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Point-of-View Shot - Friends with Benefits (2011)

por Catarina d´Oliveira, em 14.09.11

 

"I've got to stop buying into this Hollywood cliche of true love. Shut up Katherine Heigl, you stupid liar!" 

 

O visionamento tardio de Friends with Benefits teve apenas uma justificação: preconceito. Preconceito porque não só me parecia uma comédia parecida a tantas outras, como era literalmente igual a outra. Veja-se o grau de semelhança que esta tal outra, ainda em alturas de produção, tinha também o nome de Friends with Benefits, cedendo depois e mudando para No Strings Attached (um bom sinónimo, vá).


Com alguma relutância, lá fui ver o “novo filme do boy Timerlake” (outro preconceito, lá está) depois de ter sido praticamente “obrigada” por amigos e colegas que me diziam que aquilo era algo realmente bom.

 

Conclusões: de facto, é igual a No Strings Attached, mas também é completamente diferente. A história que nos é contada é a mesma – dois amigos que resolvem começar a fazer sexo sem compromisso, mantendo a amizade, mas nunca passando a linha do físico - e as protagonistas até vieram do mesmo filme (Black Swan). Contudo, Friends with Benefits é o exemplo perfeito da diferença que um bom diálogo e uma boa dupla de protagonistas podem fazer.

 

 

A primeira hora é brilhante, e das duas uma: ou alguém ali tomou uma injecção de adrenalina ou enfrascaram-se todos de Red Bull, surgindo-nos Friends with Benefits numa agitação hiperactiva.

 

Keith Merryman, David Newman e Will Gluck (que também é o realizador) foram os mestres por detrás da transformação de uma história vulgar de Harley Peyton, Keith Merryman e David A. Newman, numa história vulgar incrivelmente cativante e fluente. Isto porque os diálogos são tudo: desde as fabulosas picardias entre Los Angeles e Nova Iorque (que no fundo da consciência nos recordam das nossas – lisboetas – com os nossos amigos do norte) ao esmiuçar dos clichés românticos, e da crítica latente à sociedade moderna ao reconhecimento constante da importância da tecnologia. Estamos num pin-pong frenético de piadas, críticas, provocações e facadas verbais, e isso sabe bem num contexto de comédias cada vez mais cansadas de si mesmas, e cujas fórmulas recentes e refrescantes foram tão repetidas em tão curto espaço de tempo, que passaram rapidamente a insípidas e fatigantes.


Bom, aqui não devemos ainda esquecer o papel importantíssimo de Michael Grady que filma as cidades de Los Angeles e Nova Iorque de perspectivas que normalmente não vemos – do ponto de vista de quem lá vive, e não como se estivéssemos num guia-turístico virtual.

 

 

Incontornável é também uma palavra de (grande) apreço à dupla de protagonistas. Neste momento volto a incluir No Strings Attached na conversa que foi, neste prisma, uma enorme desilusão pela "ligação disconecta" entre os dois protagonistas. Ora nada disso acontece nestes outros dois amigos com benefícios! Justin Timberlake assume-se cada vez mais como um actor polivalente a quem temos de reconhecer a coragem de embarcar em projectos tão distintos, uma característica essencial que falta a tantos actores de Hollywood. O preconceito do “cantor que agora também quer ser actor” é cada vez mais esquecido, e Timberlake prova uma vez mais que tem uma boa veia para a comédia. A sua parceira de ecrã, Mila Kunis é simplesmente soberba. A personagem cai-lhe que nem uma luva, e Kunis diverte-se com o material que lhe dão, levando-o para outro nível. É uma actriz em ascensão que tenho a sensação que vamos ouvir falar durante muito, muito tempo.


Depois temos ainda os fabulosos secundários que merecem ser recordados: Woody Harrelson (o energético colega homossexual de Dylan), Patricia Clarkson (a mãe com um toque hippie de Jamie) e Richard Jenkins (o pai doente de Dylan).

 

 

Preconceitos desfeitos, é com grande entusiasmo que vos recomendo esta comédia como, indubitavelmente, uma das melhores do ano. Porque além de nos proporcionar gargalhadas sinceras, estas são ainda inteligentes: reflectindo sempre sobre algo, seja um lugar, uma emoção ou o estado actual da sociedade.

 

Ao mesmo tempo que continua acorrentada aos princípios das comédias românticas que se regem pela fórmula dos três actos (e que inclui o tal final feliz à la fairy tale), Friends with Benefits não se envergonha em abraçar as suas raízes, tornando-se no próprio filme com que gozava no primeiro/segundo actos. A mim pareceu-me tudo menos cinismo, justamente porque não foi feito de forma involuntária.


E quem ama (ou amou) sabe: os clichés às vezes acontecem mesmo, e por mais que algo esteja mesmo por debaixo do nosso nariz, as coisas parecem sempre muito mais complicadas do que realmente são. E por mais que reclamemos, não é destes pequenos clichés que estamos todos à espera, qual luz ao fundo no túnel, tanto nos filmes, como na vida?

 

 

7.5/10

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7 comentários

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De Inês a 14.09.2011 às 15:02

Também não estava muito convencida quando fui ver este filme, mas saí da sala surpreendida, realmente desde "A Proposta" que não me ria tanto no cinema. Outro filme, do mesmo realizador, Will Gluck, "Easy A" foi também uma surpresa, o que parecia mais um filme de adolescentes, revelou-se um fillme com diálogos hilariantes e bem explorado.
Já agora, adoro o blog.
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De Catarina d´Oliveira a 14.09.2011 às 15:09

Inês,

estava mesmo a planear ver o Easy A esta tarde, e o teu comentário reforçou a vontade ;) além de que vem do mesmo realizador de Friends with Benefits, logo não me admira que seja refrescante ;)

obrigada pelos elogios, vou tentar continuar com bons materiais para partilhar convosco
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De Rui Ribeiro a 14.09.2011 às 17:50

Eu disse-te que ías gostar. Gostei muito da análise. Só senti a falta duma ref á Jena Elfman. Irmãs assim há poucas ...
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De Catarina d´Oliveira a 14.09.2011 às 18:00

my bad rui, realmente foi uma falha sem perdão, vou ver se edito pra acrescentar essa referência :P

muito obrigada
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De Joana Persoa a 15.09.2011 às 19:10

Gostei tanto que até fiz um post sobre isso. E gosto do Justin, não me venhas dizer que é um sex symbol reles :p
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De Catarina d´Oliveira a 15.09.2011 às 19:16

LOOL Jo. Não digo ão senhora. Até acho que ele é bastante bom; melhor do que muitos ditos actores! e tem bom futuro no cinema
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De André Clemente a 17.09.2011 às 13:37

Excelente crítica concordo plenamente, justin já demonstrou que é bastante versátil é um bom actor bem melhor que muitas "vedetas"....para mim 7/10

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