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"In the eyes of the gods, the King's family was not yet complete. Not until the day he witnessed a single act of courage by an orphan boy from the streets of Nasaf. Moved by what he saw, the king adopted the boy Dastan into his family. A son with no royal blood and no eye on his throne. But perhaps there was something else at work that day, something beyond simple understanding. The day a boy from the unlikeliest of places became a prince of Persia."

 

Jerry Bruckheimer foi aquele senhor que, há uns anos, ouviu das boas quando surgiu com a ideia de transformar uma atracção do parque temático da Disney em filme. Quase 3 biliões de dólares depois (receitas dos três Piratas das Caraíbas), Bruckheimer virou as suas atenções para a indústria de jogos de vídeos em busca de inspiração. Prince of Persia foi o resultado da busca do produtor que sob a relização de Mike Newell nos deu a oportunidade de viajar por um ambiente bem semelhante àquele que na nossa infância vimos em Aladdin - uma das cenas iniciais passada numa rua do Médio Oriente faz mesmo lembrar a história do rapaz pobre que voou num tapete; todavia, tirem daí a ideia se esperavam que um génio azul cantante saísse do punhal de Dastan depois de meia dúzia de esfregadelas.

 

Prince of Persia: The Sands of Time é uma aventura inofensiva e com bom aspecto que sofre de falta do factor épico. Ainda assim, de pelo menos uma coisa este blockbuster pode orgulhar-se: é o primeiro filme baseado num jogo de vídeo que não é horroroso; algo que, na minha experiência pelo menos, nunca aconteceu.


A acção desenrola-se na Antiga Pérsia, hoje mais conhecida por Irão. Trazido directamente das ruas de Nasaf pelo Rei Sharaman, o jovem Dastan cresce entre a realeza conquistando o seu lugar como destemido e rebelde guerreiro e príncipe. Quando os seus irmãos Tus e Garsiv traçam as suas estratégias, um espião revela que a cidade sagrada de Alamut tem construído e fornecido armas para os inimigos da Persia.


Dastan aventura-se na conquista da cidade para evitar o massacre que seria levado a cabo pelos irmãos e encontra um punhal no território inimigo. Depois de uma morte suspeita e de uma revelação quase profética sobre o punhal, Dastan passa de herói a assassino fugitivo e embarca com Tamina (princesa de Alamut) numa jornada para parar um plano maléfico e repor a verdade.

 

 

Antes de mais, acho que não é preciso dizer que todos os personagens são caucasianos e falam com pronúncia britânica, pois não? É que estas são características que se requerem sempre nos filmes do mesmo molde.

 

O elenco é uma das melhores características da fita sem ser brilhante. Gyllenhaal tem em Dastan o seu primeiro herói de acção puro e acaba por não se sair mal, ainda que não seja memorável. O sotaque inglês é estranho mas não estorva e, se um pouco polido, o rapaz pode chegar mais longe no género de Acção. Gemma Arterton é uma co-protagonista com personalidade. Aleluia, uma princesa que não é só sorrisinhos e florzinhas.

 

Mas são Ben Kingsley (com o seu imponente eye liner) e Alfred Molina os maiores destaques: trazem a experiência, a ameaça e a comicidade que permite que a fita brilhe um pouco mais. Será que quer dizer alguma coisa quando o personagem mais atraente é um promotor de corridas de avestruzes? Bom, talvez. O que é facto é que Molina é exuberantemente viçoso no papel do Sheik Amar provocando as únicas (aproximações de) gargalhadas que podemos obter.

 

A fotografia (John Seale) é construída de forma inventiva e é agradável de se ver ainda que este possa muito bem ser um dos filmes mais amarelo-alaranjados alguma vez feito. 

 

 

A homenagem ao jogo de vídeo que conquistou legiões de fãs é prestada por Newell com mais perícia do que adaptações anteriores (um doloroso exemplo foi a adaptação de Max Payne). Os jogadores poderão rever saltos, escaladas, baloiços e outras manobras muito familiares.

 

Dastan faz belas demonstrações de Parkour (que desafiam a gravidade) escalando paredes e saltando por cima dos mais variados objectos e edifícios. Sim, edifícios. Muitas das cenas de acção sugerem, intencionalmente, o tipo de obstáculos que um jogador teria de ultrapassar. Uma cena ilustrativa e bem conseguida coloca Dastan a usar setas para escalar uma parede de uma fortaleza. Clap! Clap!

 
Com uma gota de crítica política destinada aos mais atentos na plateia assistimos ao ataque (errado!) de um reino sob a suspeita de fabrico de armas capazes de destruir o mundo. Estados Unidos… Dick Cheney…Guerra no Iraque… estão a ver?

 

A campanha de marketing insiste na menção às ligações com Pirates of the Caribbean. O aspecto e o ritmo são semelhantes, mas ainda que Gyllenhaal seja competente e a química com Arterton seja bem visível, todos sabemos o que lhe falta: um Jack Sparrow. 

 

 

No geral, a fita tem muito ritmo ainda que muitas vezes padeça de falta de focus e objectivos. Corre-se muito, salta-se muito e há muito suor por um punhal que anda tantas vezes de mão em mão que ficamos tontos.


Outro dos problemas é o uso imprudente das viagens no tempo que dá grande azo a aldrabices por parte dos argumentistas e um caminho para o final algo insatisfatório.O filme vai-se abaixo nas canetas bem antes de terminar e os poderes mágicos do punhal acabam literalmente com qualquer tensão vida/morte que pudesse existir.

 

Toda a acção e caos são construídos para distrair as atenções do enredo que muitas vezes faz pouco sentido. Questões lógicas básicas são ignoradas em detrimento do desenrolar da narrativa, o que Mike Newell até contorna de forma aceitável até sermos confrontados com aquela tal batotice de todo o tamanho que nos faz pensar que Prince of Persia podia, no final de contas, ter sido muito mais curto.

 

Ainda assim, é entretenimento. E é definitivamente superior a qualquer capítulo de Mummy ou do National Treasure.

 

6.5/10

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