeaver’s Ellen Ripley, has there been a female-led cult series with so much potential for massappeal – to men and women alike.” — Alice Jones, The Independent

 

Rooney Mara, I love you, but Noomi Rapace — The other Girl With The Dragon Tattoo — isspellbinding.” — Megan Angelo, Glamour

 

For those familiar with the Swedish versions of the Stieg Larsson trilogy, the idea of anyonebesides Noomi Rapace in this role may be unthinkable. But Rooney Mara brings her own qualityto this tattooed, heavily pierced, omnisexual loner, making her slightly less feral, slightly morevulnerable.” — Mick LaSalle, San Francisco Chronicle

 

 

 

Noomi Rapace - https://www.facebook.com/TeamNoomi
Rooney Mara - https://www.facebook.com/TeamRooney

 

 

Resumindo e concluindo...

 

Alguns fãs da versão de 2009 e especialmente da prestação de Noomi Rapace (que eu própria admiro para lá das palavras, acreditem) serão rápidos a julgar um remake que, sim, é verdade, não era necessário para começar. Mas esse remake existe e agora há que aceitá-lo. Além de que este não é, por assim dizer um remake – o remake pressupõe uma visão alternativa sobre uma versão disseminada pelo mesmo meio, e Fincher sempre fez questão de frisar que esta era a sua interpretação do material da fonte, e não do filme sueco. Sendo o material o mesmo, também é natural que alguns momentos sejam parecidos em ambos os títulos.

 

Não me quero alargar neste ponto – nos próximos dias partilharei convosco a minha review do filme, mas achei importante fazer esta achega, que diferencia o remake da reinterpretação da fonte.

 

No final de contas, e o que interessa derradeiramente neste pequeno exercício que vos escrevi hoje, é que acabámos não com uma, mas com duas grandes Lisbeths no ecrã. Uma não nos faz esquecer a outra, e são completamente diferentes, mantendo ambas muito do espírito que caracteriza a personagem.

 

Qual das duas a melhor?

Responder a esta questão com um nome ou outro seria simplesmente um desserviço e desrespeito à performance de ambas.

 

*** *** ***

 

NOTA: Este artigo foi escrito apenas com base das performances cinematográficas. Ainda não tive oportunidade de ler o livro, mas planeio fazê-lo nos próximos dias. Perdoem-me qualquer gralha. Depois prometo que venho cá acrescentar qualquer coisinha, quem sabe fazer um paralelo entre as três Salanders...

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4 comentários

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De André Clemente a 20.01.2012 às 18:24

Excelente artigo Catarina, hoje já vou poder comparar duas delas e tenho de comprar os livros que devem ser bombásticos. beijinho
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De Catarina d´Oliveira a 20.01.2012 às 18:28

Obrigada André, és sempre um gentleman :)

Vais gostar decerto, fico depois à espera do teu feedback :P beijinho
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De angie a 20.01.2012 às 22:36

ler um livro, não.... ler os três livros....
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De Catarina d´Oliveira a 21.01.2012 às 13:55

Olá angie,

e sim tens toda a razão. Na verdade, falei no singular mas referia-me mais à obra do que propriamente apenas ao primeiro livro, até porque aposto que depois de acabar o primeiro não vou conseguir não ler os seguintes :)

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